A empresa britânica BAE Systems será responsável pela atualização de meia-idade de 122 veículos de combate de infantaria CV90 do exército holandês. O contrato, concedido por 500 milhões de dólares, prevê a instalação de uma nova torre com a qual “melhorará muito as capacidades do veículo, ao mesmo tempo que proporcionará às tripulações proteção e ergonomia aprimoradas para maior eficiência de combate”. Isso é o que a empresa explica em um comunicado em que detalha que a nova torre foi desenvolvida pela subsidiária local BAE Systems Hägglunds na cidade sueca de Örnsköldsvik.
O acordo, firmado com a Netherlands Defense Material Organization (conhecida em inglês pela sigla DMO), contempla a opção de realizar a obra em mais 19 veículos. Na configuração da nova torre a posição da arma principal “é alterada para proporcionar um equilíbrio ainda melhor do veículo e permitir novas formas de introduzir uma variedade de armas para aumentar sua letalidade”, segundo seus desenvolvedores. A nova torre, acrescentam, “representa um salto em design e funcionalidade”. Eles também detalham que essa configuração oferece melhorias ergonômicas importantes para o benefício da tripulação do veículo.
A BAE Systems baseia o “design de torre aprimorada” em anos de experiência comprovada de combate, melhorias contínuas de veículos e análise de dados do chamado CV90 User Club, já que a iniciativa de sinergia criada entre as sete nações atualmente em operação é conhecida como frota deste modelo. As melhorias também são baseadas em um estudo recente do Exército Real da Holanda e em uma análise da BAE Systems sobre “a carga cognitiva nas tripulações de veículos de combate de infantaria para lidar com a interação homem-máquina”.
Redução do custo de vida
O desenvolvedor garante que com isso “dá às tripulações maiores vantagens, como a possibilidade de escolher modos de operação intuitivos e eficazes, além de encurtar o tempo de detecção, identificação, tomada de decisão e participação”.
O Chefe de Estratégia e Planos do Exército Real da Holanda, Coronel Norbert Moerkens, explica que essas melhorias representam “um passo importante para garantir que nossos veículos de combate de infantaria e nosso exército estejam bem preparados para os anos que virão”. As obras também buscam a redução do custo de vida dos veículos blindados, “ao mesmo tempo em que manterá nossos soldados protegidos de novas ameaças”.
O trabalho está em andamento para equipar os veículos CV9035 holandeses com várias capacidades aprimoradas, como um sistema de proteção ativa (APS), um míssil guiado antitanque (ATGM) e um novo sistema de mira eletro-óptico (EOPS) que aumenta a consciência situacional. A modernização também inclui proteção eletrônica focada em ser capaz de acomodar desenvolvimentos futuros “atualizando para o backbone digital de quarta geração, com cibersegurança integrada e mais robusta.”
O diretor da BAE Systems Hägglunds, Tommy Gustafsson-Rask, observa que com este acordo “esperamos ajudar nosso cliente holandês a aumentar sua eficiência de combate no futuro campo de batalha”.
Este programa envolve mais de vinte empresas na Holanda através da cadeia de abastecimento, que inclui o fornecimento de componentes mecânicos e eletrônicos para BAE Systems Hägglunds e os principais fornecedores de subsistemas. Assim, de acordo com as informações do licitante vencedor, o programa apoiará a base industrial de defesa do país “por muitos anos”.
Atualmente, estima-se que cerca de 1.300 CV90s de diferentes variantes estão em serviço em sete países: Dinamarca, Estônia, Finlândia, Noruega, Suécia, Suíça e Holanda. O fabricante ressalta que é um veículo projetado para se adaptar e atender às demandas das missões do futuro, e que já possui “um histórico comprovado de combate”.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Infodefensa
Tem um vídeo da Bae, que mostra que a família CV90 possui 15 variantes.
Essa versão do CV90 poderia equipar o esquadrão de viaturas de transporte de pessoal dos 4 RCB (4⁰, 6⁰, 9⁰ e 20⁰) e de 1 dos BIB de cada uma das duas Brigadas Blindadas (29⁰ BIB da 6a Brigada de Infantaria Blindada e 13⁰ BIB da 5a Brigada de Cavalaria Blindada)…claro que isso seria acompanhado de, no mínimo, Leopard 1A5 totalmente modernizados nos RCC e RCB, ou um carro de combate mais moderno, como Leopard 2 (dificil, pois não há usados no mercado e novos são caríssimos) ou M1A1 (há muitos disponíveis nos EUA). Mas, voltando do meu devaneio, por enquanto vamos de M113 modernizados e Leopard 1A5 (esses últimos parece que passarão por uma atualização em pontos mais problemáticos, mas apenas em metade dá frota).