O Deputado Julio Lopes, em nome da Frente Parlamentar da Tecnologia e Atividades Nucleares (FPM), entregou ao Ministério de Minas e Energia (MME) uma carta com propostas para o desenvolvimento do setor nuclear brasileiro. O documento sugere a formação de uma parceria com a França visando o desenvolvimento de Small Modular Reactors (SMRs) no Brasil, além de um programa de substituição de importações para os combustíveis nucleares.
Segundo o presidente da ABDAN (Associação Brasileira para Desenvolvimento Atividades Nucleares, Celso Cunha, a proposta apresentada pela Frente Parlamentar visa impulsionar o setor nuclear brasileiro, promover o desenvolvimento científico e tecnológico do país e posicionar o Brasil como um protagonista na indústria nuclear mundial, além de buscar oportunidades para o fornecimento de urânio a países que dependem de importações. Resta aguardar a análise e resposta do Ministério de Minas e Energia em relação a essas sugestões.
“Essa parceria com a França e o programa de substituição de importações para os combustíveis nucleares podem impulsionar o desenvolvimento do setor nuclear brasileiro e posicionar o país como um importante player internacional. É uma oportunidade estratégica que merece ser explorada. A energia nuclear é uma solução sustentável para evitar catástrofes ambientais, sendo limpa e não causando aquecimento, ao contrário dos combustíveis fósseis”, pontua Celso Cunha.
Na carta, o deputado destaca o objetivo do Presidente Lula em retomar o protagonismo brasileiro na agenda internacional e ressalta a oportunidade de uma parceria com a França para o desenvolvimento conjunto dos pequenos reatores modulares. Ele observa que a França ainda não completou o desenvolvimento dessa tecnologia, o que torna a proposta estratégica, pois o Brasil teria a oportunidade de participar do próprio desenvolvimento científico do modelo.
O acordo proposto seria estabelecido com a NUWARD, subsidiária da EDF, e poderia resultar na construção de três reatores modulares pequenos no Brasil. Além disso, há a possibilidade de estender a parceria ao Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), que está sob a responsabilidade do Ministério da Ciência e Tecnologia, permitindo ao Brasil avançar nas áreas da Medicina Nuclear e da Marinha.
O deputado ressalta que o Brasil possui reservas conhecidas de urânio e domina as etapas de produção de combustíveis nucleares, desde a produção de concentrados até o enriquecimento isotópico. Diante do cenário de desarranjo no mercado internacional causado pela guerra entre Rússia e Ucrânia, o Brasil poderia se posicionar como fornecedor de urânio para outros países, como os Estados Unidos, que atualmente dependem do fornecimento russo.
Julio Lopes destaca que o Departamento de Energia dos EUA está buscando feedback sobre a aquisição de urânio de baixo enriquecimento de alto ensaio (HALEU), material crucial para desenvolver e implantar reatores avançados nos Estados Unidos. O deputado ressalta que o Brasil possui a tecnologia para atender a essa demanda e sugere que o país se candidate como fornecedor para os Estados Unidos.
O Programa de Disponibilidade HALEU, autorizado pela Lei de Energia de 2020 nos EUA, busca garantir que o combustível HALEU esteja disponível para pesquisa, desenvolvimento, demonstração e uso comercial doméstico civil. O programa também aborda questões de justiça ambiental e recebeu um financiamento de US$ 700 milhões por meio da Lei de Redução da Inflação de 2022
Faltou incluir que este deputado é do “Progressistas”, Bolsonarista e não entende PATAVINAS de energia nuclear.
E sobre o projeto de um SMR no Brasil, a MB já tem um projeto de converter o núcleo do SNR em um SMR civil para uso em pequenas cidades.
UM SMR é um reator de até 300 MW…
O Reator do Álvaro Alberto é de 48 MW e sem alterações daria para atender a uma cidade de 20.000 habitantes e inicialmente pode ser base de um reator civil de até 150 MW!
O que elo nobre deputado quer é uma negociata obscura e passar a tecnologia nacional da Marinha informalmente para França..
NÃO OBRIGADO, passa a sugestão para a lata de lixo… Espertalhão…
Desculpa, mas não devemos fazer nenhum acordo com a França até a situação do acordo Mercosul x UE se resolver, senão perdemos margem de negociação.
A França faz de tudo para dificultar nossos avanços em todas as áreas possível com seu protecionismo para proteger a industria francesa e sua fatia na economia mundial !!!
Se os franceses nos ajudar na area nuclear eles estaram criando um competidor concorrente para industria nuclear francesa.
Falar que energia nuclear é energia limpa, é um contrassenso. Mostra um total desconhecimento, ou uma leviandade. Os resíduos altamente radiativos dos reatores com mais de um milhão de anos de radiatividade contaminante, depositados em Minas e no fundo do mar, são oque, resíduos limpos?
Você está falando bobagem daquilo que claramente não tem conhecimento. Resíduo nuclear é altamente reciclável, tanto para ser transformado em MOX quanto para ser transformado em rádiofármacos.
Energia solar e energia eólica trazem resíduos e produtos de sua fabricação que são muitas vezes mais danosos do que resíduo nuclear.
É incrível como Brasileiro tem a pachorra de falar besteira com propriedade sobre aquilo que não entende.
“Energia solar e energia eólica trazem resíduos e produtos de sua fabricação que são muitas vezes mais danosos do que resíduo nuclear.”
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Rapaz… Sabe uma coisa que o Brasil não tem e que vai ter de viabilizar na marra? Um sistema de descarte definitivo para resíduos nucleares. Sabe pq tem que ser definitivo? Pq NÃO TEM como reutilizar. Lembro do acidente com Césio 137? Pois é… aquela porcaria está em um sistema de descarte provisório. Sabe os resíduos de Angra? Armazenados, em um sistema que é provisório…
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Todos os resíduos de sistemas de geração de energia solar e eólica PODEM ser resiclados. O que implica em ser resiclado ou não, é uma mera questão de custos!
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“É incrível como Brasileiro tem a pachorra de falar besteira com propriedade sobre aquilo que não entende.”
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Realmente…
Esta é uma polêmica recente que envolve as fontes consideradas ecologicamente limpas (hidrelétrica, eólica e solar), as oriundas de queima de combustíveis fósseis (petróleo, carvão e GNL) e a energia nuclear.
A realidade é que as fontes ecológicas não podem resolver 100% da necessidade atual de energia (que dirá a expansão futura) em todo lugar… E isso se agravou com a guerra na Ucrânia pondo em check em oposição a opção nuclear francesa contra a opção ecológica verde da Alemanha…
Com a súbita retirada do petróleo e o GNL via gasoduto da Rússia da equação energética da EUROPA CONTINENTAL se gesta um caos financeiro energético de tremenda URGÊNCIA.
Neste cenário se fortalece a opção francesa de construir um parque atômico em seu território para fornecer energia elétrica para seus eco-vizinhos que não admitem a construção de usinas atômicas em seus território mas não veem mal em importar energia elétrica da matriz atômica francesa, um ECOHIPOCRISIA descarada.
O argumento de EMERGÊNCIA alega que usinas atômicas não tem poluição ou resíduos durante o seu funcionamento NORMAL e seu perigo poluidor só se dá no esgotamento do combustível nuclear ou de um desastre catastrófico e ISSO BASTA nesta conjuntura de CRISE ENERGÉTIC para os pressionados líderes políticos…
Esta falta de acesso PREMATURO aos combustíveis fósseis precipita uma crise inevitável que só será resolvida com a incorporação a matriz energética mundial do elemento mais abundante da natureza o HIDROGÊNIO…
Seja na forma de células de combustível ou na forma de reatores nucleares de FUSÃO…
Até chegarmos a essa maturidade tecnológica viveremos de opções conflitantes, escassez de energia e perigos inerentes das tecnologias. Sendo limitados na capacidade de ampliação da economia e do desenvolvimento sem fortes limitações estruturais
Porque com a França?
Não poderia ser com a Russia ,China ou com India?