Dois pesquisadores do Brasil estão na equipe que desenvolve a tecnologia. Ideia do ‘drone caçador’ surgiu durante a Copa do Mundo de 2014.
Por Helton Simões Gomes
Drones já foram abatidos com golpes de camisa e tiros de espingarda, mas da próxima vez que uma das aeronaves sobrevoar um lugar restrito ou que incomode alguém, a solução pode ser outro drone. Com DNA brasileiro, a nova tecnologia equipa veículos aéreos não tripulados (vant) com um lançador de redes para capturar invasores.
O Criado pelo Laboratório de Robótica de Interação com Humanos (HiroLAB), da Universidade Tecnológica de Michigan, o mecanismo contou com o trabalho de dois pesquisadores brasileiros.
São eles o doutor Evandro Ficanha e o doutorando Guilherme Ribeiro, ambos especialistas em engenharia mecânica.
Também surgiu no Brasil a inspiração para o protótipo. O líder do HiroLAB, professor Dr. Mo Rastgaar, assistia a um jogo da Copa do Mundo de 2014 quando o narrador da transmissão informou que atiradores protegiam a multidão de possíveis ameaças, incluindo drones. Não seria um fato inédito, já que vants já sobrevoaram estádios e até se aventuraram a passear por lugares com mais segurança, como a Casa Branca, sede do governo dos Estados Unidos, e um comício da primeira-ministra alemã, Angela Merkel.
“Um atirador pode derrubar um drone, mas ele pode atingir pessoas ou o patrimônio. Neste caso, remover o drone da área é a melhor solução”, diz Ficanha ao G1.
Caçador de drones
Ainda em desenvolvimento, o “caçador de drones” é um projeto fora da área de atuação do Hirolab, que trabalha na criação de robôs especializados em auxiliar seres humanos. Pesando 4,2 kg, o vant, um modelo s1000 da DJI, é capaz de capturar aeronaves dessas de 6 kg a até 12 metros de distância.
O segredo das caçadas é um disparador de rede feito com um cilindro de CO2. “Após ser lançada, a rede conectada ao drone por uma corda fina e resistente, atinge o alvo e as hélices do drone invasor são imobilizadas”, explica Ficanha.
Ele e Rastgaar já entraram com o registro da tecnologia. “A patente cobre a ideia de usar um ou múltiplos lançadores de rede em um drone, e a tecnologia necessária para a automatização do sistema para que ele funcione sem a necessidade de um piloto”, diz Ficanha. O vídeo apresentando o “caçador de drones” em ação foi publicado no começo deste ano.
Upgrade
Os pesquisadores trabalham em melhorias. Uma delas é aprimorar o alcance, hoje de 6 metros quadrados, e resistência da rede.
A outra atualização é criar um sistema automático para que o drone identifique alvos. Hoje, um piloto controla a aeronave e acompanha o voo com a ajuda de imagens captadas e exibidas em tempo real. A plataforma de visão é a área pela qual Guilherme é responsável.
Todo esse aparato, diz Ficanha, está sendo desenvolvido para imobilizar vants sem colocar em perigo as pessoas abaixo dele: “Drones podem ser utilizados de várias maneiras ilícitas. Em eventos públicos, por exemplo, podem ser usados para carregar explosivos, armas biológicas ou químicas.”
Céu brasileiro
Os Estados Unidos liberaram no fim de 2015 um cadastro para interessados em pilotar drones. O professor Rastgaar acredita que o “caçador de drone” pode ajudar que a lei seja cumprida.
No Brasil, a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) também trabalha em uma forma de registro, que deve ser publicada em breve. As regras que os operadores brasileiros devem seguir quando decolarem já existem. Foram anunciadas pela Força Aérea Brasileira (FAB) em dezembro do ano passado e liberam, por exemplo, o uso comercial das aeronaves.
FONTE: G1
Vamos pesca drones agora rsrsrs …
Vamos ver no que vai dà isto tudo ,tendo envista que os céus do Brasil jà estava virando um céus sem lei e com certeza será bem últil para a crencetar a segurança da olimpiadas .