Brasília, 19/06/2015 – Durante dois dias, militares do Brasil e da Índia discutiram a ampliação da cooperação bilateral nas áreas científicas e tecnológicas, intercâmbios acadêmicos buscando parcerias em projetos de construção naval e outras áreas de defesa. Esses temas foram abordados na reunião do IV Comitê Conjunto de Defesa (CCD) concluído ontem no Ministério da Defesa.
A delegação indiana foi recebida pelo subchefe de Assuntos Internacionais do Ministério da Defesa (MD), general Décio Luís Schons, e oficiais da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Na abertura do evento, o general Schons reafirmou a importância da cooperação entre os dois países e enfatizou o grande potencial existente para o incremento dessa cooperação.
O embaixador da Índia no Brasil, Sunil Lal, detalhou sobre as semelhanças entre as duas nações. “Nossos países estão situados em continentes diferentes, mas há muita coisa em comum. Somos grandes em termos de área, população e economia e, desta forma, Brasil e Índia encaram problemas também similares. Temos bons motivos para estabelecer cooperação”, acrescentou.
Os militares indianos, junto com os brasileiros, puderam identificar áreas de defesa a serem melhoradas, bem como construíram acordos bilaterais em ajuda humanitária e desastres naturais, por exemplo. A comitiva indiana apresentou interesse em intercâmbio nesta questão devido à experiência e papel das Forças Armadas brasileiras em apoio à Defesa Civil em casos de catástrofes.
Acordos fechados
Algumas propostas foram apresentadas pelos representantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica com o objetivo de compartilhar conhecimentos e trocar experiências. Para a Força Naval ficou acertado um intercâmbio acadêmico de aspirantes entre as Academias Navais em 2016, a continuidade dos entendimentos visando a futura cooperação em projetos e construções de submarinos “Scorpène” e navio-aeródromo e também um acordo que prevê troca de informações sobre o tráfego marítimo.
Já para o Exército foi definida a realização de curso Internacional de Estudos Estratégicos em 2016, intercâmbios de pesquisadores e professores entre as escolas e centros de estudos estratégicos e em segurança e defesa cibernética e curso doutrinário sobre segurança e defesa cibernética.
No caso da Força Aérea foi estabelecida uma maior aproximação no setor espacial visando o Programa Estratégico de Sistemas Espaciais, intercâmbios nas áreas de defesa cibernética, de medicina aeroespacial e de defesa química, biológica e nuclear, além da troca de conhecimento entre instrutores de voo e de cadetes da Academia da Força Aérea (AFA). Também foi acertado o envio de oficiais brasileiros para realizar cursos na Índia e visitas exploratórias ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial.
Na ocasião, as chefias de Operações Conjuntas e de Logística também propuseram e firmaram acordo intenção de intercâmbio no campo de planejamento conjunto e emprego das Forças Armadas em apoio à defesa civil. E na área de logística as propostas foram voltadas para a estrutura existente da mobilização militar indiana e procedimentos na mobilização das indústrias.
Para o adido de defesa da Índia no Brasil, comandante Atul Deswal, a cooperação entre brasileiros e indianos é bastante positiva. “Gostaria de enfatizar uma questão muito importante entre as nossas relações: consideramos o Brasil parceiro estratégico, político e de defesa”, disse o adido.
As reuniões bilaterais tiveram início em 2010 com periodicidade anual.
FONTE: Asscom
FOTO: Tereza Sobreira
…………..seria bom o Brasil possuir mísseis Brahmos, se a India vendesse por um prêço acessível ao nosso país… .excelente arma……….
Parece que muitas novidades estão vindo. A próxima Cúpula do Brics está por acontecer e várias reuniões interministeriais e diplomáticas estão ocorrendo entre os membros.
A China, Rússia e Índia estão acelerando vários acordos em vários assuntos. Vejo como uma estratégia frente os acordos e cooperação estão sendo traçados na Aliança do Pacífico e o acordo de livre comércio entre EEUU e Europa.
Com relação à Índia, é a mais adequada a fazermos acordos de parceria, estratégicos, espaciais e de tecnologia de foguetes e satélites, entre outros, pois não tem as mesmas restrições dos EEUU, tal como ocorre com as geradas pela Rússia e pela China. Não demostra, a Índia, política expansionista e nem conflito com o ocidente. Por isso, é o país que podemos criar Centros de Desenvolvimento Tecnológico e Pesquisas Científicas muito mais assertiva e complementar do que com a Rússia e a China. O Brasil manterá sua neutralidade e independência política, porém mantendo relacionamentos comerciais e mais equilibrados com a Europa, EEUU, Rússia e China.
A Índia tem total interesse em acordos na indústria agrícola, pecuária, petroquímica, energia renovável, fármacos, bioquímicos, programas de saúde e sanitário, aprimoramento de industriais, técnicas de suporte pós venda e acesso ao Mercosul, antes que o Brasil feche acordos com os EEUU e a Europa, tal como a China fez.
Por outro lado, teremos cooperação e acordos de desenvolvimento científicos e tecnológicos mais adequados à nossa realidade. O Brasil e a Índia não fazem parte do CS da ONU e, por isso, são mais fortes juntos do que separados, se ambos tem objetivo de um dia serem membros, pois sabem que os outros dois não darão apoio a esta pretensão.
A verdadeira imagem que Rússia e China tem, e não deixa de ser verdade, é que são chefes dos BRICS. Índia e Brasil precisam juntar forças é ser tornarem mais protagonistas globais, e não apenas regionais.
Senhores, boa tarde.
De fato deve ser difícil para o Brasil participar desses encontros e esforçar-se para atender às mais prementes necessidades, principalmente em momentos de carestia. Contudo, é do interesse do País relacionar-se com o maior número de outros Estados, pois assim não fica cativo e dependente de um ou de alguns. Ademais, o fato de não ser perceptível a obtenção de resultados concretos desse tipo de conversa não é e não pode ser impeditivo para que ela aconteça, pois o horizonte de bons frutos, nas relações internacionais, é mais amplo e o seu período de amadurecimento, mais longo.
Dito isto, o relacionamento com a Índia parece ser uma ótima semente plantada recentemente, que poderá vicejar e frutificar para o benefício mútuo de ambos os países e seus povos.
Muito bom este intercâmbio BRIC pois o Brasil pode ajudar muito a ÍNDIA com um gestão mais acostumada a restrição e portanto tende a ser mais eficiente e a Índia pode dar ao Brasil uma visão de um porte mais largo na escala e de ambições mais altas.
Muito interessante esta possibilidade de desenvolvimento conjunto dos Scorpènes (não sei se os franceses vão gostar muito disto) e a possibilidade de aprendermos algo com os idianos em termos de Porta-aviões (onde eles estão bem na nossa frente)…
E como foi citado que esta já é a 4ª reunião, isto pode ter sido objeto de uma reunião anterior, o EB não ofereceu seu novo fuzil IA2 para avaliação do Exército Indiano que abandonou seu projeto de fuzil nacional ???
Seria interessante a cooperação do Brasil no desenvolvimento e fabricação do novo e futuro NAe Indiano, troca de conhecimentos no sistema VLS Indiano, adaptação do míssil nacional MT-300 a esse sistema VLS, software, hardware, além de cooperação de desenvolvimento de versões superfície/ ar dos mísseis nacional A-DARTER,MAA1-B.
Revisão por parte dos indianos no projeto CV-3, e cooperação Brasil/Índia no programa de Destroyer,s de 6000t do Brasil.
Desenvolvimento anterior de nova classe de navios de 4.500t por parte das duas nações.
Isso só no âmbito naval, se for focar a parte terrestre e aérea ai as possibilidades são imensas.
Boa noite
O Brasil assina tantos destes acordos e não se vê nenhum resultados concreto.
Você disse uma triste verdade !
Deve ser difícil para os nossos militares participarem desses encontros… Ter que escutar as propostas de parcerias tentadoras das outras nações e ter que dar um monte de desculpas para não admitir que nosso governo não está interessado ou que não temos dinheiro suficiente para assumir tais compromissos…
Podemos aprender muito com a Índia,tanto no setor naval como no aerospacial , essa nação esta muito a nossa frente em ambos os setores !
até a versão sem catapulta já seria de bom tamanho visto que o Brasil não é um país intervencionista como meio de defesa e o suficiente já no campo espacial poderia rede bons frutos
Nenhuma informação, sobre o interesse da Marinha no míssil Brahmos ?
Uma vercao com catapultas do INS Vikrant seria interessante para um futuro A-13 na MB.