A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de US$ 700 milhões para que a empresa aérea americana Sky West compre aeronaves da família E-175 (com 76 lugares) da Embraer.
O empréstimo ainda vai ser contratado, segundo informou o BNDES. Esse financiamento se dá pela modalidade de pós-embarque pós-embarque pela qual o BNDES financia a comercialização do bem a ser exportado. Cada vez que uma aeronave é exportada, o BNDES desembolsa o valor equivalente, em reais, na conta da Embraer, enquanto a Sky West repaga o empréstimo em doze anos, em dólares.
O BNDES não informou o número de aviões envolvidos na transação, mas disse que deve representar um percentual expressivo da produção de aeronaves comerciais da Embraer em 2018. “Nos últimos 20 anos, o BNDES desembolsou US$ 21 bilhões para apoiar a exportação de aeronaves da Embraer, o que representa cerca de 30% da produção da empresa [no período]”, disse Ricardo Ramos, diretor da área de exportações do BNDES.
Procurada, a Embraer disse que não fala sobre linhas de crédito especificas de clientes. “Essa modalidade de financiamento é destinada ao importador e a Embraer não é parte relevante na transação financeira.” A empresa informou que, para 2017, estima que aproximadamente 25% das entregas de jatos comerciais serão financiadas pelo BNDES. “A Embraer não divulga projeção de apoio do BNDES para entregas futuras. As decisões de financiamento são exclusivas dos clientes da empresa. Há várias fontes de financiamento disponíveis no mercado, como bancos comerciais, empresas de leasing, mercado de capitais, agências de credito a exportação, além de recursos próprios do cliente. Muitas dessas decisões são tomadas próximas da data de exportação das aeronaves”, disse a Embraer.
Segundo o BNDES, a operação de financiamento à exportação de aeronaves da Embraer envolve opções de encomendas detidas pela Sky West que se transformaram em pedidos firmes. Em 2013, a Embraer e a Sky West anunciaram encomenda para 40 jatos E-175. Na ocasião, a Embraer anunciou que outros 60 pedidos firmes estavam condicionados à assinatura de novos acordos pela Sky West com companhias aéreas americanas às quais presta serviços. Havia ainda opções para outros 100 jatos E-175, elevando o potencial do pedido para até 200 aeronaves. Em setembro de 2017, a Sky West anunciou pedido firme para 25 E-Jets da Embraer, encomenda avaliada em US$ 1,1 bilhão. Um mês depois, em outubro, a Embraer anunciou outro pedido firme da Sky West, desta vez para mais 20 aeronaves, no valor de US$ 914 milhões.
FONTE: Valor Econômico
As principais economias do mundo são formadas por uma classe social nacional, grande detentora do patrimônio e da riqueza privada da nação. França, com várias estatais estratégicas, talvez tenha uns pontos fora da curva, mas também tem a economia baseada em mercado industrial, de capitais e financeiro privados nacionais, mas nada de diferente das outras nações desenvolvidas.
Se EEUU, UE e China estão adquirindo empresas pelo mundo, ou eles estão errados ou estamos nos desfazendo de uma empresa estratégica nacional, como quem vende a galinha depois que passa a pôr ovos de ouro. Sem falar que os próprios Brigadeiros não foram simpáticos a ideia. Não há porque vender uma empresa que vem constantemente evoluindo e se expandindo, arrastando outras empresas satélites e centros de pesquisa junto.
Além dos interesses dos acionistas e investidores estrangeiros, não vejo o porquê vender uma empresa estratégica e de tecnologia. Se o Boeing, Airbus, Chingling ou qualquer multinacional só deseja expandir seu mercado, basta abrir um planta industrial aqui no Brasil. Mas está claro que não é essa a estratégia. Para vencer, ou você compra a concorrência ou leva ela a ruína. Se a negociação não avançar, dentro de alguns meses ou anos, os negócios da Embraer podem despencar propositalmente a fim justificar e forçar a venda da mesma, tal como aconteceu com a Vale.
É estratégia dos donos do mundo, azuis ou vermelhos, business are business. Nada pessoal ou ideológico. O Brasil tem que saber se defender da venda do galinheiro para a raposa. Brasil, abaixo de Deus e acima de tudo.
Foi justamente a justificativa de que precisam existir “Estatais estratégicas” que se perpetrou o maior assalto aos cofres públicos da história do Brasil quando do famigerado “Petrolão”. E entre as “estatais estratégicas” francesas muitas delas dão recorrentes prejuízos precisando ficar penduradas no tesouro gaulês como é o caso da Air France enquanto outras envolvem- se costumeiramente em escândalos de corrupção mundo afora.
Caro Tireless,
Por favor, me diga, sem tomar partido ideológico, qual país não tem corrupção? Lobby, que elege presidente, em troca de financiamento de campanha, ocorre muito em vários países industrializados de primeiro mundo, desenvolvido… Depois, é o contribuinte quem banca compras governamentais vultosas em retribuição. O petrolão, não foi o primeiro e nem o maior assalto, Podemos pensar no PROER? Temos muitos outros, que prefiro não citar aqui. Não ataco o capitalismo e nem o comunismo. Vejo a China, país comunista, ocupando o segundo lugar entre as maiores economias do mundo, ultrapassando em 30 anos vários caciques capitalistas do pós 2WW. E lá, existem estatais e empresas privadas, em “harmonia”. Não basta Criticarmos modelos econômicos ou ideológicos. Precisamos encontrar nosso modelo. Nada é tão ruim que não possa piorar, e nada é tão bom que seja perfeito.
“Enquanto o lucro é privatizado a crise é socializada”
Mais do que isto, defende a ‘livre iniciativa’, mas não percebe que os grandes oligopólios acabam por banir a alma privada do capitalismo são … Isso embora tal atitude implique a socialização dos seus prejuízos, o que cria, na prática, uma situação onde o prejuízo é público, mas o lucro, privado.e ainda existem idiotas que acham que os grandes estão preocupado com eles (povo),só pensam no seu lucro acorda …. vocês são o lado fraco da corda ficam de mimimi criticando esquerda como se a direita fosse melhor.vocês são uma comedia com esse raciocino
Acho que o comédia aqui é você……
Ao financiar a aquisição de um bem de alto valor agregado tal como é uma aeronave, de uma empresa privada e bem sucedida como é a EMBRAER, o BNDES cumpre a sua função institucional. Bem diferente de quando sua amada esquerda estava no poder e o banco era usado como “cofrinho” dos amigos do caudilho do ABC tal como a Odebrecht, Os irmãos “Friboi” e o notório Eike Batista
meu deus! A que ponto chegamos….
Assim o BNDES cumpri com seu papel institucional, espero que nunca mais volte ser usado para bancar obras em nações Párias, governadas por cumpanheiros mal pagodores!
Quando ocupava o Palácio do Planalto o ParTido apeado do poder em 2016 pelo impeachment ameaçou retirar essa linha de crédito para os compradores de aviões da EMBRAER. O motivo: O fato da empresa ter se recusado a receber um burocrata russo que consta na lista negra do State Department dos EUA. Para piorar esse mesmo partido ainda ameaçou usar o mesmo BNDES para financiar a criação de uma concorrente da EMBRAER em conluio com a Odebrecht e os russos.