Trinta brasileiros terão o desafio de pilotar o veículo que ficará a 36 mil quilômetros da Terra
“Eu me imaginava operando ou controlando algum veículo aéreo, dentro da atmosfera, não fora dela, no espaço”. A frase é do Tenente-Coronel Marcelo Magalhães, um dos 30 brasileiros que estão diante do desafio de pilotar um veículo que ficará a 36 mil quilômetros da Terra. Piloto de aeronaves de reconhecimento e patrulha da Força Aérea Brasileira (FAB), o aviador interessado na área aeroespacial iniciou sua preparação em abril de 2014.
“Na aeronave a resposta ao comando é imediata e visível ao piloto. No satélite, a diferença é que não vemos o comando ser executado, temos que esperar e interpretar os dados recebidos”, compara.
São 20 militares da Marinha, Exército e Aeronáutica, além de outros dez do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Agência Espacial Brasileira (AEB), Telebras e da empresa Visiona, que estão se especializando na tarefa de operar, controlar e cuidar do Satélite Geoestacionário Brasileiro de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). A “tripulação”do satélite é uma equipe que trabalha 24 horas por dia, sete dias na semana.
Pilotar o satélite significa mantê-lo na sua posição definida: o espaço não é infinito para ele. O espaço geoestacionário está dividido em 180 posições orbitais, cada uma separada da outra por um ângulo de 2°. No caso do SGDC, a órbita é sobre a linha do equador, para que o satélite tenha um período de rotação igual ao da Terra, o que dá a sensação de que ele está parado no espaço sobre a sua área de interesse.
Cada uma dessas posições é um cubo com cerca de 75 quilômetros de cada lado. Neste endereço espacial o SGDC deverá se manter para trabalhar bem. Porém, ele não estará sozinho. Outros dois satélites, sendo um da Embratel e outro estrangeiro, já orbitam por ali.
De acordo com dados do centro de operações espaciais da Força Aérea dos Estados Unidos, há 705 satélites geoestacionários em órbita. Quem organiza a posição desses veículos espaciais é a ITU (International Telecommunication Union), a agência especializada das Nações Unidas para tecnologias de informação e comunicação.
Os pilotos de satélite têm outro desafio: defender o satélite da atração da terra. O equipamento precisa se manter a 36 mil quilômetros do solo, uma zona de equilíbrio entre as forças que tentam lançar o satélite para o espaço ou fazê-lo voltar para o planeta. O trabalho dos “pilotos” é baseado em cálculos e mais cálculos para planejar e manobrar o satélite.
Uma outra área de atuação da equipe é o monitoramento da “saúde” do satélite, ou seja, manter os subsistemas, como softwares e componentes físicos, operando normalmente. “Além de monitorar e corrigir alguma possível anomalia no funcionamento do satélite, temos que estar atentos a alguma situação de alarme de uma possível colisão”, exemplifica o Tenente-Coronel Magalhães.
A operação e o controle do satélite serão realizadas no centro de operações a ser construído em Brasília (DF). No local, de 11 mil m², nada poderá dar errado. Todos os sistemas terão dupla redundância. Mesmo assim, se necessário, entrará em ação o backup no Rio de Janeiro (RJ).
“Tudo tem que funcionar com 99,9999% de confiabilidade”, afirma o Coronel Helcio Vieira Junior, Comandante do Núcleo do Centro de Operações Espaciais Principal (NUCOPE- P). A unidade da Aeronáutica tem como missão justamente a formação de profissionais para o futuro centro de operações espaciais.
Satélite será lançado em 2016
Em desenvolvimento na França pela Thales Alenia Space, sob a coordenação da Visiona Tecnologia Espacial e fiscalização das equipes da Telebras e do Ministério da Defesa, o Satélite Geoestacionário Brasileiro de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) será lançado em 2016 no foguete Ariane 5, a partir da base de Kourou, na Guiana Francesa, para atender demandas de comunicações militares e civis.
A construção do satélite brasileiro, segundo o Ministério da Defesa orçado em R$ 1,7 bilhão, é estratégica para garantir a soberania das comunicações do governo e também para assegurar o fornecimento de internet banda larga aos municípios distantes e isolados, aonde não chega a rede terrestre de fibra ótica. A vida útil será de aproximadamente 15 anos. O projeto é desenvolvido em conjunto pelos ministérios das Comunicações, da Defesa e da Ciência, Tecnologia e Inovação.
A parte civil, gerenciada pela Telebras, ocupará cerca de 70% da capacidade do equipamento. Em relação à área militar, o SGDC vai aumentar em 2,4 vezes a capacidade da atual rede de comunicações de defesa. Um único equipamento vai trafegar mais informações do que os dois satélites em órbita atualmente. A principal ferramenta militar a ser atendida é o Sistema de Comunicações Militares (SISCOMIS), usado para dar suporte à rede operacional de defesa. “Vai mais que dobrar a capacidade de comando e controle”, analisa o Coronel Helcio Vieira Junior, Comandante do NUCOPE-P.
FONTE: Agência
Se já estavam preocupados com as espionagens americanas da NSA/CIA/NRO etc..
Mesmo sabendo e fingindo não saberem, agora terão que que se preocuparem com espionagem Francesa e Européia kkkk.
E isso com total apoio e consentimento de militares e políticos nacionais.
Não sei onde andam com a cabeça, solicitam um satélite estratégico do exterior recheado de back dor,s ; bug,s; e chip,s maliciosos.
Eu me contentaria mais em cooperar com a Argentina ( QUE RECENTEMENTE LANÇOU SEU SATÉLITE DE COMUNICAÇÕES DE FABRICAÇÃO LOCAL) ou mesmo cooperar com algum país dos Bric,s.
Incluindo nesse projeto chip,s de fabricação local e conteúdo de empresas nacionais, dando nos uma verdadeira autonomia nessa importante área.
encomendando da Europa ou Estados Unidos apenas o segmento de solo e cursos de aprendizado e operações ( CASO ISSO NÃO SEJA ADQUIRIDO NA COOPERAÇÃO COM BRIC,S OU ARGENTINA).
Concordo com você,mas parece que os políticos relutam em enxergar o óbvio,e usam a palavra estratégia sem conhecer o seu real significado ,creio que a usam apenas por achar chique !
Foxtrot,
Estes sinais e dados são criptografados, e o sistema brasileiro foi e ainda está sendo desenvolvido pelas FFAA, as quais são as únicas que controlaram. Estão abertas as mensagens, mas codificar são outras conversas. É parte do Sistema brasileiro e vai interligar o SISFRON, SIVAN, Gripen, Navios, FFAA, etc, etc. …você sabe e fornece os “ingredientes”, mas a “receita” só eu tenho. É mais ou mesmo por aí.
A etapa seguinte vai ser fabricar os ingredientes.
Uma pena ele não ser lançado aqui com o nosso próprio veiculo lançador a nossa mania em vez de fazermos acordos com quem é dono dos porcos não fazemos com quem cuida.
Atenção! …5, 4, 3, 2, 1, 0! Vai começar os ataques contra políticos e o governo.
Algum comentário relevante sobre as aplicações e ampliações técnicas deste satélite?