Com discussões avançadas para acordo, americana propõe comercializar o KC-390, desenvolvido no Brasil
Por Roberta Scrivano
SÃO PAULO – A Embraer e a Boeing estão em um estágio avançado nas discussões sobre o modelo de combinação de seus negócios de aviação comercial, com o objetivo de apresentar ao governo federal uma proposta que exclua a área de defesa da nova empresa a ser criada. A preocupação, contudo, segundo uma fonte próxima das negociações, é preservar a possibilidade de a Boeing usar a sua força de venda para comercializar o KC-390, o jato de carga e transporte militar desenvolvido pela área de defesa da Embraer, que permaneceria sob o controle exclusivo da companhia brasileira.
O argumento da Embraer para convencer o governo a aprovar o negócio tem sido o de haver uma certa dúvida sobre a sustentabilidade da empresa, que, na prática, seria reduzida à atual divisão de defesa, sem uma parceria comercial com a Boeing, que aliás colabora com o projeto do KC-390. De acordo com o balanço de 2017 da empresa, da receita total, de R$ 18,7 bilhões, 50,7% vieram da aviação comercial, 33,2%, da executiva e apenas 15,8% da área da defesa.
— O KC-390 é um bom avião. Em defesa, no entanto, ter um bom modelo não é fator determinante para o sucesso do negócio, mas sim um posicionamento geopolítico estratégico e forte diante do mundo, coisa que o Brasil não tem — explicou um executivo com conhecimento na área, que pediu para não ser identificado.
Fôlego para lançar nova família de aeronaves
O modelo de negócio que os executivos da Embraer e da Boeing estão elaborando terá como foco principal a proposta de criação de uma nova empresa de aviação comercial, da qual a Boeing deteria o controle de 80% das ações, com os 20% restantes ficando com a brasileira.
Paulo Cesar de Souza e Silva, diretor-presidente da Embraer, disse, no fim de fevereiro, que, se não houvesse necessidade do aval do governo, “o negócio já teria saído”.
No âmbito da aviação comercial, a união com a Boeing é estratégica, segundo fontes, porque a Embraer não teria fôlego para desenvolver uma nova família de aviões para lançar ao mercado daqui a cinco ou dez anos, dando início ao que internamente chama-se de “terceira onda” da empresa. Dentro da Embraer, considera-se que a história da companhia até aqui dividiu-se em duas ondas. A primeira vai desde sua fundação até a privatização, em 1994, e a segunda, começa no pós privatização, com o sucesso do Tucano, e terminaria agora, quando começam as entregas dos modelos da nova família de jatos (os E2), com os maiores modelos já produzidos no Brasil, com até 150 lugares.
Abrindo os resultados da Embraer de acordo com a área de negócios, é possível entender melhor o que as fontes envolvidas nas negociações do modelo de venda dizem. Enquanto o segmento de jatos regionais, que representa 50,7% das receitas da empresa, tem proporcionado margens e retornos elevados à Embraer, respondendo por 85% do lucro operacional da fabricante de aeronaves desde 2013, os resultados do segmento de defesa vão do positivo para o negativo de um ano para outro.
— É um sonho de uma noite de verão pensar que os orçamentos militares do Brasil poderão manter uma Embraer Defesa & Segurança viva — avalia o engenheiro Adalberto Febeliano, especialista em economia do transporte aéreo.
Febeliano calcula que, se não houver uma amarração no modelo de negócios para que a Boeing venda o KC-390, “certamente a Embraer Defesa será desidratada e morrerá em, no máximo, dez anos”. Ele diz ainda que a gigante americana poderá viabilizar a entrada do KC-390 na Força Aérea dos Estados Unidos, além do Exército e da Marinha daquele país, e ainda auxiliar a brasileira na obtenção de uma série de certificações exigidas pelas forças armadas dos EUA, OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), ou mesmo do Japão, aliado dos americanos.
— Sem a associação com a Boeing, a Embraer poderá vender uma centena de jatos KC. Com o negócio, venderá milhares — diz Febeliano.
Potencial para dobrar encomendas
A Embraer é líder mundial no segmento de aviação regional, com mais de 50% do mercado global para modelos de até 130 lugares. Neste segmento, porém, há dúvida se é promissor fazer aeronaves ainda maiores que os jatos E2 para concorrer. Outro ponto que está no radar da empresa brasileira, e que também tem sido usado como argumento para impulsionar as negociações com o governo, é o fortalecimento dos seus concorrentes diretos.
A Bombardier, por exemplo, fechou, no ano passado, um acordo de parceria com a gigante europeia Airbus para a produção de sua nova linha de jatos regionais, os C-Series. No início deste ano, ainda, foi beneficiada com a suspensão da sobretaxa que havia sido imposta pelo governo americano.
Paralelamente, a japonesa Mitsubishi está investindo pesado no segmento para apresentar em breve uma linha de aviões de até 130 lugares, além da russa United Aircraft e da chinesa Comac, que estão na reta final de desenvolvimento de seus modelos.
Num exemplo do efeito da força de vendas que a Boeing daria aos modelos da Embraer, o Bradesco BBI estima que a americana poderia acrescentar 462 aviões à atual carteira de pedidos da Embraer — número equivalente à frota de jatos regionais operados pelos 26 clientes da Boeing. A carteira de pedidos firmes para esses jatos na Embraer hoje é de 435 aeronaves.
FONTE: O Globo
FOTOS: Ilustrativas
Quem sabe sai daí uma versão bombardeiro e uma gunship. Quem sabe até ST navalizado com asas dobráveis. O melhor seria o governo colocar na negociação uns F-18 pra fexar o caixão.
O certo mesmo é que, era uma vez.
O Brasil não deve permitir a desnacionalização da Embraer. É um dos poucos redutos de alta tecnologia do país. Temos que fazer como fez a Coréia do Sul, ou seja, financiar a educação tecnológica com investimentos maciços e desenvolver tecnologias, principalmente ambientais, de energia e também, por que não? militares e espaciais, para nossa defesa. E, nesse sentido, empresas como a Embraer e a Astros são fundamentais.
A EMB deveria continuar do jeito que está e entrar em outros ramos, como carros elétricos com a sua marca. Se o negocio de aviões comerciais diminuírem nos próximos anos, a empresa continuaria com aviões executivos, automóveis, defesa e outros produtos tecnológicos com alto valor agregado. Se for vendida em poucos anos será apenas um galpão de manutenção.
A notícia não é recente. A Boeing diz que se ela vender o KC390 venderá milhares. A Boeing diz que se a Embraer vender o KC390 venderá alguns. É uma questão geopolítica afirma a Boeing.
Ela está certa. Quando a Grécia se rendeu a um acordo com os países do Euro foi obrigada a comprar armas de alemães, americanos, franceses e sabe-se lá o que mais.
A Boeing está certa. Sem a ajuda dos americanos a operação da Embraer na China não avança. A Boeing está certa. Basta olhar para as notas e para os resultados da Embraer. O prejuízo da linha de defesa está lá.
Aqui no DAN foi postado uma nota do vice-presidente de finanças da Embraer informando prejuízo de 200 milhões de dólares com a linha de defesa sendo 50 milhões de dólares com o primeiro protótipo do KC390.
A Boeing está certa em tudo. Mas ela não tem bola de cristal para saber como estará o mundo daqui a 20 anos.
Desde a primeira nota sobre o takeover da Boeing sobre a Embraer sai tido tipo de notícia ruim. Toda semana tem publicação arrasando a Embraer. Valia 20, hoje vale 5.
A margem era ótima, virou boa. Defesa e executiva só dá prejuízo. A Embraer não sobrevive mais 5 anos sem a Boeing.
A França tem um estaleiro para porta-aviões. Somente um. A Ficantieri e o governo italiano tentaram nos últimos anos tomar o estaleiro STX dos franceses. Pelos mesmos motivos que a Boeing tenta levar a Embraer.
Margem baixa. Prejuízo. Sem futuro. Precisa consolidação. Não tem mercado amplo. Poucos negócios comparando com os gigantes navais europeus. Os mesmíssimos argumentos usados pela Boeing.
Macron comprou o estaleiro. O STX, único estaleiro com capacidade para porta-aviões na França foi estatizado. Macron abriu confronto contra o governo italiano. Hoje o governo francês e outros na França controlam 49% do estaleiro. A França cedeu 50% mais 1% sendo esse 1% o controle do Conselho de Administração.
Teoricamente a Ficantieri manda no STX. Na pratica terão que invadir a França para tomar qualquer caminho que os franceses disserem não.
A Embraer está no Brasil. É brasileira. É empresa de capital aberto com ações na Bovespa. É a única empresa que monta aviões no Brasil. É a única que exporta defesa. Não importa que os sócios são Fundos internacionais. A Embraer foi feita para atender a FAB. A partir daí a Embraer cresceu. Virou o que virou.
A 3G junto com Warren Buffett ofereceu mais de 140 bilhões de libras pela Unilever. A resposta da Unilever foi que a proposta era ofensiva. Dizem eles lá na Inglaterra que a Unilever vale mais. A 3G recolheu a oferta.
Aqui no Brasil todos os especialistas afirmaram que a Embraer vale 20. Talvez 25. Nas notas a Boeing afirma que a Embraer vale 5. Querem levar 80%, 90%, jatos regionais, tentam criar outro negócio com base nos 5 bilhões de dólares.
Bota pra correr. Toca daqui. Xô. Chispa.
Boa tarde a tds ; ja comentei aqui isso e uma Catastrofe Historica esta venda da Embraer para a Boeing, outra coisa muito mais Importante que esta por tras desta venda parceria join venture o que quer que seja isso e a Indepedencia Estrategica Politica Brasileira. Concordo com as Palavras dos Senhores Cesar Pereira , Gerson Carvalho ,Thiago Garcia , Larri Gonçalves ;DIscordo das opinioes dos Senhores Tadeu e J.R a Embraer NAO empresa estatal mas uma empresa Privatizada nao teria como usarem os meios de influencia politica para ser instrumento de corrupçao de acordo com seus interesses [EMBRAER] . Outra coisa Importantissima a todos e so Olhar o HITORICO de Co das empresas americanas BOEING E LOCHEEND MARTIN e Entenderam a que me refiro. Pesquisem aqui mesmo e verao o HISTORICO destas empresa AMERICANAS , ao meus olhos so querem destruir mais uma empresa concorrente futuro como fizeram com OUTRAS NO MUNDO. simples assim , nao tenham Preguiça PEQUISEM AQUI NESTE MESMO SITE OK.
e o mesmo quando querem privatizar a rede de água de uma cidade, começa os cortes, e chegar agua suja nas torneira, e o mesmo que estão fazendo com o eixam de goiania, sucateiam e depois vendem, esse feliciano tem e que ser preso, que vendam, mas que seja obrigado a vender para um brasileiro, com apoio do BDNS no financiamento, deram 80 bi para os batistas comprar carne, e não vai financiar a defesa nacional.
A Embraer era o suprassumo no seu nicho,nadava de braçada,foi só a Boeing querer compra-la e começaram a surgir os boatos que a empresa não dura mais que alguns anos,o promissor KC-390 que tinha tudo para revolucionar o mercado já começa a se mostrar um trambolho segundo alguns ”especialistas” ,observem como as opiniões mudaram até o interesse da Boeing na Embraer !
Ou os ”especialistas’ são uma cambada de idiotas, ou essas notícias de agora não passam de falácias de alguns interessados em ganhar muito dinheiro !
Há um lobby imenso em favor de para passar a Embraer para a Boeing, a própria organização Globo,que publicou essa matéria torce por isso !
Alguém tem alguma dúvida que se o governo permitisse a venda total da EMBRAER ela ainda permaneceria no Brasil? Bobinhos, os EUA estão querendo comprar centenas de A29 Super Tucano e o Cargueiro KC390 também é muito bom e tem mercado! Dai se vendem tudo, isso que conquistamos, vai tudo para os EUA. Simples assim!
Mas já é assim. Os tucanos comprados pelos EUA para atuar no Afeganistão foram fábricados lá. O mesmo ocorre com a linha executiva phenon destinadas ao mercado americano. I
Ela estabelecer base na China está tudo ok para ti, mas os americanos serem parceiros não.
Ok. Já entendi…
Não sou entendedor do mercado mas sou brasileiro realista senão justar-se a Boeing estaremos mortos no teto máximo em 10 ou 15 anos. Vale ressaltar que os detentores da Embraer ficar de olho nos contratos, pois eles (Boeing) querem tudo da Embraer, quero ver governo ter peito e encarar essa batalha com americano da Boeing, já fizemos história deixem eles venderem desenvolvimento que saiam as aeronaves no Brasil, que na minha simples opinião pode não acontecer e sim levarem quase tudo para ser feito no solo americano.
Interesse mercadológico Brasileiro,Não aguenta nem as próprias pernas,isso é discurso petralha com medo de não ter ainda meter os dedinhos ligeiros.
Nota-se uma ansiedade por parte da Boeing, e também alguns “especialistas brasileiros” na entrega da EMBRAER para a empresa americana, com o argumento que a EMBRAER não conseguiria competir com a Bombardier associada a AIRBUS, e que a EMBRAER venderia muito mais se estivesse associada a BOEING, é certo que o ” mercado” mudou e que surgiram novos concorrentes (Japão, China, Rússia, etc…) na aviação regional e de defesa; mas fica uma pergunta, seria mais importante e estratégico para o Brasil, pois o que interessa é o Brasil, ter uma empresa (EMBRAER) de suma importância para o desenvolvimento tecnológico nas mãos de brasileiros (sei que a maior parte das ações da EMBRAER está nas mãos de estrangeiros no momento, mas isso é para depois ser solucionado) ou com o controle do governo ou entrega-la a BOEING uma empresa que na verdade atende os interesses do governo norte americano, acho que a EMBRAER deveria estar sob controle de alguma empresa ligada ao Ministério da Defesa e ponto final, produzindo, sim para o mercado, mas produzindo para os interesses estratégicos do Brasil, sendo esta empresa de capital privado nacional ou do governo. Com certeza a negociação com a BOEING deve ser deixada para o próximo governo e não esse que está de saída, até para não fazermos um mal negócio no apagar das luzes desse governo. Precisamos repensar uma solução para nossas empresas de defesa, pois isso é estratégico. Os europeus, Russos, Chineses, americanos, japoneses, etc… não entregam suas empresas estratégicas para controle estrangeiro como queremos fazer aqui, lucro não é tudo. Afinal o “mercado” não pode mandar em tudo.