Um dos maiores gargalos na transição energetica do mundo é solucionar a intermitência no fornecimento de energias renováveis (principalmente eolica e solar). Por serem fontes que dependem de fatores não constantes, as energias renováveis precisam ser armazenadas em sistemas de reserva que vão dosando o fornecimento enquanto se acumula novo lote de energia produzida pela fonte.
A tecnologia usada para isso no mundo hoje é o BESS (Battery Energy Storage System). Confirmando o argumento permanente da RIB em favor da companhia brasileira WEG e seu potencial de participar da transição energética do mundo, a empresa assinou seu primeiro contrato de sistema BESS há poucos dias. A WEG vai instalar um sistema de armazenamento de energia em baterias estacionarias de litio, com operação de uma microrrede eletrica, na Base de Alcântara. O serviço será feito em associação com a Agência Espacial Brasileira e a Força Aérea Brasileira.
O primeiro sistema BESS da WEG terá 1 MW de capacidade armazenada potencial e 1MWh de capacidade de fornecimento. A aplicação de um sistema como este em Alcântara permitirá o uso de energia solar livre de intermitências no Centro de Lançamento de Alcântara.
Os sistemas BESS são cruciais para a transição energética do planeta, e um caso ocorrido na Austrália em 2016 foi exemplar. Após uma tempestade com mais de 80 mil raios tocando o solo do país, os australianos experimentaram um blecaute quase total.
Políticos conservadores acusaram os planos de energia renovável do governo de falhar na hora em que foi testado. O criador da Tesla, Elon Musk, disse no Twitter que seu sistema poderia garantir a estabilidade necessária na Austrália. Foi então desafiado por um bilionário do país, e aceitou. Musk prometeu instalar uma fazenda de baterias (um sistema BESS) em menos de 100 dias após a assinatura do contrato.
Dito e feito: o bilionário australiano pagou pelo projeto e o BESS da Tesla foi instalado em cerca de 60 dias após o contrato. Hoje a fazenda de baterias da Tesla na Austrália armazena até 100 MW, possibilitando o uso sem intermitências de energia limpa. Até 30 mil lares podem ser plenamente abastecidos com eletricidade ao mesmo tempo por até uma hora, com o sistema da Tesla. É tempo o bastante para consertar a maioria dos problemas comuns à rede elétrica, dispensando o uso de geradores a diesel.
O bilionario australiano pagou à Tesla US$ 50 milhões pelo projeto. Mas a instalação já gerou economias de mais de US$ 70 milhões com a estabilidade da energia na área rural que é atendida pelo BESS.
É desta economia que a WEG começa a participar instalando um sistema BESS na Base de Alcântara. Seria a hora de o governo brasileiro perceber isto, mobilizar um conjunto de forças institucionais, financeiras e produtivas, e levar o Brasil a participar com decisão deste enorme mercado do futuro que já está aí.
WEG também está participando do projeto de motor elétrico para avião junto com empresa de energia EDP e Embraer.
Para quem não entendeu o conceito, o sistema é um enorme Nobreaking. Com ele os prejuízos causados por falta de energia elétrica, praticamente deixam de existir, da folego as equipes de manutenção para a recuperação do sistema e mais, empresas que possuem um sistema de consumo de energia sensível, passam a migrar para regiões com esse atendimento, gerando riqueza no local e atraindo investimentos .