A criação da Empresa Nacional de Desenvolvimento da Força Terrestre – ENDEFORTE visa, face o cenário de fortes restrições orçamentárias, a busca por soluções que permitam ao Exército Brasileiro obter o material de emprego militar necessário para o cumprimento de suas missões constitucionais e legais.
O Exército carece de uma estrutura que lhe permita obter novas fontes de recursos, que possam ser utilizadas sem que sejam comprometidos os limites orçamentários estabelecidos pelas Leis Orçamentárias Anuais (LOA) da União.
A Força tem vivenciado dificuldades para a implantação de seu portfólio de projetos estratégicos, pela rotatividade de seus quadros, limitação orçamentária e pela dificuldade de desenvolver projetos de alta complexidade. A defesa cibernética, setor estratégico sob responsabilidade do Exército Brasileiro, é um segmento que requer uma atenção especial, para que a sociedade e o Estado possam enfrentar os ataques cibernéticos que se fazem cada vez mais presentes.
A Amazônia é foco de preocupação constante do Exército. Seu desenvolvimento sustentável deve ser estimulado, bem como devem ser incrementados a pesquisa e o desenvolvimento de soluções que aproveitem sua biodiversidade, para que a sociedade brasileira possa usufruir dos benefícios de contar com tal bioma e incontáveis recursos estratégicos nele compreendidos. As mudanças climáticas são foco de atenção, não só por sua influência nas operações militares, como também para que sejam incentivadas as ações voltadas para a chamada Economia Verde, que mitigará os efeitos de tais mudanças.
O Exército carece de mecanismos para receber financiamentos, fomentos, reembolsáveis ou não, e aportes oriundos de capitalização, tampouco possui capacidade de captação de receitas diversas, que poderiam servir como complemento aos aportes recebidos via Orçamento Geral da União (OGU).
Uma maior integração com a Academia é fundamental para o desenvolvimento de Ciência, Tecnologia e Inovação de uso dual, civil e militar, o que possibilitará mais opções de aquisição e desenvolvimento de capacidades operacionais pela Força Terrestre.
Objetivos Estratégicos do Exército, prescritos pela Política Militar Terrestre (2023), abaixo:
– Aprimorar a Capacidade de Dissuasão;
– Aprimorar a Contribuição com o Desenvolvimento Nacional, a Paz Social e a Política Externa;
– Aprimorar a Atuação no Espaço Cibernético, com Liberdade de Ação;
– Aperfeiçoar o Sistema Operacional Militar Terrestre;
– Aperfeiçoar o Sistema Logístico Militar Terrestre;
– Aperfeiçoar os Sistemas de informação e de Comando e Controle do Exército;
– Obter Prontidão Tecnológica; e
– Aperfeiçoar os Sistemas de Educação, Cultura e Capacitação Física.
Dentre outras atividades, aprimorar o Portfólio Estratégico do Exército, de forma a:
a) assegurar o alinhamento dos programas estratégicos ao SIPLEx;
b) atualizar permanentemente o cronograma fisico-financeiro dos programas e seus projetos;
c) concluir as contratações do Programa Forças Blindadas;
d) avançar na implantação dos subprojetos da familia Guarani;
e) promover as entregas do Projeto SAD2 e avançar na contrato do Projeto SAD3 do SISFRON;
f) concluir o desenvolvimento do missil tático de cruzeiro;
g) acompanhar, por meio de Planos de Acolhimento de MEM, a entrega de novas capacidades a FTer; e
h) considerar o impacto do custeio na gestão do ciclo de vida de cada Sistema e Material de Emprego Militar (SMEM) incorporado à F Ter.
Empresa de defesa? Kkkkk
Quanta tolice para no fim vir com a desculpa que não tem recursos: lógico, gastou tudo em tolices!
Militar devia estudar administração empresarial.
Outra porcaria que será má administrada
” Exército carece de mecanismos para receber financiamentos, fomentos, reembolsáveis ou não, e aportes oriundos de capitalização, tampouco possui capacidade de captação de receitas diversas…. Etc”
Basicamente querem aproveitar a disposição do atual Governo em liberar verbas extras para as FAs para criar sua versão da Emgepron, para alocar nela parte de sua quantidade absurda de oficiais generais e receber aportes por fora do orçamento oficial que tentarão capitalizar em investimentos financeiros.
Pode parecer uma saída aceitável para garantir algo em relação a renovação de meios, mas demonstra também a intransigência, o desinteresse em reformular sua obesa estrutura de hierarquia e a incapacidade em criar ações que permitam levar a cabo suas necessidades fundamentais.
Vimos o que aconteceu com a Emgepron. Perderam 2,9 bilhões em 3 anos e vão precisar de mais dinheiro público para as Tamandarés. Quanto mais até o último navio ser lançado? Quem viver verá…
Tenho dito e repito que os militares da mb não tem competência para lidar com operações financeiras. O mesmo vale para o eb. São incompetentes, muito incompetentes em gestão financeira. Estão viciados num modelo organizacional ineficiente, inchado, que consome seus recursos de forma incompetente, mas jamais pensam em mudanças organizacionais e estruturais e vivem fechados em sua bolha. Só pensam em como conseguir mais verbas.
O que vão lograr fazer com mais verbas? A mb com sua emgepron está dando a dica. Mais do mesmo. Vão encantar burros com uma cenoura e pouco depois da largada vão exigir mais quilos, toneladas de cenouras senão o burro empaca.
Por razões óbvias e totalmente justificáveis, não confio nesta empreitada. O eb e a mb estão em grande dívida com o Povo Brasileiro, que sustenta estas instituições arduamente através de tributos escorchantes. Já passou da hora de muda este péssimo custo benefício que estão entregando.
Infelizmente, o seu comentário é perfeito, inclusive sobre a ENGEPRON. Atuei por 2 anos na IMBEL, tentando em vão combater os apadrinhamentos, a estrutura organizacional inchada nos cargos mais altos, a falta de conhecimento sobre gestão, a inexistência de um Planejamento Estratégico objetivo e fundamentado, além de contratos mal formulados e até prejudiciais. Nem mesmo as denúncias que fiz foram suficientes para correção desses vícios. Portanto, o passado desse modelo já denuncia o que será dessa nova empresa. Torço para que estejamos errados.
Mais cabide de empregos.
Senhores, antes que eu faça uma crítica eu farei primeiramente uma pergunta e se puderem me respondam. A rotatividade de quadros mencionada no terceiro parágrafo, é a troca de oficiais em cargos mais altos da força, exato? Ou estou equivocado?
Exato. Necessário acrescentar, de forma bem resumida, que trata-se de uma estratégia para dar aos cargos mais elevados um conhecimento geopolítico mais amplo.
apesar de não querer mais uma estatal pra fazer a mesma coisa que um órgão deveria fazer (adm indireta pra fazer o que a direta deveria fazer?), parece foi o único jeito que o pessoal encontrou pra conseguir captar orçamento diante das dificuldades e driblar (um pouco) da burocracia. se vai compensar, o tempo vai dizer
o ideal seria a PEC dos 2% e mais algumas garantias legais de dotação orçamentária garantidas, mas acho super difícil conseguirem chegar nisso hoje em dia. vamos torcer pra um dia o pessoal ter essa maturidade
Meu Deus, mais um cabidão de empregos? Vai ter quadro preenchido por concurso público? Presidente, diretores, gerentes, assessores, técnicos, analistas, agentes, auxiliares, motoristas, secretárias…Uau, e dizem que vivem com restrição orlamentária. 🤡🤡🤡🤡🤡
Emgepron do EB será que veremos um contrato parecido com as das Tamandaré para a força terrestre?
Pelo jeito, você não entende como uma Estatal funciona né?? Elas são obrigadas a contratarem seu pessoal por concurso público regido pela CLT, e ainda, seguem os ditames DAS EMPRESAS PRIVADAS, e a lei de Estatais de 2016 VEDA, que dirigentes de partidos políticos sejam indicados.
A lei das Estatais de 2016 é aquela que deveria vetar o petista Mercadante para a presidência da estatal BNDES?
Mercadante não era legalmente, dirigente.
Você esqueceu de citar que os cargos mais altos são comissionados, normalmente parentes e apadrinhados de pessoas politicamente respostas.