Brasília, 06/02/2015 – O domínio do ciclo do combustível nuclear em escala industrial pela Marinha do Brasil foi o ponto de atenção da mensagem do ministro da Defesa, Jaques Wagner, nesta sexta-feira (06), durante cerimônia de passagem de comando da Força Naval. Jaques Wagner disse que tal fato “é um dos dois grandes projetos do programa nuclear da Marinha, e seus avanços significam, para o Brasil, uma alternativa energética e comercial valiosa e um grande salto tecnológico”.
Na cerimônia, o ministro ressaltou também a autonomia do Brasil no que diz respeito ao enriquecimento de urânio. “O Brasil já domina o ciclo do combustível nuclear e, com a conclusão da unidade de produção de hexafluoreto de urânio, prevista para agosto deste ano, passará a produzir urânio enriquecido em escala industrial”, destacou.
Jaques Wagner presidiu a cerimônia que conduziu ao posto de comandante da Marinha o almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, ocorrido no Grupamento dos Fuzileiros Navais, em Brasília. Ainda na mensagem, o ministro destacou programas que estão em curso no âmbito da Marinha. Ele destacou, por exemplo, o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), iniciado em 2008, pelo almirante Julio Sores Moura Neto, hoje substituído no posto máximo da Força Naval pelo almirante Leal Ferreira.
“O Prosub viabilizará a produção do primeiro submarino brasileiro de propulsão nuclear e de mais quatro submarinos convencionais”, destacou.
Jaques Wagner informou também que “a inauguração do prédio do complexo de Estaleiro e Base Naval de Itaguaí, em dezembro do ano passado, foi um passo muito importante no desenvolvimento desse programa”. E acrescentou: “o desenvolvimento nacional da capacidade tecnológica de projetar, construir, operar e manter o reator nuclear que será empregado na propulsão do primeiro submarino nuclear brasileiro é um legado de soberania e independência, que deve ser consolidado”.
Mudança de comando
Ao despedir-se do Comando da Marinha, o almirante Moura Neto destacou o empenho em prol da tropa e os avanços conquistados pelo segmento feminino “por meio da recomposição parcial dos vencimentos e a elaboração da política de remuneração e a valorização da mulher, representada, de forma pioneira, pela promoção da primeira Almirante e pelo ingresso, na Escola Naval, de aspirantes femininas”.
Ainda segundo o almirante, a participação, na área de defesa, no campo internacional foi fundamental para acordos com nações amigas como, por exemplo, “a contribuição para a expansão da Base Industrial de Defesa, a presença no Haiti e à frente da Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) e a participação em operações com as nações amigas, em particular, na América do Sul e na África Atlântica”, contou Moura Neto.
FONTE: Asscom
Que no cargo tenha sabedoria e exito.
Quase que o prosuper também fez parte dessas conquistas da marinha no comando de Moura Neto. Agora é esperar que o novo comandante da marinha consiga esse programa.
Parabéns ao antecessor pelas iniciativas e boa sorte ao atual.