Por muitos anos, a US Navy vem planejando substituir seus submarinos de ataque e de mísseis de cruzeiro mais antigos por uma versão melhorada da novíssima classe Virgínia de submarinos. No fim de outubro, o Almirante David Johnson, responsável por todos os programas de construção de novos submarinos, finalmente revelou as possíveis configurações da nova embarcação, durante uma conferência na Virgínia.
Opções para os chamados Virginia Block V vão desde um gigante de 480 pés (146 m) até um modelo mais simples, medindo 450 pés (137 m) de proa à popa. Ainda assim, todos os cinco designs propostos são mais longos que os Virginias-padrão atuais, que medem apenas 380 pés (115 m).
E por uma boa razão. Os Block V – a US Navy pretende construir 10 deles entre 2019 e 2023 – devem incluir uma extensão estrutural, chamada de módulo de carga, inserido no meio do projeto padrão da classe Virginia, de propulsão nuclear. O módulo é destinado a acomodar quatro tubos verticais, que abrem para o mar e podem ser acessados desde o interior do submarino.
Esses tubos de carga podem levar veículos não-tripulados, mergulhadores ou – mais significativamente – sete mísseis de cruzeiro Tomahawk cada. Combinados com os tubos para seis mísseis cada já instalados na proa de um Virginia padrão, um módulo com carga máxima elevaria a quantidade de Tomahawk a bordo para 40 mísseis. Cada Tomahawk, manobrável e com guiagem por GPS, pode voar por 1.000 milhas em baixa altura e atingir um alvo com precisão cirúrgica.
A Marinha pretende que os submarines Block V carregados de mísseis substituam a frota atual de quatro submarinos dedicados de mísseis de cruzeiro. Os SSGN, como são conhecidos, foram modificados no início dos anos 2000 a partir de “boomers”, submarinos de mísseis balísticos, excedentes. Cada SSGN carrega 154 Tomahawk. Em 2011, o submarino de mísseis de cruzeiro USS Florida disparou pelo menos 90 Tomahawk em alvos na Líbia, abrindo caminho para os ataques subsequentes da aviação.
Os SSGN estão todos com quase 30 anos de idade e serão aposentados na década de 2020, resultando numa queda vertiginosa da capacidade de mísseis de cruzeiro da Marinha. Uma força de 10 Virginias Block V compensaria por volta de metade da redução de mísseis. Submarinos Block VI e Block VII subsequentes poderiam compensar a outra metade.
A General Dynamics Electric Boat, de Connecticut, o principal construtor de submarinos da Marinha, desenhou há poucos anos um módulo de carga básico de 94 pés (28m). Ano passado, em meio às incertezas orçamentárias, as opções de módulos saltaram para cinco.
Os três mais longos – 97, 91 e 88 pés (29, 27 e 26 m) – diferem em seu layout e no número de anteparas que adicionam ao design básico da classe Virginia. Porém, todos preservam o diâmetro externo de 34 pés do submarino, “permitindo que a plataforma desempenhe dentro dos parâmetros-chave de desempenho”, de acordo com o vice-presidente da Eletric Boat, John Holmander.
Duas opções de módulos mais simples e curtos incluem corcundas no casco do submarino, permitindo tubos ligeiramente mais longos e, portanto, mais volumosos. Entretanto, esse arranjo de “casco de tartaruga” gera “problemas hidrodinâmicos e acústicos correspondentes, especialmente nas velocidades mais altas”, escreveram o Capt. (CMG) Karl Hasslinger e John Pavlos, na revista da Marinha “Undersea Warfare”.
Está custando U$ 500 milhões somente para desenvolver o projeto do Block V. Os Virginias atuais custam pouco mais de U$ 2 bilhões cada para construir – e com o módulo do Block V, esse custo unitário pode subir algumas centenas de milhões de dólares. Qualquer que seja o layout do Block V que a Marinha venha a escolher nos próximos anos, ele não será barato.
Mas novos submarinos estão entre as prioridades da Marinha – e com razão. Silenciosos e armados até os dentes, os submarinos são de longe as mais poderosas belonaves para a guerra total. Com suas extensões planejadas e mais mísseis, os submarinos Block V podem ser ainda mais mortíferos.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: João R. Noritomi para o Defesa Aérea & Naval.
Ainda acho que seria melhor, ao invés da construção de um sub nuclear, desenvolver mais nossa indústria e disseminar a tecnologia de defesa em nosso país, a fim de construírmos mais subs convencionais, mais modernos, consolidando sua produção e know how para depois construirmos subs com maior autonomia, e lançadores de mísseis de cruzeiro, totalizando 20 meios no total, entre convencionais e lançadores de mísseis de ataque a superfície. Começaríamos com 24 projéteis e ampliaríamos para 48 até chegarmos a 80. Acho que sairíam mais em conta do que o nucleado e seria melhor para nossa defesa. Com o preço de um nuclear, poderíamos fabricar 2 ou 3 desses, com propulsão convencional + com maior alcance. O mesmo pensamento, fica a cargo das escoltas de 6.000 tons, ao invés de 30, como querem, acho que seria melhor termos 16 corvetas turbinadas de aproximadamente 3.000 tons, com 16 ou 24 VLS, canhão de proa de 105mm e um de popa de 57mm tiro rápido, mais sonares e torpedos, para guerra anti sub e outros, para guerra litoranea e outros 16 meios de 6.000 mil tons, com canhão de 127mm, 1 ou 2 reparos de 57mm na popa, 48 VLS, sensores pertinentes a complementação a guerra em águas azuis, com vários exemplares para nós, De zeven, F100, KDX II, Fremm, etc. Sairia mais barato e atenderia nossas necessidades mínimas. Mas fazer o que né? E olha, basta um NAeL. Não teremos orçamento para mais que isso.