O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, estreou seu novo Painel de Disparo de Foguetes (PDD-200) no último domingo, 19 de março. Desenvolvido pela empresa brasileira Concert Technologies, o equipamento é uma evolução do 1º Painel de Disparo, homologado pela NASA na década de 90, e tem a função de autorizar a ignição dos veículos espaciais, após certificar-se que todas as condições necessárias para o lançamento foram satisfeitas.
O PDD-200 foi usado no lançamento do foguete HANBIT-TLV, da empresa sul-coreana Innospace, que testou o primeiro estágio do seu veículo lançador de satélites, levando como carga útil o Sistema de Navegação Inercial (SISNAV) – dispositivo que usa sensores de movimento e de rotação para calcular continuamente a posição, orientação e velocidade de um objeto em movimento, sem a necessidade de referências externas.
A expectativa em torno do equipamento de disparo era grande, uma vez que a autorização para início do procedimento estava sendo feita manualmente, gerando grande tensão ao time responsável em razão dos riscos envolvidos nesse tipo de acionamento. A Concert já estava em fase de conclusão do PDD-200 quando, em janeiro, recebeu o desafio de adaptar o sistema para permitir a integração com o lançamento da Innospace. “Ficamos honrados com o desafio e, no mês seguinte, entregamos o equipamento já com a solução solicitada”, destacou o presidente da Concert Technologies, Ângelo Fares.
O projeto foi todo modernizado, tornando-o compatível com outros sistemas de lançamento por meio da aplicação de um padrão de envio de sinal, que pode ser adaptado às necessidades das empresas que pretendem lançar seus foguetes do CLA. Além da redução do tamanho e peso do painel, visando maior conforto e agilidade no deslocamento e instalação, o PDD-200 também ampliou a confiabilidade do sistema, eliminando pontos externos de possíveis falhas.
O maior desafio, segundo Ângelo, foi compatibilizar os requisitos do CLA com a manutenção da filosofia de funcionamento consagrada no setor aeroespacial, que tem como característica manter projetos já testados e homologados. “Toda a parte eletrônica que implementa a cadeia lógica da decisão de lançar (Go/NoGO) foi executada utilizando a lógica de relés, exatamente como em seu predecessor, enquanto a parametrização, controle, supervisão operacional e comunicação com os outros sistemas do CLA foi modernizada, utilizando tecnologias state-of-the art.”, destaca.
A contratação da empresa ocorreu por meio de uma emenda parlamentar do deputado federal Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PL-SP), que destinou recursos para a aquisição de materiais para os sistemas de Sincronização, TOP-Decolagem e Painel de Disparo do Centro de Lançamento de Alcântara. Nesse contrato, foram fornecidos 35 novos equipamentos, dentre eles três painéis de disparo. “Ainda que o contrato fosse para fornecimento dos equipamentos conforme projeto original, a Concert, por estar comprometida com o sucesso do cliente e com o programa espacial brasileiro, utilizou recursos humanos e financeiros próprios para modernizar os equipamentos e entregar o máximo de valor possível para o CLA”, frisou Ângelo.
O Painel de Disparo é um sistema fundamental para a segurança das operações de lançamento. A partir de intertravamentos físicos e lógicos, garante que o lançamento somente ocorrerá nas condições ideais. O PDD-200 utiliza tecnologias de última geração, como processador de arquitetura ARM, comunicação Gigabit Ethernet e projetos eletrônico e mecânico, totalmente desenvolvidos com ferramentas CAD/EDA 3D e montagem eletrônica em SMD utilizando preceitos da Indústria 4.0.
“Esse sistema é o último elo do sistema de controle da cronologia do lançamento de um foguete. Dessa forma, nenhum foguete é lançado sem que passe por ele e, nos casos dos foguetes brasileiros, ele é o responsável de fato pela ignição. Portanto, é um sistema fundamental para a segurança de todos os envolvidos na operação e para o sucesso da etapa de lançamento da mesma”, explica o presidente da Concert.
O projeto de modernização foi apresentado e aprovado, sempre respeitando o design operacional que garante a segurança da solução e o contexto operacional do cliente. A expectativa é que o PDD-200 seja utilizado também em outros centros de lançamento públicos e privados.
De acordo com o Chefe do Subdepartamento Técnico do Departamento Brasileiro de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Brigadeiro Engenheiro Luciano Valentim Rechiuti, o sucesso do lançamento do HANBIT-TLV ratifica que o Centro de Lançamento de Alcântara está totalmente apto para realizar lançamentos de foguetes nacionais e estrangeiros em praticamente quaisquer épocas do ano, com precisão e segurança.
Sobre a Concert – Com mais de 40 anos de expertise nos setores aeroespacial e de energia, a Concert soluciona grandes desafios operacionais de seus clientes por meio de recursos de engenharia, automação, inteligência artificial, entre outras tecnologias. Desenvolve sistemas para monitoramento e gerenciamento de dispositivos em tempo real e fornece mão de obra para operação, suporte e comissionamento de subestações elétricas. A empresa possui unidades de negócios em Minas Gerais, São Paulo e Maranhão – onde atende o Centro de Lançamento de Alcântara.
FONTE: EHUP Comunicação Inovadora
Olá!
Só gostaria de saber,?S e possível
A empresa Concert vai transferir a tecnologia para futuros lançamentos ?
Se transferir e treinar os brasileiros, foi uma.boa aquisição.
Dinheiro jogado fora, útil era o VLM nada se fez por ele, útil era o 14-X hipersonico, sumiu de vez …
Uma coisa não tem nada a ver com a outra
Ainda bem que o “lambe botas do Trump” do Bozó não foi reeleito. Não foi ele que “entregou” a operação e controle da base de Alcântara para os americanos? Segundo o acordo assinado em 28 de abril de 2021 até o aeroporto de Alcântara ficará sob estrito controle dos americanos, no caso a empresa Virgin Ast.
Os americanos sempre fazendo de tudo para diminuir a capacidade estratégica do Brasil de ser um país com maior autonomia e condição de se afirmar como uma potência entre as nações. Era esperado que o Bozó fizesse isso, afinal, ele até já bateu continência para a bandeira americana.
E quanto ao equipamento da Concert Technologies, é bom que se noticie e comemore seu uso nesse lançamento. Pq foi provavelmente a única e última vez que ele foi usado em Alcântara. Qdo os gringos assumirem a gerência, vcs acham mesmo que eles vão usar esse equipamento?
Só desinformação em unico comentario. Onde está a critica ao R$ 1 bilhao do acordo com a Ucrania no desgoverno do ex-presidiario e extinto no governo Bolsonaro em 2019?
Mas o leitor deve sofrer de aminesia conveniente e nao fala dos avanços nos ultimos 4 anos, como a emissão da Licença de Operador, Acordo de Salvaguardas Tecnológicas e etc…
Quando a ideologia fala mais alto que a honestidade, aparecem esses comentarios dos vermelhinhos achando que todos sao jumentos e que vao acreditar no que quer esconder das atrapalhadas dos desgovernos petistas.
Teu plano nao deu certo…
Não vale nem a pena refutar essas informações.
Se quer tentar “justificar” a escolha de algum candidato que utilize informações reais.
Chega de notícias e informações originadas da própria imaginação.
Se quer argumentar a respeito do PEB, ok, mas pesquise e estude sua história primeiro.
Outra dica, a tecnologia espacial e nuclear são as mais críticas. Nenhum país (nenhum) transfere tecnologias a respeito.
Os EUA, China, Rússia, etc., tem obrigação nenhuma em fornecer qualquer tipo de equipamento.
Nossa incapacidade, até hoje, se dá pela própria incompetencia dos órgãos técnicos e empresas envolvidas.
Quando vc vê um analfabeto dizer que o Brasil tem que distribuir as riquezas do Amazonas com o Mundo. O que dizer desse hipnotizado, falando de Alcântara. Um polo de entrada de grana com futuros lançamentos de foguetes de vários países interessados. Bem diferente de esburacar o solo Amazônico, e dar as riquezas para os Cumpanheiros, ditadores e Socialistas do Planeta.
Pelo teor do seu comentário é perceptível que você esqueceu de ingerir as suas pírulas para a esquizofrenia.