O embaixador da Suécia no Brasil, Per-Arne Hjelmborn, se reuniu, nesta sexta-feira (15), com o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, a fim de ampliar a parceira em programas de alta tecnologia. O objetivo é expandir o sucesso da cooperação alcançada com o F-X2, projeto que envolve além dos caças Gripen NG, o intercâmbio profissional, apoio logístico e a transferência de tecnologia para indústrias brasileiras.
A expectativa é que a atuação conjunta dos países transborde a área de defesa e envolva os segmentos de ciência, tecnologia e inovação. “Com a colaboração do Gripen, viramos parceiros pelos próximos 30, 40 anos. A intenção é usar o projeto Gripen para que juntos possamos tirar o máximo proveito dos efeitos multiplicadores, tanto dentro quanto fora do setor da defesa”, destacou o embaixador.
Como parte da parceria estratégica, foi criado durante a Comissão Mista Intergovernamental Brasil-Suécia, em maio 2015, o grupo de alto nível (High Level Group in Aeronautics), integrado por membros dos dois países. A primeira reunião foi realizada no país nórdico, em outubro do ano passado, e o próximo encontro está previsto para outubro deste ano no Brasil.
“Acho que o Brasil e a Suécia dispõem de todos os requisitos, exigências e condições para um amplo processo de cooperação científica, tecnológica e de defesa. Temos o interesse não apenas em manter, como em ampliar essa parceria”, ressaltou o ministro Aldo Rebelo.
Projeto F-X2
Anunciado em dezembro de 2013, o projeto FX-2 envolve transferência de tecnologia, política industrial, formação de mão-de-obra especializada e desenvolvimento de ciência e pesquisa. O contrato com a empresa sueca SAAB inclui a compra de aeronaves de combate, suporte logístico e compra de armamentos necessários à operação dos caças Gripen NG.
A Força Aérea Brasileira receberá 36 aviões de caça Gripen NG. A primeira aeronave deverá ser entregue em 2019 e, a última, em 2024. O contrato prevê ainda a fabricação de 15 das 36 unidades no Brasil, incluindo oito unidades de dois lugares, um modelo criado especialmente para a FAB.
A participação do Brasil no desenvolvimento do projeto dará à indústria aeronáutica brasileira acesso a todos os níveis de tecnologia, incluindo os códigos-fonte do Gripen. O programa de transferência de tecnologia incluirá itens como a integração de hardware, aviônicos, software e sistemas da aeronave, além do intercâmbio de conhecimento com mais de 350 brasileiros indo a Suécia para treinamento.
Em paralelo, a Embraer também vem se preparando para receber o Gripen NG e já realizou as obras de terraplanagem para construção do prédio que abrigará o Centro.
FONTE e FOTO: MD
Aliás vale lembrar que segunda-feira é o dia prometido para o avião de papel FINALMENTE virar realidade.
Dia 18 deve fazer seu voo inaugural do primeiro protótipo do Gripen E-SW.
o protótipo do Gripen E destinado a Flygvapnet a Força Aérea da Suécia…
De Maio.
Vai faltar um mês na segunda, o rollout será em 18.05.16.
Guilherme/ Padilha , já tem data prevista do vôo inaugural também ?
A data eu não tenho mas, pelo que eu sei, vai ser no segundo semestre de 2016.
A única coisa que me incomoda ainda no programa do Gripen é a falta de um programa paralelo diretamente com a General Eletric para a nacionalização da turbina aos moldes que a Índia terá com o mesmo modelo de turbina para o seu caça Tejas.
Mais adiante quando a situação econômica melhorar com a exploração plena do pré-sal eu espero que em algum ponto do futuro o Brasil financie um projeto de um Super Gripen biturbina, ou um Super Hornet genérico Brazuca-Sueco…
Mas eu sou só um sonhador…
Não sou um grande fã do Gripen, mas fico feliz que finalmente a novela tenha acabado e tenham escolhido um caça. Por outro lado poderíamos melhorar esses números, 36 mesmo sendo só a primeira encomenda é pouco.
O que me deixa temeroso é tal carência de 10 anos, que o Brasil só começará a pagar após a entrega do último exemplar… depois que a SAAB entregar o 36° Gripen o Brasil começará a pagar a conta (que não é barata) e aí será que o governo terá peito para pedir mais uma porção? e será que encontrará financiamento para pagar só quando terminar de pagar a primeira ???
Um país que merece respeito, pena a recíproca não ser verdadeira. Não é complexo de vira latas e a instabilidade política, econômica que gera incertezas lá fora.
Gosto muito, é uma parceria que começa bem . . . .