Desde fins de 2012, o sistema elétrico brasileiro vem enfrentando um verdadeiro teste de estresse em função da configuração de uma crise hidrológica com nível de chuvas, em praticamente todas as regiões, bem abaixo das médias históricas. Essa situação anormal indica de forma clara e objetiva um processo de transição do sistema elétrico de modelo de geração hidrelétrico para geração hidrotérmica, sem que a política e o planejamento elétrico estejam adotando medidas necessárias e compatíveis com essa transição inexorável de paradigma.
A origem desse novo paradigma de geração está diretamente relacionada à imposição de um conjunto complexo e confuso de restrições derivado da política e da legislação ambiental, que dificultam e impedem a construção de usinas hidrelétricas, em especial daquelas que podem ter reservatórios de acumulação.
Como resultado direto dessas restrições ambientais, a capacidade de regulação dos reservatórios entre os períodos de chuva e de estiagem vem se reduzindo de forma significativa e gradativa, diminuindo a capacidade de oferta de energia de fonte hídrica ao longo do ano. Nos últimos anos, é possível constatar uma maior velocidade de esvaziamento dos reservatórios entre os meses de abril e novembro. E recentemente, por conta da crise hídrica, desde outubro de 2012 praticamente todo o parque de usinas termelétricas vem sendo despachado de forma contínua. Como a maioria dessas usinas foi contratada para operar como back up, ou seja, para operar não intensamente, os custos acabam provocando aumentos elevados para os consumidores. Portanto, é perceptível que o sistema elétrico encontra-se diante de um problema estrutural, de mudança de paradigma, que foi agravado por uma conjuntura de afluências desfavoráveis.
A ampliação da inserção de fontes renováveis, especialmente energia eólica, é bastante pertinente para diversificação da matriz brasileira e para manter a sua posição de uma das melhores do mundo em termos de sustentabilidade e economia verde. No entanto, por ser uma fonte sujeita a interrupção, sem capacidade própria de armazenamento de excedentes, é imprescindível a contratação de centrais de geração de energia controláveis para garantir segurança de operação e suprimento de energia elétrica, justificativa que fica ainda mais evidente frente à diminuição relativa da capacidade de armazenamento das usinas hidrelétricas.
Desta forma, a política e o planejamento elétrico brasileiro terão que ampliar a participação das fontes não renováveis na matriz. Há três vetores de possibilidades: carvão, gás natural e energia nuclear. A ampliação da fonte carvão na matriz é difícil, não por questões ambientais, pois o Brasil só tem 16 usinas a carvão. O problema é que o Brasil não tem reservas de carvão de qualidade, o que levaria à importação desse insumo energético, introduzindo mais um componente de custo cambial.
A segunda alternativa é o gás natural, que o Brasil ainda não tem produção suficiente, importado da Bolívia e via GNL. Há perspectivas positivas em relação ao gás natural vinculado às explorações de petróleo das reservas do pré-sal.
Possivelmente para viabilizar as necessidades mais imediatas e, de certa forma, urgentes, em função da rápida transição para o paradigma hidrotérmico, o planejamento adotará um mix entre GNL com gás do pré-sal.
No entanto, a construção de usinas termonucleares parece ser a melhor opção para a próxima década, quando o potencial hidrelétrico estará esgotado através, basicamente, da construção de usinas hidrelétricas do tipo fio de água, ou seja, sem reservatórios.
As usinas nucleares apresentam uma grande e harmônica vantagem técnica para a matriz elétrica, que é a operação na base, com custo variável unitário relativamente baixo. Além disso, apresentam externalidades econômicas derivadas de o Brasil ter a sexta maior reserva de urânio do mundo, deter tecnologia própria de enriquecimento de urânio e ter um complexo produtivo consistente que poderia dar uma contribuição econômica e tecnológica para o desenvolvimento e ampliação dessa fonte na matriz elétrica brasileira.
FONTE: O Globo
Bom dia, senhores.
Mesmo já tendo passado longa data desde o debate feito por vocês, venho aqui para fins estudiosos e emito uma questão:
Diante de todo o escândalo que a energia no Brasil proporciona, por meio de fraudes, esquemas, e grave conduta, impedindo grande capacidade que nós brasileiros temos de nos desenvolver energeticamente e, consequentemente, economicamente. É mais que sabido que TODAS as energias alternativas, por conduta corruptiva, serão manejadas de forma criminosa, ilegal. O que basta, não é somente a investigação dos que EXTERMINARAM a principal estatal do país, mas que, depois do ocorrido, seja de suma importância o aprofundamento na questão ambiental que, querendo ou não, está positivamente atrelada à energia nuclear.
Não deve-se ter medo de explorar um recurso tão abrangente que temos, e que por meio deste, podemos dinamizar todo o custo empregado, hoje, em usinas hidrelétricas, viabilizando virtuosamente o uso da energia nuclear no país.
O Brasil não pode abrir mão de utilizar a energia nuclear como fonte térmica para geração elétrica. Possui reservas de urânio, domina o ciclo de enriquecimento e, diante da diminuição de centrais hidrelétricas de grande porte com grandes reservatórios como convém a geradoras de base, por pressões de grupos ambientalistas, nos sobra o gás natural para que a oferta atenda à demanda, menos poluente do que o carvão mas também emissor de CO2. Na verdade, imagino que a grande oportunidade seria construir pequenas centrais nucleares (PCN) utilizando o reator desenvolvido pela Marinha (ARAMAR). O investimento inicial e o tempo de implantação seriam menores, elas poderiam ser construídas mais perto dos grandes centros de carga, o que reduziria enormemente o investimento em linhas de transmissão.
Senhores, FRL,
se é que alguns entenderam assim, não foi minha intenção e não o será, pregar o extremismo “xiita” dos ambientalistas daqui ou seja de onde for, e o medinho “alienígena” da energia nuclear.
Como disse, tive o privilégio de conhecer uma área inundada por uma hidrelétrica e acho que é um preço muitíssimo elevado para se pagar por conta da geração de energia, tenho certeza de que se o Brasil não fosse um país gigante com recursos fartos, grande exportador de matéria-prima (ignorando um suposto desenvolvimento num futuro próximo, ou seja, agora exportamos minério de ferro em abundancia, e quando o nosso tão sonhado futuro chegar, o importaremos de algum outro exportador despretensioso? Os EUA tem uma das maiores reservas de petróleo, no entanto, brigam para consumirem aos “arredores”). Enfim, o que acho é que se há esses materiais, que fique bem claro, naturais, (quero dizer: para que servem?) e temos reservas de sobra no Brasil, dezenas de usinas nucleares do tamanho de 2 campos de futebol cada, resolveria nossos problemas de energia, por que não? Não, é perigoso! Vamos exportá-los para que os outros com mais tecnologia os utilize. Me faça o favor! Uma pastilha dessas coisas move um submarino com toda a sua demanda por 30 anos ou mais!
Em uma outra matéria alguém disse que os russos ofereceram submarinos nucleares para um outro país que não tinha necessidade deles, sabe qual foi a resposta dos russos? Ancora ele e o ligue na rede elétrica.
Para concluir, quem viu a catástrofe que uma usina hidrelétrica, tanto do ponto de vista humano, ambiental e o seu preço (custam bilhões dependendo do tamanho, levam anos para os lucros superá-los, e depois ter que ficar dependente se chove ou não, ainda se isso acontecer, mecanismos de governos fanfarrões cobram taxas adicionais, onde quem paga pela escassez é o povo, sem falar no horário de verão, e quando chover bastante “au revoir”).
Por fim, a maioria das pessoas não imaginam o que é uma usina hidrelétrica, para não dizer mais nada, basta olhar no mapa do brasil, tem usinas com áreas maiores do que muitos países, tudo submerso. Dá pra serem vistas do espaço, é um desperdício.
Prezado Edson, bom dia.
Respeito o seu posicionamento, mas me concedo o direito de dele discordar.
Em que pesem alguns pontos ressaltados pelo amigo serem interessantes e dignos de melhor estudo, ainda vejo nas hidrelétricas uma ótima opção de geração de energia constantemente renovável, além de outras vantagens que não vou repetir por amor à brevidade.
Aliás, sacie a minha curiosidade: qual foi a hidrelétrica visitada?
Quanto à corrupção e à má gestão, infelizmente, esta é uma praga que não as atinge exclusivamente, porém, como é consabido, afeta a nossa sociedade em todos os quadrantes. Não seria diferente com as matrizes termais (em várias modalidades) e cinéticas (também em várias modalidades). E é um assunto que deve ser perpetuamente fiscalizado pelos TCs (tribunais de contas), pelas agências reguladoras, pelos MPs (Ministérios Públicos) e pelo Judiciário.
De qualquer maneira, voltando ao assunto principal, não, o Brasil não pode prescindir da geração de eletricidade por meio de usinas nucleares, entretanto também não deve deixar de usar, sempre de acordo com os estudos pertinentes de viabilidade técnica, social, ambiental (sem os exageros atravancadores) e econômico, outras formas de geração, pois isso apenas aumenta a disponibilidade de energia, reforça a segurança e a estabilidade do fornecimento, contribui para a modicidade dos valores das tarifas e cria o ambiente seguro para que outros investimentos possam ser feitos no País, levando-o ao tão desejado desenvolvimento.
Boa noite, FRL.
A belíssima UH de Irapé, no Vale do Jequitinhonha, norte de Minas Gerais. Região rica em minério de ferro, ouro e diamantes.
A usina mais alta do Brasil e um dos projetos mais difíceis, que exigiu muita engenhosidade para ser concluído e igualmente caro. Mas não deixa de ser uma beleza, apesar dos pesares.
“um certo ranço/preconceito por parte dos ativistas do ambientalismo”. Meu Deus, agora mesmo São Paulo está sem água potável porque a umidade da Amazônia não está chegando mais ao sudeste, quem diz isso é um prêmio Nobel que mora no Brasil, a razão é a DERRUBADA DE ÁRVORES de forma predatória para fazer pasto ou produzir carvão. Estamos destruindo toda a nossa natureza para fazer carvão!!!!!!! Quando é que vão abrir os olhos, vocês tem filhos? Netos? O que sobrará para eles?????? Essa discussão de hidrelétrica é velha e ultrapassada, não tem que “sopesar” mais nada, leiam, estudem, procurem saber mais, vão visitar uma hidrelétrica, o resto é bazófia! Ambientalismo é o escambal Quando suas bocas estiverem secas e seus filhos sedentos e com fome, aí sim vão se preocupar com a natureza, a energia nuclear é a única que destroi a natureza minimamente, produz grande quantidade de energia, os rejeitos são colocados é túneis a milhares de metros abaixa da terra, pois ainda não dominamos a fusão nuclear, esta sim, não gera resíduos tóxicos, esse é o futuro!!!!
Prezado Crispim, boa tarde.
Há sempre que se sopesar, refletir, meditar e estudar.
A mera derrubada de árvores, indiscriminada, sim, é um crime. Quando se faz isso sem qualquer parâmetro e para destinar a madeira para a indústria carvoeira, então, é um ato de lesa humanidade.
Entretanto, gostaria de saber qual o nome da sumidade, ganhadora do Nobel, que fez a afirmação que você reproduziu. E também gostaria de saber em que modelo climático ele apoia a afirmação dele. Digo isso porque todos sabem, e não é de agora, que o regime de chuvas na América do Sul é fortemente influenciado pelos fenômenos cíclicos La Niña e El Niño, que está a produzir os seus efeitos enquanto conversamos neste prestigioso blogue.
Quem tem alguma familiaridade com assuntos do campo e depende enormemente da pluviosidade, estudando a fundo a questão climática até para fazer uma projeção dos investimentos no campo, sabe disso é já previa que de meados do ano passado até por volta de setembro/outubro deste ano as chuvas serão escassas.
O problema da “seca” no Sudeste é resultado da conjugação de (falta de) planejamento e de manutenção: falta de planejamento porque a população do Sudeste, principalmente São Paulo, só faz aumentar em ritmo superior ao dos investimentos necessários no sistema de captação e armazenamento suficientes para atender abastecimento e geração de energia para toda essa gente; e falta de manutenção porque a malha de distribuição perde 1/3 (um terço) da água tratada e distribuída à população (que também tem a sua parcela de responsabilidade pelo desperdício no uso desse precioso recurso).
Nesse diapasão se inserem as hidroelétricas, longe de estarem superadas, pois, além dos atributos geracionais inerentes, servem também para ajudar na regulação de abastecimento de água e vazão das bacias, como acima, noutros comentários, já explanei.
Voltando ao assunto “energia nuclear”, sim, dela não poderemos prescindir, mas não isoladamente. O futuro será a composição de um mix de várias fontes e de várias técnicas geracionais, complementares entre si, pois cada uma delas apresenta as suas vantagens e desvantagens, com as respectivas melhores adequações a cada situação particular (o que demandará estudo específico caso a caso), aliás como já falado nos posts.
Obrigado FRL…você está corretíssimo…essas questões são prejudicadas extremamente pela mediocridade de muitos doutores financiados pela CAPES/CNPq que acham mais charmoso defender ideias alienígenas que desconsideram a nossa natureza…por exemplo Elsimar Coutinho que esterilizou milhares de mulheres sob o argumento do controle da natalidade ideal para a economia do país.
Sobre a questão da energia nuclear, só lamento que junto da sua análise, infelizmente, venha um certo ranço/preconceito por parte dos ativistas do ambientalismo.
Mesmo reconhecendo que num país como o nosso – que ‘cultua’ a irresponsabilidade e o deboche no que tange as leis – se a energia nuclear fosse algo mais presente na realidade nacional, com quase toda a certeza, o acidente com o césio em Goiânia, na década de 80, não teria sido o único do gênero no país. Mas, assim mesmo, por mais paradoxal que seja, lamento a interferência demasiada da questão do ambientalismo no tema.
Tive a oportunidade de ver uma região antes e depois da instalação de uma usina hidrelétrica, é uma catástrofe ambiental de magnitude e perdas contingencialmente incalculáveis, são centenas de quilômetros de terras submersas, a biomassa inteira perdida, terras cultiváveis, minas de extração mineral, nascentes, árvores centenárias, casas e até povoados inteiros, cemitérios, sítios arqueológicos, e muito mais. Ainda tem a problemática dos assentamentos dos atingidos, obrigados a refazerem suas vidas em outras regiões adversas das suas, nunca mais as suas vidas serão as as mesmas. imaginemos outras com mais riquezas que jamais serão exploradas por conta de um modelo agressivo desses, que para uns o modelo é sustentável, mas análises mais profundas é um crime contra a humanidade e, consequentemente à natureza.
Portanto, há a oportunidade fornecida pela própria natureza, os materiais radioativos, e há a inteligência humana, abrir mão da megalomania e espalhar por este imenso país pequenas usinas nucleares que ocupem pequeno espaço e que produzem energia sem gerar tal dispêndio ao país.
Edson, bom dia.
Esse assunto precisa ser tratado com isenção, não com paixão, sendo que parte significativa dessa “paixão” foi-nos implantada no subconsciente por obra de ações de fora para dentro, inclusive por anos e anos de mensagens subliminares, filmes catastróficos, estudos ditos científicos que não resistem a uma análise um pouco mais rigorosa quanto ao métodos empregados e muita, muita subvenção sabotadora do desenvolvimento sadio e sustentável do País. Quero deixar bem claro que, lógico, não prego o desenvolvimento a todo custo, inclusive com a destruição do que recebemos de nossos avós e pais e vamos deixar para os nossos filhos e netos. Contudo, há pessoas, até bem intencionadas, que atuam mais em benefício dos de fora do que dos aqui de dentro e criam, a r t f i c i a l m e n t e, objeções, obstáculos, condicionantes impossíveis, compensações inatingíveis e toda a sorte de barreiras (físicas, técnicas e econômicas) para atravancar o que podemos e devemos fazer para o nosso desenvolvimento verdadeiramente equilibrado, sadio e de Direito.
Gostaria de deixar bem claro que toda e qualquer interferência humana acarreta consequências ao meio que o cerca. São as tais “pegadas” ou “pressões” exercidas na natureza. E não há apenas consequências danosas ao meio ambiente na construção de barragens. Vou dar dois exemplos:
1) uma barragem serve para controlar o fluxo de uma bacia hidrográfica, tornando os rios que antes não eram navegáveis e evitando cheias excessivas nos momentos de maior vazão. Além disso, com as técnicas adequadas, serve como um fantástico criadouro de peixes. Isto tudo sem excluir a reserva de água para o abastecimento de regiões inteiras;
2) uma barragem também serve para controlar o microclima de uma região, tornando o entorno mais úmido, o que se mostra extremamente interessante especialmente nas regiões desérticas (imagine algo assim no polígono das secas, na região nordeste do País).
Enfim, as barragens servem de instrumento para domar a natureza, por vezes agreste, em determinadas regiões, com benefícios em muito superando os eventuais malefícios (sendo que estes podem ser compensados ou mitigados na maior parte das hipóteses – aqui dou um exemplo também bastante comum: árvores mais significativas podem ser transplantadas e os animais e outros seres vivos são deslocados das áreas atingidas para outra próxima com as mesmas características do local utilizado).
Além disso, é sabido e consabido que a natureza sempre busca o equilíbrio, tem grande poder regenerativo e as suas condições sempre estão em mutação. A interferência humana quando da adoção de barragens, devidamente estudada, não é suficiente para destruir, irremediavelmente, o meio atingido. Quanto ao aproveitamento de áreas para a lavra de minérios (obs.: que degradam o ambiente muito mais!), cabe estudar o que é melhor economicamente: a geração da hidroeletricidade ou a exploração mineralógica da região.
Em resumo, não dá para demonizar algo só porque alguém de fora disse que é assim e pronto. Há que se sopesar os prós e os contras, realizar estudos corretos e factíveis e usar dos recursos com sabedoria, nunca abandonando uma técnica geracional de energia que inclusive dá ao Brasil o título de possuir a matriz energética mais limpa do planeta.
Existe uma outra alternativa muito interessante que não foi citada no texto que é a geração de energia a partir do bagaço de cana, processo muito comum nas mais de 400 usinas sucroalcooleiras instaladas no país.
O maior problema é que apenas cerca de 10 % dessas industrias comercializam o excedente de energia, ou seja, apenas 10% das usinas estão interligadas ao anel elétrico de distribuição todas as outras trabalham “ilhadas” gerando energia apena para o consumo da planta.
O potencial energético desse setor é enorme e necessita de investimentos. Para se ter uma idéia um estudo feito pela UNICA (União da Industria Canavieira) mostra que o potencial de geração de energia que ainda pode ser explorado por todas essas industrias somado é igual a 28 GW/h, isso equivale a duas Itaipu, isso mesmo, duas Itaipu (14 GW/h).
É possível atingir esse numero a partir de uma fonte renovável e mais limpa do que combustiveis fósseis mas para isso é necessário grandes investimentos no setor elétrico (linhas de transmissão e substações para interligar as indústrias ao anel de distribuição) e principalmente modernizar as plantas industriais substituindo antigas caldeiras de 21 kgf/cm² por novas caldeiras 100 kgf/cm² e 700°C e as turbinas de contrapressão e escape antigas por novas turbinas de condensação muito mais eficientes e finalmente que as empresas adotem o sistema de transporte da palha da cana para a industria, isso forneceria 50% a mais de biomassa (combustível) para as caldeiras, devido seu grande poder calorífico igual ao bagaço da cana.
As empresas ainda ganham um outro bonus chamado “créditos de carbono”, é um valor pago por países signatários do protocolo de Kioto a industrias que reduzem a emissão de poluentes. Nesse tratado cada país tem quotas de emissão de poluentes que precisam ser respeitadas, os que extrapolam essa quota para manter seu crescimento precisam comprar as quotas de países com projeção menor. Dessa forma é feito um calculo que diz quanto de CO² determinada empresa deixou de emitir na atmosfera e essa quota é repassada para que outra empresa em qualquer lugar do mundo possa emitir ( ridículo).
Essa é uma alternativa que envolve muita política, muitos grupos empresariais, alguns grupos familiares outros abertos na bolsa de valores, mudanças em leis regulamentadoras, etc… Viabilizar crédito para todos realizarem as obras seria uma missão quase impossível !
A outra alternativa viável para suprir o crescimento da demanda de energia sem dúvida alguma é a energia nuclear, que nada mais é do que utilizar o reator para superaquecer a água, transformá-la em vapor para impulsionar as turbo-geradores mesmo processo das termo elétricas sucroalcooleiras movidas a bagaço de cana.
O Brasil já domina o processo e deve investir pesado em aumentar a capacidade dos reatores assim como no nível de enriquecimento do combustível nuclear para otimizar a escala de geração.
Usinas hidrelétricas já chegaram ao limite, não há mais áreas viáveis para construção de novas plantas e o impacto ambiental é tamanho e as dificuldades são tantas que se torna uma obra faraônica para no fim das contas a escala de produção de energia não compense o investimento feito, um exemplo claro disso é o elefante branco Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.
Topol, parabéns pelo seu comentário. Concordo em gênero, número e grau com quase tudo o que você disse.
Se me permite, discordo apenas sobre a afirmação de que as hidroelétricas já chegaram ao limite. Não, não chegaram. Ainda há bastante potencial oferecido pelas nossas pródigas bacias hidrográficas. Acredito que devam ser aproveitadas em seu máximo E COM BARRAGENS QUE ABRIGUEM GRANDE RESERVATÓRIOS. Essa moda estúpida de fio d’água só amesquinha o aproveitamento do potencial de geração e apenas agrada aos interesses alienígenas por pretextos ambientalistas que buscam emperrar o desenvolvimento do nosso País.
Quanto ao mais, devemos, sim, diversificar a matriz energética, com eólica, biomassa (como você bem explanou), SOLAR, geotérmica, maremotos etc.
Desculpe, tenho de retificar (o corretor do Android é uma droga…): … SOLAR, geotérmica, maremotriz, NUCLEAR, fusão a frio etc.
Hidrelétricas MATAM BILHÕES de seres vivos, inundam milhões árvores, alteram o clima em nível planetário, é uma catástrofe ecológica maior que existe e que o homem pode fazer, a não ser jogar bombas de hidrogênio e acabar logo com as florestas, e, por conseguinte, nós mesmos vamos pro inferno.
Resta saber se a “inviabilidade” das usinas hidrelétricas é uma realidade irrevogável do aquecimento global que está mudando o regime de chuvas em todo o planeta ou da ação de eco-chatos financiados externamente para impedir que o Brasil use seus recursos hidro-elétricos para sufocar o desenvolvimento econômico do país.
Observação, não há energia mais RENOVÁVEL que hidro-eletricidade que usa uma fração do quase eterno ciclo da água e colocar no menu de opções o carvão como alternativa válida para o futuro do Brasil é uma piada de baixo calão capitalista anti-ecológico quase tão grossa quanto o tal xisto de fracionamento americano que transformará o leste americano em uma BADLANDS de filme apocalíptico de Hollywood.
A melhor opção para completar a NOSSA matriz energética são duas: a energia nuclear pela segurança de possuir tal tecnologia VITAL e a cogeração de energia elétrica a partir de biomassa de várias origens (cana de açúcar, arroz, madeira e plantas de crescimento acelerado e altíssima produção por hectare como as da família cânhamo/canabis sativa atualmente restritas economicamente).
Gilberto, parabéns pelo seu comentário. Concordo em gênero, número e grau com quase tudo o que você disse. Se me permite, discordo apenas sobre a afirmação de qual seria a melhor opção de complementaridade energética, pois havendo a possibilidade técnica e a viabilidade econômica, todas as opções devem ser implementadas no País (maremotriz, solar, NUCLEAR, eólica, biomassa, geotermal etc.) , exceto as movidas à carvão (essas sim altamente poluentes e de tecnologia bastante ultrapassada).
Gilberto,
O Uruguai recentemente passou a incentivar o cultivo e o uso dessa planta que você mencionou, mas para outra finalidade…
Prezados, boa tarde. Respondendo ao questionamento do título, sob a minha ótica, não, não devemos prescindir da energia nuclear. Seja porque a matriz energética brasileira precisa diversificar-se para garantir geração segura, seja porque a tecnologia que já é do nosso domínio precisa ser mantida e mais desenvolvida, seja porque as limitações ambien
Além do mais, é fonte estável, confiável e previsível de geração, sendo que contamos com a 6a. maior reserva conhecida de urânio do planeta, e de técnicas de enriquecimento supereficiente, segundo reza a lenda. Não podemos e não devemos negligenciar qualquer vantagem competitiva que porventura tenhamos frente ao mundo.
Apenas completando: … seja porque as limitações ambientais impostas de fora para dentro nos empurraram para isso.
Além do mais, é fonte estável, confiável e previsível de geração, sendo que contamos com a 6a. maior reserva conhecida de urânio do planeta, e de técnicas de enriquecimento supereficiente, segundo reza a lenda. Não podemos e não devemos negligenciar qualquer vantagem competitiva que porventura tenhamos frente ao mundo.
Texto ruim e pergunta “sem pé nem cabeça”; É claro que não podemos ficar sem energia termonuclear, assim como nao considero haver “uma mudança de paradigma das estruturas de geração de energia elétrica” pelo simples fado, de ainda consumirmos muito mais energia via usinas hidrelétricas.
O grande problema são os “fatores ambientais” que vêm “negando” a construção de mais hidros, e por ironia do destino, vão se tornar com o tempo os maiores impedidores da construção de mais usinas termonucleares. O que o governo, aliás, o que nenhum país ainda enxergou é a descentralização da produção e transmissão de energia elétrica — coisa para mais de um século, imagino.
Agora dizer que “estamos vivendo a mudança de paradigma, blablabla” é atirar no escuro baseado no modelo americano. Quando as usinas hidrelétricas nao produzirem mais a maior quantidade de energia que precisamos, ai vamos sentar e discutir o assunto.
Participei de uma simulação do ambiente da ONU em 2050(Inventada, claro). Lá enrriqueciam urânio até 85% pra produzir energia. Será que isso um dia seria possível
Urânio 235, sim, por que não?
As hidroelétricas, necessitam de condições favoráveis do clima para obter energia. Energia eólica, também necessitam de condições favoráveis, de ventos, constantes, para poder viabilizar a geração de energia. O Brasil, não deve, não pode, abrir mão das Usinas Nucleares.
Concordo plenamente!!!!