Por Nicholas Fiorenza
Quinto submarino U212A da Alemanha, o U35, entrará em serviço no final de março, depois que o chief of staff da Marinha alemã, vice-almirante Andreas Krause, declarou que estão prontos para recebê-lo. O sexto submarino, U36, será recebido durante o quarto trimestre de 2015.
Estes dois submarinos compreendem o segundo lote ou Batch 2 do modelo U212A, e a marinha observou em um comunicado que eles melhoraram as comunicações e a capacidade de embarque de forças especiais.
Os submarinos podem se comunicar a partir de uma maior profundidade com a nova bóia de comunicações Callisto, que tem um cabo cujo comprimento é ajustável automaticamente, de acordo com a profundidade e a velocidade do submarino.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Defesa Aérea & Naval
FONTE: IHS Jane’s Defence Weekly
FOTOS: WIKIPÉDIA
Prezado Emerson,
Não seria viável projetar uma Marinha ao sabor da cotação de petróleo num ano, ou ao orçamento do MD. O Plano de Defesa foi elaboradora para as décadas que virão pela frente, ao panorama mundial e a necessidade de no futuro protegermos nossas riquezas litorâneas, os recursos hídricos e nosso território. Vc descreve um panorama atual, que muito provavelmente será totalmente diferente no futuro. Não poderíamos iniciar só daqui a dez, vinte anos um planejamento de termos um subnuc, mais adequado para determinados TO em alto mar.
Meu Caro Andre,
Mesmo marinhas de países desenvolvidos como Reino Unido e França tem dificuldade de manter seus submarinos nucleares. Esses países tem frotas de 6 submarinos nucleares de ataque. Imagina a marinha brasileira! Simples, não tem dinheiro para isso, contaram com um rio de dinheiro do pré-sal e o preço do petróleo despencou. Se construir metade disso será um milagre!
Deveria sim ter sido mais realista e construído uma frota de submarinos convencionais de bom alcance e AIP a exemplo da Austrália.
Infelizmente a marinha não tem condições nem de por um porta-aviões antigo, convencional para funcionar! E se colocar não tem avião para colocar! Outra coisa para que submarinos nucleares se nossos navios são todos projetados para patrulha litorânea e sub armados.
Prezado Emerson,
Entendo que o planejamento do Plano de Defesa se baseia para décadas a frente, e não na cotação do petróleo atual, que vai aumentar muito quando escassear no futuro. Não seria muito prudente iniciarmos daqui a dez ou vinte anos a construção de um subnuc.
Realmente manter um subnuc é muito oneroso, até para a Inglaterra ou França. Mas, se assim não for, devemos ter consciência de todas as nossas riquezas litorânea, recursos hídricos e os riscos que o panorama no futuro nos reserva.
Guerras serão travadas pela água e recursos naturais, e aí precisaremos estar melhor preparados do que hoje.
Precisamos de blogs como estes para tentar acordar a população do Brasil, envolvendo em outros assuntos além novela, carnaval, futebol, reality show, que parece realmente só interessar.
Em relação ao U212, a tradicional doutrina de instalar a vela mais a popa parece ter mudado no conceito dos alemães. São quatro em construção.
Há 2 em construção para a Marinha Italiana, um dos quais já foi
lançado.
Meus caros na minha opinião se a marinha brasileira fosse mais realista e tivesse focado em um uma classe de submarinos convencional sem dividir seus recursos com um projeto de um submarino nuclear ela estaria em uma situação melhor e mais realista. Existem excelentes projetos de submarinos convencionais alemães, japoneses e até mesmo o projeto francês. Mesmo porque não adianta ter somente o submarino, depois vem o armamento especialmente mísseis, treinamento da tripulação. Se tivessem focado apenas em uma classe de submarinos convencionais já teriamos hoje provavelmente submarinos convencionais modernos já operando.
Alguém aqui tem um posicionamento diferente? Por que?
A opção do Scorpene não foi uma escolha entre dois ou mais concorrentes como acontece com o prosuper, ou uma compra de oportunidade como a classe Amazonas, e sim uma decisão baseada na conclusão do Programa Nuclear da Marinha. De que adianta concluir toda etapa de pesquisas nucleares se na última fase desse longo processo não temos a capacidade de executa-lo? (por em prática a operação do reator no submarino).
Quando se fala em construção de submarino convencional as pessoas se esquecem da dificuldade (temporal, técnica e financeira) que é o Programa Nuclear da Marinha, esta focada só nas capacidades estrangeiras em produzir os melhores submarinos. Esquecem, também, da dependência que esse tipo de negociação causa á marinha: depender de sobressalente que nem sempre devem estar disponivel, ou restritamente disponivel; depender de tecnicos e engenheiros internacionais, o que encarece a manutenção do submarino (sem falar da falta de oportunidade aos nossos próprios especialistas) e a perpetuação dessa ideologia de que os outros podem sempre mais do que nós e por isso sempre devemos ser seus clientes.
A marinha esta muito atrasada na conclusão desse projeto, e por ser realista teve que pedir ajuda internacional para “queimar” etapas do processo que custariam mais caro e demorariam ainda mais. Curioso como os críticos do prosub reclamam da demora do FX2 mas não estão nem aí para a demora do PNM (não me refiro a vc Emerson mas em geral). Sabendo que precisa aumentar a frota de submarinos aproveitou a oportunidade dessa concorrência para construir mais unidades, ao mesmo tempo que aperfeiçoa a forma de construi-los (inclusive com um estaleiro projetado para produzir submarino nuclear). De que adianta ter grandes projetos internacionais de submarinos diesel se o mais importante (o nuclear) esses dois primeiros exemplificados não tem experiência?
No final vc fala como se submarinos fossem construidos da noite para o dia, e não em sete anos! O que o faz pensar que se escolhêssemos o U214 ja estariamos operando esse navio? O prosub é um projeto só, que envolve mais do que a construção de submarinos. Tem a edificação de estaleiros e a compra de torpedos, misseis e contra-medidas. E provavelmente minas. Temos três submarinos em construção simultaneamente e o nuclear começa ano que vem! Ter dois programas paralelos para a mesma finalidade e falar de recursos, ainda mais em um país que contigencia suas forças armadas, não tem sentido.
Na verdade focamos em uma classe de submarino convencional, o Scorpene, que auxiliou como forma de aprendizagem.
André , ótimo comentário. Se me permite, quero lembrá-lo, que a Marinha não está tão atrasada na obtenção de um submarino nuclear. Antes, tornava-se imperioso que a MB dominasse todo o processo de enriquecimento de urânio. O motivo é simples: se já tivéssemos o submarino nuclear e não o combustível, dependeríamos da concordância de terceiros , para que o submarino pudesse navegar. E como já foi informado em muitos sites, o programa prevê a construção de seis submarinos nucleares .
Esta atrasado Aurélio, porque o projeto estava em estado vegetativo.
Espero que a tecnologia da comunicação entre submarinos via boias, sejam também montados nos nossos SNBRs.