Em reunião na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados na última sexta-feira (14/8), o professor e cientista Jefferson Simões, líder de pesquisa do Programa Antártico Brasileiro (Proantar), explicou as necessidades urgentes pelas quais o programa tem passado e apresentou as condições mínimas para que ele possa continuar funcionando. Segundo o especialista, há o risco de o Proantar ser interrompido por falta de verbas, o que traria sérios problemas científicos e estratégicos para o Brasil.
A maior preocupação de Simões, caso o programa seja interrompido, é a desmobilização das pessoas envolvidas, com perda da mão-de-obra qualificada e de todo o trabalho feito até agora.
Atualmente, 16 universidades de nove estados (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Bahia e Amazonas), em parceria com 30 grupos científicos internacionais, desenvolvem pesquisas na região Antártica. Entretanto, problemas orçamentários constantes ameaçam o trabalho dos pesquisadores e representam um atraso no desenvolvimento científico brasileiro, conforme alertou Simões.
Os últimos aportes financeiros recebidos pelo Proantar são de 2013. Esses valores, pagos parceladamente, garantem o funcionamento do programa até 2016. Depois disso, se não houver mais financiamento, a interrupção do trabalho será inevitável, segundo o pesquisador.
Entre 2007 e 2012, o programa conseguiu recursos da ordem de R$15 milhões. Os recursos, alocados graças ao empenho da Frente Parlamentar de Apoio ao Proantar, foram destinados exclusivamente ao desenvolvimento da ciência antártica brasileira. “Isso fez uma diferença enorme para as pesquisas”, afirmou Jefferson Simões.
Aspecto político
Além da importância científica das pesquisas na Antártica, há a relevância política. O Tratado da Antártica é claro: para ter direito a voto nas decisões do grupo como membro consultivo, caso do Brasil, o país tem que desenvolver pesquisas. “Se o Brasil acabasse com a parte científica do programa, teria seu protagonismo restrito e, provavelmente, perderia o direito de decidir o futuro”, alertou Jefferson Simões.
Conforme ele explicou, as fontes de recursos para o Proantar têm sido três: os orçamentos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); e emendas da Frente Parlamentar. “No entanto, falta continuidade em qualquer uma deles”, disse. Jefferson explicou que os recursos, além de descontínuos, encontram-se defasados. O Proantar tem atualmente R$ 930 mil em caixa. “Precisamos de mais R$ 700 mil para conseguir fechar as atividades até março de 2016”, alertou.
A solução, de acordo com o cientista, seria o não contingenciamento das verbas alocadas para a pesquisa e a criação de um programa de malha antártica dentro do Ministério de Planejamento.
Características
A Antártica tem 14 milhões de km² — uma área maior do que a Europa — cobertos de gelo, onde se encontram 90% da água doce do planeta. O continente gelado é uma riquíssima fonte de dados para todas as áreas de pesquisa e tem um papel determinante na regulação do clima da Terra.
O Brasil é o sétimo país mais próximo da região, cujas correntes marinhas influenciam diretamente o nosso clima.
FONTE: Jornal do Brasil
Quem lê o comentário acima, pode até pensar que o FHC investia em pesquisa. Acontece que nossos pesquisadores são iguais a carrapatos adoram chupar verbas.
Senhor Francisco,
O senhor tem noção do que fala?
O senho conhece ou tem contato com pesquisadores de nossas universidades?
Posso dar ao senhor algumas informações sobre estes “carrapatos que adoram chupar verbas”, pois estou inserido neste meio:
Primeiro, no Brasil não existe a profissão cientista. Logo o que existe é a profissão de professor pesquisador. Onde o pesquisador é obrigado, além de realizar seus afazeres científicos, dar X horas aula, como previsto em clausulá de contrato. O problema é que para chegar a ser Professor Pesquisador é necessário passar por varias etapas: Mestrado, Doutorado, Pós-Doutorado. E isso leva tempo. E você tem que assinar vários termos abusivos de compromisso com o estado e se sujeitar a ganhar bolsas ridículas:
Iniciação Científica: 400 reais, Durante a Graduação;
Mestrando: 1,5mil reais, mínimo de 2 anos para conclusão;
Doutorando: 2,2mil reais, mínimo de 2 anos para conclusão;
Pós-Doutorando: 4,1mil reais, mínimos de 3 anos para conclusão.
Um total descaso com a geração de conhecimento nacional. Que desmotiva a grande maioria e grandes mentes a seguir a carreira.
São dados do cnpq e que estão no site, de uma olhada: http://www.cnpq.br/web/guest/no-pais
Segundo, esses carrapatos são a único meio que existe de desenvolvermos tecnologia e massa crítica nacional, não adianta depois querer achar atalhos com ToT´s sem uma base para absorver a tecnologia comprada a peso de ouro.
Mas posso lhe assegurar que a grande maioria das verbas que estes pesquisadores recebem vem da iniciativa privada, é uma questão de sobrevivência para as grandes empresas aplicarem dinheiro onde o governo deveria se fazer presente, pois não se pode importar profissionais para o país, têm-se que formar empregados aqui, e custa caro, e os melhores são disputados a tapa. Falo de conhecimento próprio pois estou inserido em um dos mais renomados centros tecnológicos de pesquisa em engenharia mecânica deste país. E mais, quando vem coisa do governo é voltada a políticas de perpetuação de poder que envolvem assistencialismo a população, voltados a área das humanas. Sem contar que hoje, uma universidade mal consegue pagar suas contas. E pagando ou não pagando, sofre com greves impostas pelo pessoal de vermelho, que chega a plantar bandeiras de MST e CUT atreladas as da UNE dentro da universidade, onde recrutam novos membros.
Mas estes carrapatos que o senhor cita continuam a trabalhar, furam bloqueios, não aderem a princípios mortos e ultrapassados. Não caem no engodo…
Terceiro, não conheço nenhum pesquisador que ficou rico as custas do governo. Os que melhoram de vidam são os que vão para a iniciativa privada. Onde podem dar mais condições a seus familiares e ter uma vida mais confortável e estável.
Quarto. Quando você recebe dinheiro do governo para realizar uma pesquisa para gerar desenvolvimento de tecnologia você tem que detalhar seus gastos. Onde foi aplicado, o que foi comprado, e destinar um percentual bolsas de iniciação científica, contratando graduandos para ensina-los.
Então, senhor Francisco, se estes pesquisadores fossem carrapatos adoradores de verbas já estariam extintos por falta de alimento.
Quem faz pesquisa hoje, na área das exatas, faz por amor e dedicação a carreira. Por dinheiro, a iniciativa privada tem propostas mais atraentes…
Sds.
É triste ver que a irresponsabilidade da esquerda nos levou ao fundo do poço ….
OK….que eh importante manter-mos a presenca neste continente, disso nao tenho duvidas. Mas gostaria muito de saber se apos tantos anos algum trabalho cientifico e importante foi colocado a disposicao para o conhecimento da sociedade e outrens. Isso teve algum destaque digno para a classe cientifica do Brasil e do mundo……eu nao me lembro de ter lido qualquer coisa a respeito, digna ou inusitado….entao o q fazem estes Srs. indo e vindo as nossas custas no continente antartico…………mas reconheco q qualquer perda de espaco nesta area ira custar muito caro ao Brasil futuramente…..vide o artico.
Pesquisas na Antártica são de cunho climático e ambiental para verificar como aquele continente influência as águas, ventos, salinidade, fauna, temperaturas e demais coeficientes presentes no território brasileiro que são ligados a ela. Esse ir e vir as nossas custas gera conhecimento prático e massa crítica em previsões do tempo, exploração da pesca e movimentos migratórios, salinidade de nossas águas, entendimento dos ventos, comportamento do planeta e do clima no futuro e no passado, etc…
Sds.