Brasília, 05/04/2020 – O Instituto Militar de Engenharia do Exército (IME) também soma esforços no enfrentamento à epidemia da COVID-19. Alunos, ex-alunos e professores de Engenharia Eletrônica, Mecânica e de Computação da instituição estão empenhados na confecção de material hospitalar de proteção, para uso dos profissionais dos órgãos de saúde pública.
Composta por 22 pessoas, entre militares e civis, a equipe está produzindo máscaras do tipo Face Shield, em impressoras 3D do Laboratório de Robótica e Inteligência Computacional do IME, do Centro Tecnológico do Exército e também em impressoras particulares de professores e ex-alunos. O propósito é fornecer um kit às unidades de saúde, contendo material para a montagem das máscaras com o manual de instruções simplificado.
A primeira etapa do projeto iniciou com a produção de um pequeno lote, em fase de teste, e entregue à Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Central do Exército, no Rio de Janeiro (RJ). A ação será ampliada, já nas próximas duas semanas, com previsão de entrega de até 900 máscaras. A parceria com a Associação de ex-alunos do IME (Alumni IME) assegurou recursos, por meio de ações colaborativas, para a aquisição dos materiais necessários à fase corrente do projeto.
O professor Paulo Rosa, Chefe do Laboratório de Robótica e Inteligência Computacional do IME, explicou que o projeto original, disponibilizado livremente por um fabricante de impressoras, precisou de ajustes e que a resposta rápida da equipe em produzir as peças foi, em grande parte, fruto da familiaridade com outros projetos de robótica. “Apesar do trabalho individual de cada membro do grupo, que a cada duas horas verifica o processo de uma produção muito lenta, acreditamos que agora estamos suprindo uma demanda que poderá ser atendida pela indústria nacional, com foco e direcionamento adequados”, avaliou.
Assim como o Exército, a Marinha também tem unido esforços com profissionais civis para a produção de máscaras hospitalares, que utilizam a mesma tecnologia. O Centro Tecnológico do Corpo de Fuzileiros Navais (CTecCFN) está com oito impressoras 3D dedicadas, exclusivamente, à produção de proteção facial.
A Operação Covid-19
O Ministério da Defesa ativou, em 20 de março, o Centro de Operações Conjuntas, para atuar na coordenação e no planejamento do emprego das Forças Armadas no combate à Covid-19. Nesse contexto, foram ativados dez Comandos Conjuntos, que cobrem todo o território nacional, além do Comando Aeroespacial (COMAE), de funcionamento permanente. A iniciativa integra o esforço do governo federal no enfrentamento à pandemia e recebeu o nome de Operação Covid-19.
As demandas recebidas pelo Ministério da Defesa, de apoio a órgãos estaduais, municipais e outros, são analisadas e direcionadas aos Comandos Conjuntos para avaliar a possibilidade de atendimento. De acordo com a complexidade da solicitação, podem ser encaminhadas ao Gabinete de Crise, que determina a melhor forma de atendimento.
FONTE: ASCOM