O carro de reconhecimento mecanizado EE9 – Cascavel, recebeu um motor MTU/Mercedes eletrônico de 300 cv, com sobrealimentação turbo-blower e interccoler, acoplado à nova caixa automática de 6 marchas da ZF alemã em um conjunto completo importado, nova caixa de descida de fabricação própria, caixa de transmissão múltipla/reduzida Mercedes, tudo montado em subchassis, o que permite a retirada do conjunto de força completo em 1 hora, com conectores rápidos, como nos M113, M60 e Leopard.
Também recebeu uma nova suspensão boomerang, corrigindo deficiências que o modelo da Engesa possuía, sistema de freio a disco novo, torre com sistema eletro-hidráulico de giro e elevação do tubo, muito semelhante a do Leopard, contudo todo nacional, sistemas de telêmetro laser, termal e infravermelho, integrados para o canhão, metralhadora e lança-mísseis, selecionável pelo comandante e/ou atirador, podendo ser simultâneo para mais de um sistema para um e outro, mantendo o sistema manual, aumento da capacidade de munição na torre, e elevação da mesma, para evitar o “efeito degola motorista”, com uma cinta espaçadora na base da torre. Atrás, estão os exaustores, que direcionam o ar para cima, ao invés de para a traseira, como era antes.
Sistemas digitais para monitoramento de todos os sistemas: direção, motor, armamento, etc, por monitores LCD touch screen, em muito semelhantes aos do Guarani para os 3 tripulantes.
O lança mísseis ainda deverá receber muitos ajustes, pois a sua completa integração não foi ainda efetuada. Mas pode ser disparado e controlado por qualquer um dos 3 tripulantes, ou por estação externa.
Em breve o carro estará em Santa Maria para testes. O valor estimado das modificações gira em torno de R$ 1 milhão por carro.
Fora a aparência um tanto estranha, foram profundas, extensas e válidas modificações, praticamente uma VBR nova.
esse veiculo é otimo nas missões de guerrilha, contra veículos de transportes inimigos, carros de combates adaptados, edificações!
nao precisa de m-1 abrans , nem charlleger, ouu leopard. pra\ isso ele resolve!
Pra mim essa modernização foi apenas pra “inglês ver”, sou muito mais investir no Guarani do que nesse projeto defasado do Cascavel…
O guarani tem assinatura térmica maior do que o cascavel…..data de fabricação não faz a viatura ter maior ou menor assinatura térmica…..sinceramente, não ente di esse comentário…….um belo exemplo é o m60, é mais velho que o cascavel e possui assinatura termina menor pois é pintado com tinta anti termal. Lembro que existem varias soluções no mercado como a rede de camuflagem barracuda e a própria tinta anti termal, é só comprar e pintar….
um grande retrocesso,esse cascavelho será facilmente detectado pois tem altas assinaturas termica.
Odilson Benzi, o exemplo das tropas “gêmeas” é oque melhor define a ideia e conceito que tenho sobre o assunto, grato pela atenção e esclarecimento, vamos aguardar o guarani 8X8, acredito que para o propósito definido pelo EB, será um bom veículo também.
Abraço.
Sobre o missel topol, até hoje vi várias fotos do lançador do mss que realmente é muito grande. Nunca vi o missel fora desse lançador por isso não tenho condições de opinar a respeito…..so sei que a implementação de missel na vbr é uma maravilha! Pois os países que se testaram em combate recentemente empregam mísseis em suas vbr, ou seja, tem a sua utilidade, principalmente para as operações de seguranca! Forte abraço!
Mais um detalhe Maurício, essa confusão era grande até no exército, até porque existem tropas “gêmeas” na cavalaria e na infantaria, cito com exemplo a Companhia de infantaria blindada (dos BIB) e o esquadrão de fuzileiros blindados (do RCB), são perfeitamente iguais! Com mesma composicao, mesmo material e mesmo armamento. a solução foi passar a chamar esse tipo de tropa de “Fuzileiro”, entao, ao invés de chamar o militar de cavalaria, do grupo de combate, do pelotão de cavalaria mecanizado de infantaria, passou a chamar de fuzileiro, ate por que o emprego tático da cavalaria mecanizada é totalmente diferente da infantaria. C Mec tem como missão reconhecimento e segurança (proteção), ou seja, se movimenta em frente, dos lados e na retaguarda das grandes unidades para buscar o contato com o inimigo e para proteger essas unidades, já a infantaria tem como missão aproximar do inimigo para o combate corpo a corpo e ocupar o terreno. Espero ter ajudado a elucidar! Aço!
Não acho mt abusivo este custo por unidade. Seria um reforço muito bom nas filas. Lógico que o Guarani será o produto principal, inclusive com sua versão 8×8, mas até serem completados, muitos cascavéis modernizados podem dar conta do recado como apoio aos guaranis já entregues. E são pequenos, ágeis e estarão aptos a quem sabe receber blindagem extra, como as contra rpg e etc.
Agora entendi o que você disse Maurício! Inclusive estou lotado na fronteira do Mato Grosso do Sul atualmente….essa infantaria que você observou na verdade é cavalaria….kkkkk. Um pelotão de cavalaria mecanizado tem um grupo de exploradores (hoje montam em uma VTL Rec, Agrale Marruá, em breve vão ser LMV Iveco, blindado), tem uma seção VBR (com dois cascavéis), um grupo de combate (essa deve ser a infantaria que você citou, eles montam em um guarani 6×6 atualmente. Eles são cav) e uma peça de morteiro 81 mm, que é transportada por um guarani também. Sobre o guarani 6×6, infelizmente, não tem como armar ele com canhão 105 mm, por isso tiveram que mudar a plataforma para 8×8.
Forte abraço a todos!
Odilson Benzi, em várias situações de operações conjuntas (adestramento) e ate mesmo de controle de transito e pessoal em regiões fronteiriças ou não é possível observar a dupla Cascavel e Urutu sendo empregadas em conjunto, se isso não é apoio a infantaria que pode ser BIM ou BIB, o que seria ??? Quanto aos acertos no simulador, é por isso que defendo o Guarani
6X6, neste caso quanto menor , melhor a exemplo do que você citou.
Abraço.
Será que existe a possibilidade de implantação do MSS 1.2 ? esse tubo está muito diferente…
Caro Karl, vou explicar aqui a minha opinião. Sou militar de cavalaria, tenho os cursos da família leopard e do guarani e sou master gunner. Em um passado recente fiz alguns testes no treinador sintetico de blindados. Este simulador tem fidelidade balística de 100%, ou seja, cada disparo virtual é 100% fiel a um disparo real de leopard 1 a5 Br, inclusive a curvatura da trajetória balística. O teste consistiu em colocar em um mesmo ambiente virtual, a 4 km do Léo, um centauro 105 8×8 (praticamente a nova vbr) e um cascavel, estes em uma trajetória diagonal, rodando a uma velocidade de 40 km/h. O resultado é que para cada tiro realizado que acertava de primeira o centauro, eram necessários 7 a 8 tiros para acertar o cascavel, tudo isso por causa do tamanho de ambas as viaturas. O “x” da questão é saber o que queremos. Queremos um caça tanques de 24 toneladas para fazer reconhecimento ou uma viatura pequena e difícil de ser acertada para fazer reconhecimento? Não sou contra a nova viatura, mas não concordo em colocar ela para as missões de reconhecimento. O próprio centauro ou o stryker mgs (viaturas parecidas com a que estamos desenvolvendo) não são utilizadas como VBR e sim como viaturas de apoio de fogo direto. Forte abrAÇO a todos! Cavalaria!
Sou mais o guarani 8X8 com canhão 105mm!!!
Esse cascavel ganhou motor de 300 hp…..hoje no exército a VB com maior relação peso/potência é esse super cascavel (relação peso/potência maior até do que dos nossos Léo a5)……com essa relacao, com certeza aguenta receber tranquilamente add on de blindagem adicional….um detalhe que tenho que falar aqui, os cascaveis NUNCA apoiaram a infantaria. Nossas VBR apóiam, pelo fogo direto, os grupos de exploradores dos pelotões de cavalaria mecanizados…..nas brigadas de cavalaria mecanizada não tem tropas de infantaria.
Até qual tipo de munição sua blindagem aguenta ? .50 já não aguenta mais, pois o Cascavel possui blindagem com face endurecida que só é mais dura do que projéteis de pequenos calibres… Ele só é bom por sua mobilidade com canhão, ponto. Mas é uma boa idéia modernizar nossos blindados e mante-los a pronto emprego, juntamente com os nossos 91M60 que ainda é um bom carro. Mas temos que reativar nossa idéia de fabricação de blindados com nossa tecnologia e ganhar mercado aqui na América do Sul e Africa e nos tornarmos potência.
É um bom veiculo, cumpre com o papel para o qual foi projetado, a modernização é bem vinda e de grande utilidade, além do reconhecimento serve também para apoio de fogo a infantaria, oque já era bom vai ficar ainda melhor e mais eficiente; lembrando que oque destrói ele também destrói os concorrentes mais modernos, a idade do projeto não altera o grau de sobrevivência em combate; neste caso …
Lendo aqui as opiniões, resolvi deixar mais uma contribuição. Não vale a pena investir em ” plataforma obsoleta”…..pessoal, todos fazem isso! Inclusive países consagrados nas últimas guerras do globo! Vou citar alguns exemplos, m1 abhrams (foi feito na década de 80), m2 e m3 Bradley (década de 80), scimitar (década de 70), m113(mais velho que eu), helicóptero uh1h…….todos esses equipamentos que eu citei só foi mantida a carcaça do original, o resto é tudo novo! No super cascavel, só a carcaça foi mantida, ou seja, concluindo, não vejo nenhum absurdo, muito pelo contrário, até que enfim vamos modernizar, deixar em condições de entrar em combate, sem dar as viaturas antigas para los Hermanos e nem ter que ficar “beijando o anel” de outros países…..CAVALARIA!
A VBR da família guarani é um 8×8, com canhão de 105 mm. Sou totalmente a favor da modernização do cascavel em vários aspectos. Vou colocar aqui apenas um desses aspectos, VBR não é VBC, como o próprio nome diz, serve para reconhecimento, tem que ver o inimigo antes de ser visto. A vbr guarani vê à uma distância de 4 km, igual os leopard. 4km está dentro da distância de alcance da maior parte dos “tanks” modernos, ou seja,é uma viatura grande, com uma trosoba gigante em cima dela e com blindagem fraca, pois é sobre rodas (não existe viatura sobre rodas com blindagem igual às viaturas sobre lagartas), ou seja, todos em um campo de batalha vão querer atirar nesse rinoceronte. Já o super cascavel é pequeno, ruim de ser engajado e está enxergando mais longe que um leopard….ou seja, agora ele tem condições de fazer reconhecimento. VIDA LONGA AOS CASCAVELHOS!
Trabalhei muitos anos com blindados, posso dizer q conheci todos os utilizados pelo EB. Ja participei de varias equipes no intuito de modernizar a torre da VBR Cascavel, mas empre fracassaram as tentativas. Conheci edte projeto no inicio, achei um grande “desafio” , pois a exigencia seria de ser totalmente nacional, com todos os equipamentos modernos(telemetria laser, correçoes balisticas automaticas por computador, visao noturna termal, estabilizaçao da torre, mecanismos de giro e elevaçao eletrohidraulico). Pelo que ja vi com o pessoal da Equitron o “desafio” foi superado. Nao tenho duvidas de que é um excelente carro, tanto tecnicamente quanto ao seu emprego tatico. Excelente resultado. Espero que nosso EB nao pense muito e tome decisao logo sobre este projeto.
César pereira, o “tank museum”, de Bovington, já tem um exemplar, assim como tem exemplares de Leopard C2, M60 e outros tanques, o que não altera em nada o uso e desuso destes blindados pelo EB e outros países…
Muito boa iniciativa, acredito que apesar de ser um veiculo antigo, existe em grande quantidade e já é operado a anos pelo exercito brasileiro, isso sim se justifica, acredito até que os urutus poderiam ter passado por semelhante modernização ao invés de investir esparsos recursos no Guarani 6×6, se fosse ao menos o 8×8.
Como dissera antes, entre a incorporação de todos os guaranis me parece que há espaço para estes retrofitting no cascavel enquanto substituirmos os urutus pois o guarani ssta configurado na versão VBTP. Isto é feito em qualquer lugar do mundo. Bem quanto a vantagens e desvantagens, racionalização dos recursos deixemos para os especialistas. É o ideal para fechar o GAP.
Esse carro já deveria estar no museu,deveríamos estar estudando uma nova geração desse veículo,adequada ao século 21,e não gastando dinheiro numa plataforma obsoleta !
Padilha você sabe que míssil é esse? Quem fabrica? Alcance? O MSS1.2 não é. Só se reformularam todo o míssil pois não ia caber nesse tubo de jeito nenhum.
Ainda não há um míssil específico.
Ok, entendo toda a importância deste projeto (Cascavel) à indústria de defesa nacional no passado mas, depois de investir nos os tubos num novo projeto (Guarani), nestas alturas do campeonato, investirmos dinheiro neste projeto de modernização. Eu até entendo se uma empresa privada resolvesse, com seu próprio dinheiro, desenvolver uma solução de modernização para clientes usuários do Cascavel e Urutu, mas o próprio EB fazer isto, é querer gastar dinheiro à toa. É o que penso.
Até mais!!!
Essa torre é nova ou modificaram a antiga?
Modificaram.
Considerando a função fiquei especialmente curioso com os sensores. Os de laser, termal e infravermelho são um avanço, mas creio que num veículo de reconhecimento a capacidade de ver primeiro e à distância conta tanto quanto o armamento. Até porque o canhão de 90mm me parece pouco para enfrentar as ameaças blindadas atuais.
Não gostei. Sou contra, ainda mais que aparentemente essa modernização é bem cara (1 mi por carro). Deveriam deixar o Cascavel como está e investir em outra coisa, como os Guarani parados lá na Iveco.
SE for homologado pelo EB vai ficar top. Pendente mesmo só a proteção blindada.
Operadores do Cascavel certamente vão se interessar por essa modernização.
Ficou top, tem estabilizador como no m109a5 para não precisar causar as rodas?
Ficou fino de garagem hein, tomara que modernizem bastante veículos à este padrão, já dará pra fazer os vizinhos manterem as barbas de molho (continuar mantendo).
Eh disso q a tantos anos se comenta aqui e acola Claudio………pra que inventar a roda e gastar os tubos……….vamos acompanhar pra ver se este ENGESA c estas modificacoes realmente seja aprovado e convertido.
É uma ótima ideia modernizar o Cascavel, pois bem me lembro desse blindado em meus tempos de EB no final dos anos 70 e início dos anos 80, vale muito sua modernização no que tange ao aspecto econômico, mas também no aspecto doutrinário, pois é um blindado (VBR) adequado, ainda nos dias atuais, não vou analisar os aspectos da modernização para não ficar muito extenso, mas o valor de 1 milhão de reais por veículo é mais do que aceitável, tendo em vista os preços de novos blindados no mercado, além de ser um blindado nacional e que muito sucesso fez no mercado externo. O EB está no caminho certo, parabéns.
Bom dia Padilha e demais Senhores!
Excelente notícia. Este VBR ainda tem muito a dar…não foi sem razão que foi um sucesso de vendas da ENGESA. Modernizar ao menos uma quarta parte de toda a frota seria muito interessante.
CM