A Atech, empresa do grupo Embraer, participará do Exercício Guardião Cibernético 3.0, um treinamento de cibersegurança que envolverá 350 pessoas de 58 organizações públicas e privadas. Coordenado pelo Comando de Defesa Cibernética (ComDCiber), do Ministério da Defesa, as atividades serão realizadas entre os dias 5 e 7 de outubro.
A Atech atuará no treinamento junto com a Avibras, disponibilizando o SDA – Sistema de Defesa Aérea. O sistema, desenvolvido em conjunto pelas duas empresas, possibilitará aos participantes do exercício praticar ações cibernéticas em situações de ataques em cenários com características militares. No Guardião Cibernético, este tipo de cenário é uma novidade.
O sistema é semelhante ao disponibilizado no exercício cibernético da OTAN Locked Shields 2021 (LS21), em abril deste ano. No entanto, as empresas precisarão potencializar o emprego do sistema no ambiente de simulação do ComDCiber/CDCiber, que é diferente, em alguns aspectos, daquele utilizado no LS21.
“Outra questão importante é o tempo de execução das adaptações para o cenário Brasil. O LS21 é executado em um cenário fictício ‘Berylia’ construído para execução do exercício e no caso do Guardião Cibernético o cenário reproduz características reais do Brasil”, afirma Cláudio Nascimento, gerente de Vendas da Atech.
De acordo com Cláudio, a participação no Guardião Cibernético 3.0 com um sistema já empregado em cenário de amplitude mundial e de renomada reputação, como o LS21, agrega valor ao exercício em solo brasileiro.
“A Atech e Avibras estão possibilitando que outros representantes das Forças Armadas Brasileiras, além dos que participaram do LS21, possam exercitar ações de defesa cibernética em um ambiente militar, assim como foi realizado na OTAN”.
Destaca-se que a Tempest Security Intelligence, empresa do grupo Embraer, especializada em cibersegurança, também participará do Exercício Guardião Cibernético 3.0, executando o papel de Observador. A Tempest Security Intelligence é considerada a maior empresa brasileira especializada em cibersegurança e prevenção a fraudes digitais.
Tecnologia empregada no Exercício
Durante o exercício cibernético, a Atech e a Avibras atuam de forma integrada, porém com responsabilidades distintas. A parte do sistema sob responsabilidade da Atech (C4i) emprega conceitos e tecnologias de integração, governança, sensores, comando & controle (C2) e consciência situacional ampla, possibilitando a tomada de decisão em situações de ameaça, inclusive de ataque cibernético. O C4i recebe, filtra e coleta as informações do simulador de radar, classifica os dados de tracks das aeronaves, recebe dados dos lançadores de mísseis, trata todos estes dados e envia as informações dos alvos hostis para o gateway do sistema de armas. Além disso, atualiza as informações dos alvos e mísseis nos servidores de comando e controle.
Já a Avibras tem como responsabilidade as questões que garantem, a todo o sistema de armas levado virtualmente ao exercício, uma operação segura e resistente ao ataque cibernético dos times participantes do exercício.
Compreende o sistema de armas: subsistema de pontaria e tiro, subsistema da viatura de lançamento de mísseis e foguetes balísticos, e subsistema de programação das munições guiadas.
“O SDA – Sistema de Defesa Aérea é complexo e demonstra capacidades diferenciadas em um cenário militar de ataque cibernético como, por exemplo, tentativa de classificar uma aeronave amiga como inimiga, levando ao seu abate de forma equivocada, dentre outras”, explica Claudio.
O sistema possibilitará aos participantes do exercício Guardião 3.0 uma experiência diferenciada, por meio do uso de um sistema com características militares.
O Treinamento
O Exercício Guardião Cibernético 3.0 simula ataques cibernéticos em estruturas críticas do país e estratégias de defesa que poderiam ser adotadas para evitar um colapso nacional. Os setores de Defesa e Segurança e as instituições civis que participam do treinamento precisam trabalhar em um ambiente colaborativo, com sinergia de esforços, para evitar a paralisação de serviços essenciais.
As infraestruturas críticas são setores estratégicos para o país, como serviços de energia, água, telecomunicações, mobilidade e tráfego aéreo, entre outros.
Esta será a 3ª edição do Exercício Guardião Cibernético, tendo ocorrido a primeira em 2018. Este ano, a novidade é que serão realizadas atividades fora de Brasília (DF), em um Quartel-General Integrado, constituído em São Paulo (SP).
FONTE: Rossi Comunicação