WASHINGTON/EUA – O governo brasileiro assinou ontem, 18, o Acordo de Salvaguardas que permitirá o uso comercial do Centro Espacial e do Centro de Lançamento de Alcântara.
O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações oficializou o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST), que permite aos Estados Unidos e outras nações lançarem satélites a partir do Centro Espacial de Alcântara (CEA), no Maranhão.
O documento foi assinado por Christopher Ford (Secretário Assistente do Escritório de Segurança Internacional e Não Proliferação do Departamento de Estado) e pelo ministro Marcos Pontes do MCTIC.
Também foi assinado um Memorando de Entendimentos entre Agência Espacial Brasileira(AEB) por Carlos Augusto Teixeira de Moura (presidente da AEB) e por James W. Morhard pela Agência Nacional de Administração Espacial(NASA) para lançamento de um cube sat (satélite brasileiro SPORT).
A cerimônia contou com a participação de uma delegação brasileira que presenciou que este acordo amplia um cenário relevante para empresas, profissionais e mercados que trabalham no desenvolvimento de tecnologias, produtos e conhecimento no setor aeroespacial, turístico e econômico.
SOBERANIA NACIONAL
O ministro do MCTIC, Marcos Pontes, tem destacado em pronunciamentos para a mídia que o Brasil manterá sua soberania e controle no território brasileiro, ressaltando que acordos deste tipo acontecessem com outros países que possuem plataforma de lançamento de satélites para o desenvolvimento pacífico de tecnologia e produtos para o setor aeroespacial.
Segundo ele, o que não pode continuar é o país com imensa capacidade de geração de empregos, desenvolvimento de tecnologias e protagonismo global deixar de se posicionar em um mercado relevante e capaz de atrair investimentos e recursos.
O Ministério da Defesa apresentou que o país têm potencial para alcançar 1,5 bilhão e meio de reais de injeção na economia com este novo acordo e também a expansão dos sítios de lançamento. Destacaram também que o setor movimentará cerca de U$1 trilhão de dólares até 2040.
“O formato deste Acordo de Salvaguardas é utilizado por vários países como China, Ucrânia, Rússia, Índia, Nova Zelândia e prestigia a proteção de patentes e tecnologias para limitação de acesso, controle contra cópias ou uso não autorizado e está dentro que um regime internacional que também limita a proliferação de mísseis balísticos e outros sistemas não tripulados.” – destacou o ministro Marcos Pontes.
O Regime de Controle de Mísseis (MTCR) foi criado em 1985 por Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido, EUA e o Brasil aderiu em 1985 com status idêntico aos demais participantes.
O ministro declarou também que o acordo é um grande avanço para o Brasil, mas também pode ser aperfeiçoado, sempre que necessário, para atender novos cenários tecnológicos e para proteger os interesses nacionais ou até mesmo para garantir mais segurança jurídica aos participantes.
INPE e ITA
Além do envolvimento direto da Agência Espacial Brasileira, o acordo trata também sobre o desenvolvimento de satélites com a participação ativa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, do Instituto Tecnológico de Aeronáutica e outras entidades vinculadas ao MCTIC.
O INPE e ITA definirão as aplicações do satélite para a navegação aérea, marítima e utilização na agricultura, clima e outras áreas importantes para a pesquisa, ciência e produção de conhecimento.
CONGRESSO
Depois da formalização do tratado de cooperação entre Brasil e Estados Unidos o acordo será remetido ao Congresso Nacional para análise e votação dos parlamentares pela aprovação ou não.
Caso aprovado, o Brasil entra em um mercado que movimenta cerca de U$ 3 bilhões de dólares por ano e também possui extrema vantagem competitiva, pois a localização de CEA é privilegiada, com baixa densidade demográfica, estabilidade do solo e sistemas operacionais em ótimas condições de utilização.
FONTE E FOTO: Coordenação-Geral de Comunicação Social do MCTIC
Embraer, base de Alcântara…o q vem depois??? Amazônia??
Rogério, a Embraer é uma empresa privada e ser estatal significa que ela geraria despesa pública por ser mantida com nossos impostos, que por sua vez são abusivos e sem retorno ao povo. A soberania nacional da empresa está em um recurso chamado golden share que possibilita o governo vetar decisões dos investidores.
Se a operação da base em toda sua capacidade é algo ruim pra que tê-la? Essa história da Amazônia é uma propaganda muito antiga.
Bem, como não sou especialista na área só posso esperar pra ver se esse acordo realmente vai render louros ao setor espacial e tecnológico brasileiro. Mas as potências mundiais sempre querem estabelecer algum tipo de submissão aos países mais fracos e os americanos veem a America Latina como seu quintal, não iam fazer nenhum acordo com o Brasil fugindo dessa lógica. E como o atual governo é vedete dos EUA não espero uma real preocupação com os interesses brasileiros.
Quanto eufemismo no título da matéria.
Player?!?! Gandula! Pois não dá nem recebe passe, não marca gol, não é atacante, não é zagueiro, não apita a partida, não dá pitaco e não faz parte de nenhum time. Entrega o campo e pega bolas.
É subalterno!
Gandula!
Foi uma submissão e viralatisse explicitamente obscena.
Quanta tristeza
Quanta vergonha
Se um gandula vai pegar bolas em uma grande partida internacional, isso não faz dele um “player”, continua sendo um gandula. Não faz gol, não dá e nem recebe passe e tampouco apita a partida. Só pega as bolas exclusivamente, e fica feliz com isso.
Eis o Brasil de hoje: um gandula abobalhado.
Quando FHC quis entrar para o consórcio da Estação Espacial Internacional, o país não conseguiu cumprir os compromissos assumidos. O senhor Marcos Pontes só foi para o espaço porque o governo brasileiro pagou a sua viagem ao governo russo. Este senhor, em seguida, pede baixa da FAB para tentar uma carreira de palestras, que pelo que consta, não foi lá bem sucedida. Segundo notícias do ministério da defesa, o acordo vai render 10 milhões de dólares para o Brasil, 37 milhões de reais pelo câmbio dessa semana, menos que o orçamento de uma prefeitura de cidade pequena . Ao invés de investir no seu próprio programa espacial, querem que nós, brasileiros, nos contentemos com migalhas. Os resultados dessa política subserviente, da qual esse acordo é parte, não tardarão por aparecer: isolamento internacional, perda de mercados, atraso tecnológico, desemprego e depressão econômica. O povo brasileiro é muito mais do que isso.
Já pareceram. Participamos com menos de 1% nos negócios mundiais. Os únicos mercados nos quais entramos são os mercados compradores de commodities. Não registramos mais que 500 patentes ao ano. Somente a Samsung registra 5 mil na Coréia. A IBM quase 10 mil. O Corolla tem mais de 4 mil patentes registradas. Desemprego é uma das consequência das políticas fracassadas de um estado que gasta mais do que arrecada e prefere gastar bilhões do dólares ao ano para pagar juros de títulos públicos a banqueiros X gastar bilhões com pesquisa e inovação.
A depressao ou a crise que nos metemos dura mais de 30 anos. Desde que aprendemos a prática de gastar o dinheiro que não se têm.
O povo precisa de grana no bolso para comprar casa, comida, transporte, roupa, educação, saúde, segurança…tudo que o estado não entrega apesar de cobrar. O povo precisa de emprego. Mais da metade não tem esgoto, saúde, água, medicina e amparo do estado.
O povo precisa de muita coisa. A última delas é de um programa espacial.
Klatu Barada Niktu.
Não vejo dessa forma, vejo uma base abandona que poderia ser explorada por empresas de vários países, inclusive as nossas (caso venha a existir)…não só empresas dos EUA, como outros países interessados em lançar foguetes, sempre com contratos curtos, prazo definido e regras claras.
Essa base tende a movimentar muito dinheiro, provocar externalidades positivas na região e para a ciência de forma geral. Um foguete leva e traz conhecimento para a humanidade, além de serviços prestados para bilhões de pessoas diariamente.
Não vejo nenhum argumento que me faça não querer permitir o lançamento de foguetes através de pagamento.
Não vejo motivo para ser contra…
como vc diz 37 milhões? está escrito ali que MD prevê um potencial de 1,5 bilhão cara em curto prazo e 1 trilhão a longo prazo. traga sua fonte de pesquisa antes soltar argumentos que diz ao contrário do que diz na matéria.