A FAA (Federal Aviation Administration), a ANAC americana, está travando uma batalha com as companhias de telecomunicações no país. Enquanto as companhias de telecomunicações querem a avançar com a implementação do 5G, a FAA alerta para o risco de interferência no radar altímetro das aeronaves. O 5G nos EUA opera na faixa de frequência de 3,7 a 3,98 GHz, muito próximo a faixa de operação dos radares altímetros, que é de 4,2 a 4,4 GHz.
Os radares altímetros são responsáveis por calcular a distância exata do avião em relação ao solo. As medições de altitude feitas pelo radar altímetro são utilizadas por sistemas importantes para a segurança em voo, inclusive em operações de pouso por instrumentos, quando a visibilidade na pista está reduzida. Interferências nesse sistema pode apresentar grandes riscos operacionais, inclusive acarretar acidentes e colisões.
Os problemas de compatibilidade eletromagnética, como no caso do 5G e a aviação civil, não é um caso isolado e nem novo. Embora de pouco conhecimento da população em geral, os equipamentos eletrônicos passam por uma série de testes de compatibilidade, antes de serem comercializados. Esses testes avaliam se o equipamento não sofre interferência do meio, ou se não gera sinais que podem causar interferências. Dentro do setor de defesa não é diferente, devendo os equipamentos passarem por rigorosos testes, os quais, durante o ciclo de desenvolvimento podem necessitar de adequações.
A boa notícia é que o Brasil possui em sua base industrial de defesa, uma empresa com capacidade técnica para analisar, identificar e solucionar problemas de interferência eletromagnética. Com soluções voltadas para as indústrias aeroespacial, de defesa e de testes e medições, a LACE é uma empresa de engenharia eletrônica, localizada em São José dos Campos – SP, especializada em desenvolvimento e fabricação de equipamentos
e sistemas complexos.
A LACE conta com um amplo portfólio que abrange o desenvolvimento de sistemas como RDS (Rádio Definido por Software), MAGE (Medidas de Apoio à Guerra Eletrônica), Circuitos RF, Antenas, Filtros de EMI-EMC, caixas blindadas e câmaras anecóicas. Além disso, a LACE possui grande know-how e infraestrutura laboratorial para apoiar no desenvolvimento e na certificação de produtos aeronáuticos e de defesa, contando com um forte núcleo de engenharia para a solução de problemas de interferência e compatibilidade eletromagnética.
No cenário de crise do 5G, a LACE tem muito a colaborar, uma vez que está envolvida tanto no setor aeronáutico quanto em projetos de pesquisa e desenvolvimento relacionados à tecnologia 5G. Podendo apoiar em soluções de testes dos radares altímetros, para validar que eles não sofrem interferência de sinais 5G. Assim como na implementação de uma solução efetiva como o desenvolvimento de filtros de rádio frequência, dispositivos que adicionam uma barreira extra e impedem que os radares altímetros sofram interferências dos sinais adjacentes com alta potência.
Esta notícia já dá as frequências de conflito e mostra que o 5G americano se aproxima da frequência INFERIOR dos radares altímetros…
A pergunta que não quer calar é O QUE existe na regulamentação americana de espectro de frequência que é TÃO IMPORTANTE, PODEROSO E IRREMOVÍVEL abaixo da frequência de 3,7 Giga Hertz que EMPURROU a faixa de 5G americana para tão próximo da faixa dos radares altímetros de aviação?
Ignorando as objeções técnicas relevantes da FAA???
No padrão internacional tem se usado a faixa de 3,5 GHz (3,3 a 3,8) ou mais acima entorno das frequências de 4,5 ou 5 GHz.
O problema foi gerado por este “AVANÇO” da frequência mais alta da banda AMERICANA de 0,18 GHz acima do padrão INTERNACIONAL de 3,8 GHZ…
Assim o 5 G americano subiu o patamar inferior de frequência em 0,2 GHz (de 3,3 para 3,5 GHz ) e só subiu 0,18 GHz na sua frequência mais alta e nisto computa além de tudo uma perda de banda geral de 0,02 GHz (só para ficar em 3,98 GHz e não dar bandeira em 4 GHz).
Não me surpreenderia se no futuro, na operação, as empresas de telecomunicação americanas não acabassem tentadas por invadir “na marra” o seu espectro ideal até 4 GHz…
O problema (com ou sem a LECE) é estabelecer um serviço 5G americano IMPONDO riscos e custos ao setor de aviação comercial civil nos EUA em prol das empresas de comunicação americanas…