Por Luiz Padilha
Vídeo da cerimônia do corte da 1ª chapa da seção de qualificação do futuro SCPN “Álvaro Alberto”, que fará parte da caverna do submarino onde será instalado o seu reator nuclear. Cabe ressaltar que essa seção NÃO será utilizada no SCPN, pois ela serve para atestar a qualidade do processo de fabricação. Uma vez aprovada, então será iniciada a construção do nosso Submarino de Propulsão Nuclear.
Boa tarde Padilha ainda existe a possibilidade
da MB comprar navios AHTS para substituir os rebcados classe Triunfo
e a corveta Cabloco?
obrigado
abs.
Nada em vista no momento.
Bom Padilha, existe sim a possibilidade dessa seção ser componente do submarino nuclear segundo informação de outra fonte de defesa que por sua vez recebeu essa informação de um oficial (não sei se você me permite apresentar em seu espaço).
Construir sequencialmente 4 submarinos diesel e acrescentar a essa experiência adquirida o nível de exigência para um submarino atômico pode-se ter a expectativa de que a construção do Alvaro já começou com o corte daquela chapa. Em outras palavras, essa equipe entre operários e demais envolvidos no projeto estão bem capacitados para esse desafio, caso contrário não faria sentido construir os quatro submarinos precedentes (ainda que inferiores tecnologicamente) do ponto de vista industrial e técnico. É esperar para ver o desenvolvimento desse trabalho.
Vamos lembrar que a Marinha está trabalhando em duas frentes de produção naval: tanto com os submarinos como com as fragatas, exigindo mão de obra bem qualificada em metalurgia. Tem um navio de pesquisa também mas aí já é outra situação.
Andre, a construção da seção de qualificação é justamente por se tratar de uma peça que tera uma fabricação diferente das do Scorpène. Por isso é preciso fabricar e realizar testes para saber se esta tudo Ok. É claro que se estiver tudo Ok, a seção, NA MINHA OPINIÃO, poderia ser usada, mas a MB seguirá o que foi feito com o Scorpène e com a Tamandaré (onde a seção de qualificação não será usada no navio).
Nao sei quem te passou essa informação, mas acredite com ressalva para nao se decepcionar depois.
Foi o Felipe Salles, Padilha, em uma live com o Caiafa.
Perceba, Padilha, o pouco interesse dos participantes do site pelo tema do submarino nuclear. Isso me chamou muita atenção por caracterizar um descaso até mesmo dos envolvidos pelo tema militar, quanto mais o público em geral. É como se fosse um assunto trivial construir um submarino dessa capacidade tecnológica. O Nautilus, primeiro submarino nuclear construído, foi um desafio de engenharia para os Estados Unidos. Já o nosso “Nautilus” não faz a menor diferença para um povo indiferente para com sua própria soberania nacional.
Imagina! O Brasil é um dos poucos países que constrói submarinos, o que por si só já é um feito importante, e agora que inicia o processo de construção de um nuclear deveria ser ainda mais impressionante! Mas não! Quer dizer: o nosso povo não se dá conta do que temos em mãos, da importância do Brasil no cenário sul americano e agora global.
É como se diz: o brasileiro precisa ser estudado.
Andre, o pouco interesse do público em geral não justifica o que chamamos na Marinha de “cartear”.
Como disse antes, creia se quiser, mas prepare-se para não se decepcionar.