A Israel Industries Aerospaces (IAI) realizou, nesta quinta-feira (4), um encontro online com jornalistas brasileiros especializados em Defesa e Segurança. O Defesa Aérea & Naval foi representado pelo seu editor Guilherme Wiltgen.
Os jornalistas brasileiros tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a empresa e de se aprofundarem sobre as capacidades do Sistema de Defesa Antiaérea BARAK MX, que permite a cobertura de defesa a curto, médio e longo alcances usando um único lançador ‘inteligente’.
O Sistema foi apresentado pelo diretor de Sistemas Avançados (Divisão de Sistemas de Defesa Aérea e de Mísseis – AMDS da IAI, Tenente Coronel (Ret) Shabtai Ben Boher, e pelo CEO da IAI do Brasil, Moshe Gontow. Ben Boher está na IAI desde 2018 e tem 27 anos de experiência operando e comandando unidades de defesa aérea com a Força Aérea Israelense.“A IAI é uma empresa líder global em defesa e aerospacial comercial com tecnologia de ponta e soluções para espaço áereo , terrestre, marítimo, cibernético, segurança interna entre outros”, destacou Ben Boher.
Projetado pela IAI para aplicações terrestres e navais, o BARAK é considerado um dos mais avançados sistemas operacionais de defesa aérea do mundo e está em constante atualização para atender as demandas militares.
O sistema agrega importantes tecnologias de ponta, entre elas, radar digital, avançado controle de armas, lançadores e uma gama de interceptores para diferentes alcances com dispositivos de homing sofisticados, comunicação via data link e ampla conectividade do sistema. Os interceptores vão de 35 km de alcance (MRAD), 70 km (LRAD) a 150 km (LRAD-ER).
Ben Boher destacou ainda que Sistema BARAK MX revoluciona a defesa aérea com flexibilidade sem precedentes, tanto em tempo real, gerenciamento de combate totalmente centrado na rede, quanto com seus ‘lançadores inteligentes’, que atuam como uma unidade de disparo independente, sem ter necessariamente um posto de comando dedicado no local. Essa flexibilidade permite que os usuários obtenham uma cobertura ideal por terra ou mar, com uma rede de defesa aérea robusta e resiliente.
“O Barak é um sistema completo. Por possuir menos elementos, os custos de compra e manutenção são reduzidos ao longo dos anos. O sistema permite uma capacidade de atingir o alvo de forma mais precisa e com uma cobertura geral da área”.
Questionado se o Barak pode ser integrado aos sistemas da Força Aérea Brasileira e ao Exército, Ben Boher respondeu que sim. Por exemplo, o sistema pode ser integrado no Brasil ao Cindacta (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo).
Um outro ponto esclarecido foi o questionamento feito pelo DAN com relação a aeromobilidade e ao transporte do Barak pelas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB). O diretor informou que o sistema da IAI tem um design móvel, com peso e dimensões adequados para ser transportado pela aeronave tática multi-missão KC-390 e por outros equipamentos.
Em relação ao mercado local e possíveis parceiros para produção de componentes do sistema no Brasil no futuro, Ben Boher disse que “É claro que isso é relevante. Estamos dispostos a cooperar da melhor forma com a indústria local e, estamos confiantes nesse sentido”.
O CEO da IAI do Brasil, Moshe Gontow, complementou dizendo que há conversas com empresas no Brasil. “Já temos parceiros no país, duas companhias brasileiras, nas quais temos participação. E podemos dizer que elas seriam naturais parceiras para desenvolvimento de tecnologia e, estamos abertos a discussões com outras empresas adequadas para também alcançarmos novos clientes. Além disso, reforçou que a IAI tem capacidade de atender todo o mercado brasileiro, no sentido de atender as áreas de defesa e segurança pública.
Milagre não ter aparecido alguém defendendo a aquisição do Pantsyr, aquele que vem sendo neutralizado pela Heyl Ha’Avir na Síria..😉
Ainda penso que uma combinação do Barak 8 com o Spyder seria perfeita. O Spyder para a média altura ns MB e no EB e o Barak8 para a defesa estratégica dos principais pontos sensíveis do país pela FAB. Aí sim Terios uma defesa aérea de respeito.
É um bom sistema para o Brasil, mas já temos a Avibras que é capaz de desenvolver um sistema de defesa antiaérea de médio e longo alcance (150 a 300 km).
A meu ver eu acho mais viável o Brasil investir na própria Avibras para desenvolver um sistema de defesa antiaérea próprio.
O problema do Brasil, ainda bem, é não ter um inimigo esgueirando-se por nossas fronteiras. E é justamente por isso que não há tanto orçamento paras as FA. Apesar de precisarmos, com um orçamento tão limitante, fica impossível de se produzir tudo aqui, apesar de termos sim necessidade. O melhor que pode-se fazer é a nacionalização. Se o CEO da empresa disse ser possível, por mim fica de excelente negócio o Barak.
Podem ser integrados aos radares Saber M60 e Saber M\S 200?
Onde está o link DAN?!
Pra mim, a melhor proposta. Gosto desse sistema de três camadas do Barak. E já foi comprovado eficaz contra mísseis balísticos. Derrubou o Iskander M recentemente.
Se possível, poderia compartilhar a fonte sobre o abate?
Não estou conseguindo encontrar. Gostaria de saber mais. Blz.
Dperes, achei essa fonte:
https://www.middleeasteye.net/news/azerbaijan-armenia-israel-russia-missile-fired-shot-down
O CAMM seria um otimo sistema pela parceria da MBDA com a Avibras porém acredito que o BARAK seria sistema com melhor ”capacidade de aprimoramento”, caso as forças decidam um dia que querem um sistema com mais de 100 km de alcance podém ”simplesmente” comprar o míssil novo e não outro sistema do zero.
É um sonho ver o BARAK MX nas três forças!
O sistema de Defesa do EB? Será? Aguardemos. Tá sendo costurado, hein!? É um bom sistema!
Parece que esse sistema atende todos requisitos das forças armadas caso seja escolhido vai ser uma compra de governo e com finaciamento externo se os israelenses aceitarem seja bem vindo.
Eu acredito que Israel não recusaria um financiamento externo, claro, se este for o sistema que o EB adotará. Por qual motivo Israel poderia recusar?
Sem dúvida nenhuma esse é o sistema que eu queria ver nas FFAA brasileiras, de longe é o de maior flexibilidade em matéria de alcance e projetado para evoluir sempre, basta saber o preço, mas é baita sistema de DefAAe.
Eu gosto muito do Spyder, pelo fato dos mísseis usados no sistema já fazerem parte do arsenal da FAB, mas o Barak MX é fenomenal. Esses 150 km de cobertura nos cairiam como uma luva. Você posiciona lançadores na região central do Rio de Janeiro e consegue cobrir a Base de Submarinos da Ilha da Madeira, a Base Aérea de Santa Cruz, o AMRJ e a Base Aérea de São Pedro da Aldeia. Será que seremos premiados com essas belezuras num futuro próximo?
Depende… Não sei ao certo, as distâncias. Mas em se tratando de um sistema que fornece várias camadas, baixa, média… se uma localização for distante da outra, perdemos camadas em determinadas localizações. Ex: Rio tem 80 km de Itaguaí, a bateria se posiciona no rio.. Teríamos apenas a cobertura dos mísseis de 150 km em Itaguaí. As outras camadas os mísseis não proporcionariam, visto que temos particularidades nos diferentes tipos de mísseis e camadas.
Na verdade a grande cobertura proporcionada por um sistema como esse depende de muitos fatores. Cobre um raio de 150 km? Sim, cobre. mas só se for contra alvos voando alto. Contra alvos em voo baixo, como mísseis de cruzeiro, por exemplo, o alcance útil deve representar um raio de no máximo uns 40 km, ainda mais considerando o relevo do RJ.