Em parceria com o CISB, militares vivenciaram um ambiente de inovação baseado na hélice tripla, conceito que integra academia, indústria e governo em prol do desenvolvimento tecnológico
Na próxima sexta-feira, 05 de dezembro, dez aspirantes a oficiais do Exército Brasileiro e um da Força Aérea Brasileira concluem o Curso em Gestão da Inovação ministrado na Universidade de Linkoping, na Suécia, e no Instituto Militar de Engenharia (IME), no Brasil. Durante quatro meses, os militares vivenciaram conceitos já maduros no país escandinavo, considerado um dos mais inovadores do mundo, como a hélice tripla — na qual academia, indústria e governo se unem em prol da inovação — e a arena de inovação aberta — em que atores com interesses em comum, mesmo que concorrentes, buscam soluções para situações complexas.
Organizado pelo Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileiro (CISB), entidade que atua como hub internacional para identificar, desenvolver e apoiar projetos de Pesquisa e Desenvolvimento de alta tecnologia, o curso é mais um resultado do acordo de cooperação mútua nos campos científico, tecnológico e da inovação (C,T&I) firmado com o Departamento de Ciência e Tecnologia do Comando do Exército Brasileiro, em agosto de 2013. No primeiro semestre de 2014, outro grupo de militares finalizou o treinamento nos mesmos moldes.
Para atingir o objetivo do Exército, de desenvolver tecnologias e sistemas de última geração, em linha com os desafios de segurança internacional e o mercado de defesa, um time de especialistas foi formado para dirigir e coordenar o programa de aprendizado. Dentre eles, Mats Olofsson, ex-cientista chefe e vice-diretor de Desenvolvimento das Forças Armadas da Suécia; Stefan Andersson, ex-head de Pesquisa e Desenvolvimento de Aeronáutica da Saab; Per Aman, Diretor Acadêmico da Universidade de Linkoping e Francisco Taborda, Engenheiro de Sistemas, consultor do CISB.
A 1ª Tenente Fernanda Madeu e o Capitão Andrey Antunes participaram do Curso, que além das aulas teóricas contou com aplicação real do conteúdo do curso e visitas de campo a indústrias, academia e representantes do governo. “Conhecemos na Suécia diversos pesquisadores, professores e engenheiros com muita experiência. A maneira de trabalhar com a inovação, em cooperação com as universidades e as implementações na indústria é muito interessante. Creio que aprendemos muito com o que eles já fizeram e podemos trazer isso para o contexto brasileiro”, aponta Fernanda.
Para o Exército Brasileiro, que começou a estabelecer um parque tecnológico no Rio de Janeiro, o Polo de Ciência e Tecnologia do Exército em Guaratiba (PCTEG), e tem como objetivo criar uma arena de inovação aberta para desenvolvimento de sistema, em conjunto com a comunidade acadêmica e a indústria, o aprendizado desses militares pode fazer toda a diferença.
“A inovação não é apenas possível, mas necessária para enfrentar os desafios futuros do Brasil e precisamos começar a construir as ilhas de mudança”, diz o Capitão Antunes.
Alessandra Holmo, Managing Director do CISB, acredita que a interação entre Brasil e Suécia, em prol da inovação, tende a aumentar e beneficiar ambas as nações. “É uma grande satisfação atuar como facilitador, por meio dos seus associados e parceiros, na criação de Programas de Treinamento em Inovação baseados no conceito da hélice tripla e que tenham um grande potencial de impacto para a sociedade brasileira. Já estamos em negociação para formar mais uma turma de treinamento para militares e integrantes da forca aérea”, diz a executiva.
FONTE: MSL Group
Parabéns pela sensata observação Rodolfo. Nosso país seria outro se os demais assim pensassem.
abçs
A hélice acadêmica já está funcionando a pleno vapor, a da indústria vai no mesma direção, mas quanto a do governo tenho cá minhas dúvidas…..vai que gira ao contrário ou para, preferia que fosse a do Estado.
O derrotado Aécio Neves iria desenvolver muita coisa aérea no estado de Minas Gerais, mas não deu, e parece que não vai mais dar, ele parece um tanto instavel nos ultimos dias, mas no estado de São Paulo me parece haver condições da hélice do Estado nao parar, eles por lá tem vasta experiencia com tecnologia de trens, metrôs, e até em gestão de água, imagino então que neste locais a hélice nao vai parar, ou como diria o grande gurú Lobão, “nao para, nao para nao” . . . . . .
Edson, bom dia!
Realmente espetacular sua resposta.
Me estarrece em que milhões de brasileiros não pensa no desenvolvimento da nação! Para estes milhões, o que interessa é a ganância pelo dinheiro e a vida boa, isto serve para os militares também, quem em sua grande maioria, pensam da mesma forma.
Impressionante que as pessoas não conseguem enxergar o que era as FAs antes e o que elas são hoje. Este site, digno do meu mais profundo e sincero elogio, nos mostram o que acontece com nossas forças, seja na área tecnológica, de pessoal, treinamento e tudo o mais.
O que me garante um pouco de esperança neste meu amado e idolatrado Brasil, é que existem militares com o pensamento da ambição em deixar nossas forças armadas tão tecnológicas e preparadas, quanto as forças armadas de países símbolos da tecnologia.
Ainda é um caminho longo, mas o governo federal que aí está, merece sim os aplausos por estar conseguindo trazer toda a transferência de tecnologia possível, para que nossos engenheiros possam desenvolver projetos 100% nacional.
O Brasil só precisa de um empurrão, para seguir no processo de evolução, e este governo está fazendo.
Não sou partidário, mas as vezes, as pessoas precisam de um beliscão para cair na real.
Senhores, Parabéns pelo site, continuem a nos informar tudo o que acontece no meio militar.
Atenciosamente,
Rodolfo.
Bom não vou entrar nessa seara política, que muito me interessa mas no momento pouco me motiva.
Cada um tem direito a ter o seu ponto de vista, mas é sempre bom se informar e deixar a ignorância de lado.
O governo vigente é o “salvador da pátria” na área de defesa? Pera lá…90 % dos tímidos avanços que temos visto vem do pleno esforço das três forças, que vêm tirando leite de pedra.
E meu caro, sabe qual governo colocará em andamento projetos 100% nacionais? Não sei qual, possivelmente não estarei vivo pra saber.
“Para estes milhões, o que interessa é a ganância pelo dinheiro e a vida boa”.
hahahahaha esse trecho matou seu texto.
No mais, que o Brasil possa aproveitar tudo o que essa parceria com a Suécia possa oferecer…