A Argentina sancionará com penas de prisão, empresas e petroleiros que explorem as águas ao redor das ilhas Malvinas, em disputa territorial com Reino Unido
Buenos Aires – O governo argentino sancionará, inclusive com penas de prisão, empresas e petroleiros que explorem as águas ao redor das ilhas Malvinas, em disputa territorial com o Reino Unido, confirmaram nesta terça-feira à Agência Efe fontes oficiais.
Em um encontro com meios internacionais, o responsável da recém criada Secretaria de Assuntos Relativos às Ilhas Malvinas, Geórgia do Sul e Sandwich do Sul e os espaços marítimos circundantes no Atlântico Sul, Daniel Filmus, assegurou que “quem não obtenha autorização (da Argentina) não só enfrentará consequências administrativas, mas também penas de prisão”.
Filmus advertiu que a Argentina levará as petrolíferas e aquelas empresas que se envolvam na exploração dos territórios reivindicados perante os tribunais internacionais.
Todos eles “se verão excluídos de futuros acordos potencialmente mais proveitosos em Vaca Muerta (uma das maiores reservas mundiais de hidrocarbonetos não convencionais, situado em território argentino)”, segundo o secretário.
Meios locais divulgaram ainda que o governo estuda também impor sanções aos pesqueiros que operem sob licença britânica ao redor das Malvinas, situadas no Oceano Atlântico Sul a 480 quilômetros da Patagônia e em mãos britânicas desde 1833.
No entanto, fontes da chancelaria consultadas pela Efe evitaram divulgar uma posição oficial a respeito desta medida.
Argentina e o Reino Unido estão enfrentados historicamente pela soberania das ilhas do Atlântico Sul, assunto que levou os dois países a travar uma guerra em 1982.
FONTE: Exame Online
A Inglaterra também já não é a mesma dos anos 80…
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16/01/2014
13 milhões vivem abaixo da linha da pobreza na Inglaterra
(Lembrando que a sua população é de 53 milhões de habitantes)
Marcelo Justo
Londres – É a sexta economia mundial, origem da revolução industrial, ex-império que dominou o mundo tem cerca de 13 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza. Com um duro plano de austeridade que está socavando lentamente o Estado de Bem estar, salários estagnados, explosão do emprego temporário e de meio-turno, muitos têm que recorrer aos bancos de alimentos das ONGs no Reino Unido.
A Fundação Trussell Trust tem mais de 400 bancos de alimentos em todo o país. O impacto do programa de austeridade aplicado pela coalizão de conservadores e liberais democratas desde 2010 é claro. Em 2011-2012, 128.697 pessoas recorreram a estes bancos.
Em 2012-2013, a cifra quase triplicou: 346.992. “Há muita gente que come uma vez ao dia ou tem que escolher entre comer e acionar a calefação em pleno inverno”, disse à Carta Maior o diretor da Trussel Trust Chris Mould.
Os especialistas medem a pobreza em termos absolutos (virtual incapacidade de sobrevivência) e relativos (em relação à renda média e às expectativas de uma época).
Hoje em dia não ter uma geladeira é um indicador de pobreza; em 1913, data de invenção da geladeira doméstica, era um luxo. Segundo o Trussel Trust, um de cada cinco britânicos se encontram hoje em situação de pobreza relativa ou absoluta.
“É fácil esquecer que se pode cair muito rápido nesta situação. Uma demissão, uma conta muito alta de eletricidade, uma redução dos benefícios sociais, um drama familiar e essas pessoas ficam sem nada”, explica Mould.
Esta pobreza se estende para além do desemprego. A atual taxa de desocupação de 7,7% (2,5 milhões de pessoas) encobre um panorama social complexo. Quase um milhão e meio de pessoas tem trabalhos de meio turno e com salários baixíssimos que geraram o movimento pelo chamado “living wage” (salário digno).
O percentual de subempregados (que desejariam trabalhar mais se pudessem) aumentou de 6,2% em 2008 para 9,9% hoje. “A maioria da ajuda estatal não vai para os desempregados, mas sim para pessoas que estão subempregadas ou têm salários muito baixos. Muitas vezes pela própria instabilidade destes trabalhos as pessoas entram e saem de situações de extrema necessidade”, diz Mould.
A esta pobreza de receita se somam outras formas no Reino Unido, como a chamada “pobreza energética” dificilmente visualizada na América Latina seja pela diferença climática ou porque ainda não foi conceitualizada.
Este nível de pobreza afeta cerca de 3,4 milhões de pessoas (cerca de 6% da população) que tem que gastar mais de 10% de suas receitas para “manter um nível adequado de calefação” durante os cinco meses ou mais de duração do inverno britânico. Muitos não têm escolha e deixam a calefação desligada porque não podem pagar as contas.
Nunca vi desvio mais colossal do assunto do artigo!
Amigos, em primeiro lugar, a posição brasileira deveria seguir o que está estipulado em Nossa Constituição Federal, logo nos primeiros artigos, quanto a obrigação do respeito a livre determinação dos povos (inciso III do Art. 4º). Só isto deveria servir para que fosse respeitada a vontade dos que vivem naquela ilha para que ninguém perturbe a condição de britânicos deles. Aliás, se eu lá morasse, também ia querer a soberania britânica.
Segundo, em termos práticos, as empresas que exploram o petróleo das Falklands podem se dar ao luxo de não explorar os hidrocarbonetos na citada região argentina. Quem vai perder serão os próprios Argentinos, que não terão grandes empresas trabalhando com eles. Se querem um exemplo prático, vamos ao leilão do pré-sal, que foi arrematado pelo mínimo do valor, e sem as grandes petroleiras do mundo. Quem perdeu ??? O Brasil !!!!
E esta questão geopolítica é apenas um dos aspectos. Enquanto o governo Kirchner insiste nesta questão, os pobres argentinos não estão prestando atenção na destruição de sua economia, e na miséria do povo.
Nenhuma semelhança com a velha tática de Goebbels, fazer todos olharem para um lado, enquanto dominam do outro.
Vou mais longe: será que quando a Marinha do Brasil conseguir estabelecer seu projeto de Hegemonia de Poder no Atlântico Sul em parceria com os países da África, inclusive estabelecendo bases militares brasileiras nestes locais, ela vai querer (ou aceitar) que algum país próximo que não concorde com isto lhe imponha condições ????
Vamos pensar . . .
Pensamento lúcido e balizado em evidências históricas e legais do conceito de respeito a vontade dos habitantes da região citada. Ninguém precisa, sem um mínimo de condições, criar uma situação que sirva de “desculpa” para a real militarização deste local. Cortina de fumaça sobre os reais problemas portenhos.
Sds a DAN.
“Se querem um exemplo prático, vamos ao leilão do pré-sal, que foi arrematado pelo mínimo do valor, e sem as grandes petroleiras do mundo. Quem perdeu ??? O Brasil !!!!”
Primeiro, o que o Brasil perdeu? Este leilão serviu como ‘teste’ para a ideia do novo modelo.
Segundo, o regime de partilha é novo, obviamente o ‘interesse brasileiro’ está sendo salvaguardado.
Terceiro, não existem grandes na jogada? Estas são as empresas que levaram o primeiro leilão: Petrobras, a anglo-holandesa Shell, a francesa Total, e as estatais chinesas CNPC e CNOOC.
O grupo se dispôs a ofertar para a União 41,65% do óleo a ser produzido no local e esse era o percentual mínimo exigido.
A Petrobras ficou com 40% de participação, incluindo o percentual de 30% obrigatório por lei. Shell e Total ficaram com 20% cada uma. As chinesas ficaram com 10% de participação cada uma.
Quer comparar os nossos trabalhos que estão acontecendo com projetos Argentinos? Você não pode estar falando sério.
Atente para o fato de que quem ficou de foram foram as americanas e inglesas, outras 11 empresas se interessaram.
O que a Argentina já devia ter feito, e não fez, é construir um arsenal nuclear. Pois a muito tempo o Atlântico Sul, deixou de ser uma área livre de armas nucleares. Os submarinos nucleares ingleses, patrulham o Atlântico Sul, armados com armas nucleares. Mas nenhum país latino-americano tem coragem para isto: munir-se de armas nucleares. Falar em dissuasão crível, sem armas nucleares, é balela. Portanto se a Argentina realmente quiser ter sucesso em negociações relativas as Malvinas, com os ingleses, terá que primeiro ser uma potência nuclear.
E se os caras estiverem escoltados pela Royal Navy o tempo todo?
Amigos,
Creio que essas medidas terminarão por afastar as empresas ocidentais de uma forma ou de outra das áreas de prospecção argentinas… E isso poderá ter um preço ainda maior… Os demais governos ocidentais podem simplesmente ignorar a posição argentina e incentivar as suas empresas a irem direto as Falklands de uma vez, com aval britânico. E os argentinos não estarão em posição de para-los… E se por acaso resolverem levar isso adiante, com processos e prisões, devem estar preparados para retaliações…
No final, a única coisa que os argentinos conseguirão com essa medida é afastar ainda mais os investidores ocidentais. E isso poderá ser extremamente danoso para a economia de seu país…
A verdade é que o exercício de soberania exige poderio militar. E isso os argentinos não possuem na medida do necessário… Mesmo que começassem agora a elabora-lo, não seriam capazes de ter uma força de dissuasão capaz de lidar com os britânicos no médio prazo ( ainda mais se colocar OTAN no meio )…
No final, creio que os argentinos teriam muito mais a ganhar se levassem essa disputa num tom conciliatório, haja visto que não terão no futuro próximo as condições necessária para conquistar as ilhas pelo poder das armas…
se o reino unido declarar guerra a argentina o brasil ira apoiar claro nao militarmente mais financeiramente como o envio de armas ou no contexto politico
Pedro
Quando o tom aumentar , aumentará para todos, porque se um de nós perdemos , todos nós perderemos com ele … todos nós e sem exceção.
Peru, Bolívia e Chile estão as portas de se reconciliarem e as fronteiras podem ser mudas em acordo comum com arbitragem da ONU e ajuda da Unasul… se soberania do continente for ameaçada todos estarão nessa .
Muito bom, gostei dessa … melhor ainda , excelente .
A Argentina não vai desistir, é território é deles … e nem se iludam , essa dificuldade que a Argentina tem para conseguir comprar aviões não é a toa, alguém trabalha firme e contra nos bastidores … que medinha né ???
Já falei e reafirmo , a Argentina não conseguiu comprar os Mirages F-1, está tentando comprar Kfir, material ocidental… se sabotarem os Kfir, vai encostar material russo ou chinês logo logo e aí não resmunguem que nem sequer tentaram … e pra não reclamarem mais ainda, não diga que a Argentina não procurou a a Onu, aliás esta causa está no COMITÊ DE DESCOLONIZAÇÃO , absurdo , pedindo audiência para um CONSENSO .
Desprezem, riam e escarneceçam a vontade , tudo tem fim .
Da Cornuália terra de … a Argentina não quer nem pé de ARFACE, pode ter certeza.
stadeu…
Não será um punhado de Kfirs ou mesmo de Flankers que dobrará a determinação inglesa em defender as Falklands… Muito pelo contrário. Qualquer medida argentina poderá ser acompanhada por uma medida inglesa… Dois esquadrões de Typhoons nas Falklands e já não haveriam mais grandes possibilidades para a caça argentina… Dois submarinos classe Trafalgar ou Astute patrulhando aquelas águas e a marinha argentina terminará nos portos, além de colocar a Casa Rosada ao alcance dos Tomahawks… Ademais, até 2020 o primeiro porta aviões da classe Queen Elizabeth já estará operacional, o que encerrará de vez qualquer pretensão argentina de desafiar o poderio britânico…
Quanto a pressão dos ingleses, nada mais natural… É perfeitamente lógico que um país que já guerreou com outro vai pressionar para que este não adquira armamento de seus potenciais aliados…
Colega _RR_, você bem sabe que a América Latina não pode ser atacada. Os ingleses podem ter um problema com todo o continente se atacaram a Argentina em terra.
Em tempo, não só América Latina, mas países das Américas que fazem parte do TIAR.
Caro Willian,
Não disse o contrário… Apenas expus as possibilidades inglesas diante de uma situação mais crítica… Também não acredito que iriam tão longe, assim como não foram na Guerra das Malvinas…
Quanto ao TIAR, a atitude americana na Guerra da Malvinas lançou um sério revés sobre o acordo… Inclusive, alguns de seus membros antigos, como México e Venezuela, já abandonaram a aliança…
Supondo que ocorresse mesmo uma intervenção britânica no continente, acredito que a primeira medida seria o corte de relações com os britânicos; o que, por si só, já seria um imenso prejuízo, tanto financeiro quanto nas relações internacionais do Reino Unido…