Por Jamil Chade
Na OMC, governo pede explicações ao Japão sobre recursos concedidos à Mitsubishi, que vai brigar no mercado de jatos
O Brasil questiona na Organização Mundial do Comércio (OMC) os subsídios dados pelo Japão à fabricação de jatos, acusando Tóquio de estar distorcendo o mercado e prejudicando as vendas da Embraer. Os japoneses planejam entrar no mercado de jatos regionais neste ano, comum modelo que promete ser mais eficiente em termos de consumo.
O caso foi apresentado ontem em Genebra pelo Itamaraty, mesmo não se tratando ainda de uma disputa comercial nos órgãos de solução de controvérsias. O Brasil cobra uma explicação sobre o dinheiro concedido pelo governo à Mitsubishi, que está desenvolvendo a linha de jatos Mitsubishi Regional Jet.
Segundo o Itamaraty, cerca de 3 bilhões de ienes foram destinados a um programa para pesquisa e desenvolvimento de eficiência na aviação. A suspeita é de que esses recursos seriam subsídios ilegais e violariam as regras da OMC. Isso porque, ao receber essa ajuda, os jatos japoneses estariam concorrendo no mercado internacional em melhores condições que a Embraer. O Brasil pediu que Tóquio informasse a dimensão dessa ajuda e o motivo pelo qual o Japão não notificou a OMC da existência desse programa.
Reação
Em resposta, o governo do Japão garantiu que sua política para o setor da aviação era “consistente” com as regras da OMC e com os acordos de subsídios. Além disso, Tóquio garante que notificou a organização de comércio sobre seu projeto.
Sobre os programas não notificados, como o que o Brasil questionou, a diplomacia japonesa apenas indicou que eles se referem a financiamento para a pesquisa e que não são destinados a uma empresa específica, o que ficaria isento de notificações na OMC.
Há quatro anos o Brasil levantou pela primeira vez o assunto. Hoje, o mercado de jatos regionais é dominado por Brasil e Canadá.
Neste ano, Tóquio se prepara para lançar um modelo para 92 pessoas. E já conta com 223 encomendas. A americana SkyWest, por exemplo, fez uma encomenda de 100 jatos, com opção para mais 100.
A meta do Japão é controlar 20% do mercado mundial desse segmento e, assim, recuperar investimentos de US$ 1,5 bilhão gastos no desenvolvimento do modelo.
Em 2011, Brasil, Japão, EUA, Canadá e Europa assinaram um acordo estabelecendo limites para a ajuda dos Estados ao setor aéreo, na esperança de pôr fim à crise e às guerras comerciais. Mas o tratado não impediu novas acusações.
De acordo com a Mitsubishi, seu novo modelo é 20 % mais eficiente em termos de consumo de combustível que a média do segmento. O jato também será mais silencioso que os concorrentes, segundo a empresa. Aguardado como o “jato regional mais confortável do mundo”, o Mitsubishi Regional Jet ainda promete uma redução significativa de poluentes.
Concorrência
A história da aviação no Japão está ligada à Segunda Guerra Mundial. Nos anos 40, a Fuji Heavy Industries produziu 11 mil caças. Mas centenas deles foram usados em ataques kamikazes.
Quando Tóquio foi derrotada na guerra, o governo americano proibiu a fabricação de aviões pelos japoneses. Décadas depois, a indústria japonesa foi retomada, mas apenas como fornecedor de peças para a Boeing, inclusive para o modelo 787 Dreamliner. Os japoneses ainda têm tecnologia de ponta para diversos segmentos da produção de jatos. Mas até agora não tinham conseguido integrá-los em um jato comercial inteiramente produzido no Japão.
FONTE: Estado de São Paulo
Wolfpack, em sua primeira afirmacao posso perceber sua mais completa ignorancia, sobre isso possso te ensinar algo relativo aos costumes desse povo. Obviamente q nao existe perfeicao em nenhum lugar do mundo, mas esta cultura merece e muito o meu respeito pois na realidade ela funciona e muito, mas aqui tbm isso acontece…enfim…………… qto ao restante de seu comentario infelizmente tenho q concordar…….nao existem bobos e tao honestos mundo afora…mas aqui o q pesa mesmo eh o tamanho desta corrupcao….totalmente fora de controle……….simples assim
Corruptos são sempre os outros. As coisas só vão mudar quando mudarmos a nós mesmos, quando reconhecermos que somos uma nação de mal caracteres, quando um policial pedir proprina de R$ 100,00 para não registrar uma multa de R$ 1.200,00 , olharmos na cara do f.d.p e mandarmos ele fazer o que ele é pago para fazer. Não se esqueçam que os políticos são somente um reflexo do que o povo em sua maioria é.
Só o Brasil fica de inocente achando que no Japão se respeita idoso, que são puros e não comem carne de baleia ou mesmo são acépticos a corrupção como os Suécos. Oh inocência.
Taca-lhe pau Brasil!
……………sempre houve e sempre haverá subsídios “invisíveis” em qualquer país que tenha interesses em aplicação de tecnologia e outros fatôres que aumentem vendas e retornem em impostos…tentativas de acabar essas práticas nunca terão êxito…..o Brasil talvez tenha algum empenho em pesquisa para produzir tudo o que necessita dentro do seu próprio território quando tiver sua população totalmente alfabetizada e acabar com a corrupção, o que nunca sucederá porque as leis são superbrandas e frouxas o que favorece a prática do crime…..
só em sonho, com esses dirigentes só sonhando
Verdade Marco mas antes disso o Brasil precisa ter bons ALUNOS e boas escolas.
Japão. Um país derrotado de uma guerra a menos de 70 anos, sem petróleo, sem ferro , sem aço mas que investe em tecnologia.
O Brasil só se tornará independente quando tiver sua própria turbina, seu próprio chip, seus próprios fármacos, seu próprio foguete, seu próprio satélite e pelo menos 3 fabricas genuinamente brasileira de automóveis( marca nacional) que trazem junto várias industrias de autopeças e afins.
Marco, concordo com seu comentário. Vale lembrar ainda que o japonês é um povo que tem vergonha na cara, respeita os idosos , valoriza a educação, valoriza a instrução, é sério, é trabalhador, tem políticos honestos . Tudo isto somado, vale muito mais do que ter, um país grande, cheio de recursos minerais, mas também, infelizmente cheio de políticos e elites corruptas como as do ” brasil “. Por isto o Japão é a 3ª maior economia do mundo, e o ” brasil ” a insignificância que é.
Apoiado!!
o japão não tem sua propria turbina, nem seu proprio foquete,els tem misseis, sobre as fabricas de automoveis as estrangeiras ja trazem autopeças e afins nacionais
Cara me fala mais desta “turbina” japonesa?
O Japao tem seu proprio foguete (H-IIA entre outros) e sua propria turbina sim (IHI F-7 turbofan).
O Brasil merecia um povo mais nacionalista, assim como os japoneses americanos e chineses. Valorizar o nosso povo e pensar em soluções próprias para os problemas nacionais, e não trazer do estrangeiro pacotes de ideias que nada tem a ver com nossa realidade – como fazem sempre, infelizmente.