Por Danilo Oliveira
O consórcio “FLV” informou, nesta terça-feira (16), que segue empenhado no desenvolvimento do projeto para construção de quatro corvetas classe Tamandaré para a Marinha. O grupo, formado pela Fincantieri S.p.A, Leonardo S.p.A e pelo estaleiro Vard Promar (PE), destaca o fato de a proposta prever a construção integral dessas corvetas no Brasil, baseadas em projeto de propriedade da Marinha e com transferência total de tecnologia do CMS (sistema de gerenciamento de combate) e do IPMS (sistema integrado de gerenciamento de plataforma).
O FLV enfatiza que a proposta do consórcio foi feita por um grupo de solidez financeira e operacional, com conhecimento e histórico de sucesso da Fincantieri e da Leonardo na construção de navios e sistemas militares. O consórcio também aposta nas modernas instalações do Vard Promar, que não possui gargalos de construção, e que tem histórico de entrega de navios de alta complexidade. “O Vard Promar e todo o consórcio FLV estão muito contentes e orgulhosos por estarem na short list do RFP (solicitação de proposta) da Marinha do Brasil”, destacou o vice-presidente sênior do Vard Promar, Guilherme Coelho.
Na última segunda-feira (15), a Marinha selecionou quatro propostas apresentadas pelos consórcios que disputam a construção das corvetas classe Tamandaré para a força naval. A ‘short list’ é formada pelos consórcios: “Águas Azuis”, “Damen Saab Tamandaré”, “FLV” e “Villegagnon”. Com a decisão, a construção desses navios está entre os estaleiros: Enseada (BA), Oceana (SC), Vard Promar (PE) e Wilson Sons (SP). Os investimentos previstos para construção das quatro unidades são da ordem de US$ 1,6 bilhão. A Marinha informou que a decisão sobre a melhor proposta está prevista para dezembro de 2018.
FONTE: Portos e Navios
Na minha opinião, o programa CCT é uma janela de oportunidade para os próximos 50 anos na Marinha do Brasil e sua força de superfície. Não acho que devemos pensar nas CCTs somente nas 4 unidades planejadas, mas ir além do hardware que será escolhido. O mais importante é a seleção do parceiro local (estaleiro) e internacional e sua capacidade em atender as demandas futuras da Marinha. Nunca fui a favor de Corvetas pelo compromisso entre conforto, Atlântico Sul, e autonomia, mas é o que cabem no bolso agora. Então, acredito que a Marinha deve pensar em qual estaleiro colocar estes recursos. um estaleiro que possa se manter em períodos onde a Marinha não coloca nenhum pedido e projeto. O próximo passo deve ser navios de combate maiores, mais adequados ao nosso ambiente no Atlântico sul.
Parece sim uma proposta que jamais poderia estar no short list, porque todos nós aqui sabemos que
a lei 8666 e a lei 8883 preveem que quem participa da elaboração do projeto, jamais poderá participar do processo de aquisição, simples como tal, mas a Mb parece se achar acima da lei..
Vamos ver como vai terminar.
Parece ser a melhor proposta e futuramente se houver dinheiro quem sabe as fragatas de 6000 T da MB Fremm se torna realidade.