Michel Cabirol
O grupo naval francês está em campanha no Canadá, para vender a fragata multimissão, em parceria com o estaleiro canadense Irving, e também oferece 2 ou 3 navios da classe Mistral para a Royal Canadian Navy. Ambos os projetos com transferência de tecnologia.
DCNS mira o Canadá
Sem dizer nada oficialmente, o grupo naval abriu um escritório em Ottawa e em declaração a imprensa, disse que “pretende fornecer soluções navais altamente interoperáveis para clientes canadenses.” A DCNS também esteve presente ao Cansec, exposição organizada pela Associação das Indústrias Canadenses de Defesa e Segurança (CADSI), que ocorreu nos dias 30 e 31 de maio, em Ottawa.
Para a DCNS, o Canadá é um país onde parece ser possível fazer uma descoberta comercial. “Nós não vamos como prime contractor, mas sim em parceria com a indústria canadense”, disse a DCNS. DCNS visa a aquisição pelo Canadá de doze novas fragatas para substituir as atuais Halifax e dois BPC (navios de projeção e comando) da classe Mistral, no âmbito da SNACN (stratégie nationale d’approvisionnement en matière de construction navale).
15.000 postos de trabalho no Canadá
Este programa deve dedicar um orçamento de 33 bilhões de dólares canadenses (25,8 bilhões de euros) durante um período de 20 a 30 anos para a construção de 21 navios de combate para a Royal Canadian Navy e sete outros civis para a Guarda Costeira canadense. O governo já selecionadou, em outubro de 2011, dois estaleiros canadenses, o Irving Shipbuilding, para navios de guerra, e o Vancouver Shipyards (grupo Seaspan) para a construção dos outros.
Segundo o CADSI, estes projectos de construção representam benefícios econômicos diretos e indiretos anuais de mais de 2 bilhões de dólares canadenses (1,56 mil milhões de euros) e contribuirão na criação de 15.000 empregos nos próximos 30 anos. Esse é o objetivo do governo canadense, “A prioridade absoluta do nosso governo é estimular o emprego e o crescimento econômico. Nossa promessa é de construir novos navios para o Canadá”, disse em outubro passado o Ministro da Defesa, Peter MacKay, ao anunciar a escolha dos estaleiros.
DCNS oferece a fragata FREMM
Segundo a nossa informação, é neste contexto que DCNS está atualmente discutindo com o Irving Shipbuilding e sugere o projeto da fragata multi-missão FREMM (6.000 toneladas), com modificações canadenses do CMS (Combat Management System) dos navios, com transferência de tecnologia. Para os mísseis, os canadenses devem optar naturalmente para a indústria dos EUA, mas estão interessados no míssil Aster da MBDA.
Vantajoso para o Canadá, pois a concepção da FREMM já existe. A França encomendou a DCNS 11 fragatas multi-missão, com entregas que variaram de 2012 a 2022. “Esses novos navios permitirão que a Marinha canadense possa continuar a acompanhar e defender as águas territoriais e vão contribuir significativamente para as operações navais internacionais. Este projeto está em fase de análise das opções e será apresentado em seu devido tempo ao Governo, para aprovação e avançar para a definição “, diz o site de Obras Públicas e Serviços Governamentais do Canadá.
O BPC para se projetar sobre o Ártico
Quanto ao Mistral, que é de grande interesse para o Canadá, e a DCNS vem mantendo contato com o estaleiro Davie Quebec, o único com dimensões suficientes para construir o BPC, junto com o grupo canadense de engenharia SNC-Lavalin. O governo canadense pretende adquirir dois navios, que Ottawa considera “essencial para o sucesso de missões internacionais e nacionais das forças canadenses”, com opção de compra de um terceiro. O projeto representa um investimento total de cerca de 2,6 bilhões de dólares canadenses.
A NSI vai executar as funções essenciais, que inclui o fornecimento de combustível, munição, peças de reposição, comida e água. Os navios possuem um moderno centro médico e odontológico, incluindo uma sala de cirurgia, oficina para manutenção e operação de helicópteros e outros equipamentos, além de possuir capacidade de auto-defesa.
O estaleiro STX France tem a possibilidade de “fortalecer o casco, a fim de adaptar às latitudes do norte.”, disse Jacques Hardelay, CEO da STX France em 2010, durante a Euronaval.
FONTE: LA Tribune FOTOS: DCNS
TRADUÇÃO e ADAPTAÇÃO: Defesa Aérea & Naval
Quando sera que veremos os nossos chegando?
Não sei não amigo, mas pelo andar da carruagem a nossa gloriosa vai ficar só naqueles três opv(s) por compra de ocasião da Bae Sytems que eram de Trinidad e Tobago mesmo.Ninguém nem mais fala do prosuper, os estaleiros responderam o RFP com suas propostas no final do ano passado e até agora nem um pio do ministério da defesa.