Uma comissão de Investigação de Acidentes do Air Force Materiel Command identificou a causa do acidente com o A-29 Super Tucano que matou um piloto de caça da US Navy no Novo México.
O tenente Christopher Short, um piloto experiente de F/A-18, pilotava o A-29 Super Tucano operando na Base Aérea de Holloman, no Novo México, em 22 de junho de 2018, quando caiu logo após o lançamento de uma GBU-12 na Red Rio Bombing Range, que faz parte da White Sands Missile Range. O outro tripulante, um oficial de sistemas de armas da USAF, se ejetou e teve apenas ferimentos leves.
O Presidente da Comissão de Investigação de Acidente identificou como a causa o controle excessivo da aeronave, seguido por uma falha na aplicação e de controle de recuperação adequados. Ao girar muito rapidamente, em baixa velocidade após o lançamento da bomba, a aeronave entrou em um mergulho em espiral fora de controle.
Além disso, a causa específica da morte do piloto foi a demora em se ejetar. Após tentativas frustradas de recuperar o controle da aeronave, a ejeção foi realizada abaixo da altitude mínima recomendada para voo não controlado, o que contribuiu para que o seu pára-quedas não inflasse totalmente.
A missão foi continuação do treinamento do Light Attack Experiment Phase II. O A-29 decolou armado com duas GBU-12, foguetes e metralhadoras .50, e de acordo com o relatório, a missão prosseguiu sem intercorrências até o primeiro lançamento de arma (GBU-12) que estava no cabide do lado esquerdo. A tripulação tentou executar um giro de 180° à direita, logo após o lançamento.
O Presidente da AIB (Accident Investigation Board) também constatou, por preponderância das evidências, que a tentativa dessa manobra, sem compensar a assimetria de liberação da arma em baixa velocidade, contribuiu substancialmente para o acidente.
Os dois tripulantes faziam parte de uma equipe de 17 tripulantes selecionados para participar da Light Attack Experiment Phase II, avaliando as capacidades das duas plataformas de ataque leve, o AT-6 e o A-29.
O Brig. Gen. Kenneth Bibb Jr., que serviu como Presidente da Comissão de Investigação de Acidentes, informou que o objetivo principal era investigar a causa, e os fatores contribuintes, do acidente e fornecer um relatório público dos fatos e circunstâncias sobre o acidente.
FONTE: USAF
A conclusão foi falha humana e não da aeronave. O piloto não cumpriu os parâmetros técnicos após o lançamento da arma e para ejeção em segurança.
Faltou experiência na aeronave? Talvez sim.
=> Repostando o editor Guilherme Wiltgen: “Apesar do piloto ter 1.608 HV (1.043 só no F/A-18), tinha apenas 11HV no A-29…”
Me corrijam se eu estiver errado, mas o relatório está simplesmente dizendo que foi falha humana e não do equipamento.
Se essa é sua conclusão, a situação do concorrente é pior ainda, pois, saiba que a bomba para ele é do mesmo peso e tamanho e o avião é bem menor e mais leve que o Super Tucano. Logo, a assimetria seria mais forte e o acidente mais grave, não é?
Rapaz, sinto muito, mas você não entendeu nada do que está escrito na nota da USAF.
Qualquer aeronave de pequeno e médio porte sofre o efeito da assimetria de peso após lançar armas a partir de uma asa apenas. Essa assimetria é compensada através de comandos pre-determinados que devem ser executados pelo piloto. Esses procedimentos são desenvolvidos ainda nas campanhas de desenvolvimento e certificação da aeronave usando seus protótipos. Muito provavelmente, pesou o fato de o piloto ter pouquíssimas horas de voo no A-29.
Meus pesames aos familiares do piloto, todavia isso reafirma mais ainda que um piloto deve estar exaustivamente treinado para aquela aeronave que normalmente pilota, existe uma enorme diferença entre um F/A-18 e um A-29. A sua formação poderia até ter começado num turbo hélice mas dai a ter experiência com o mesmo, após pilotar por tempos um F/A-18 seria muito pouca. Treinamento envolve disparo e lançamento de bombas…
Apesar do piloto ter 1.608 HV (1.043 só no F/A-18), tinha apenas 11HV no A-29…
Conclusão: O nosso avião não aguenta muito peso, fica sem controle e pode cair quando solta as bombas e ficar leve de repente. Péssima notícia pra gente, ótima para o concorrente.
Não é isso o que diz o relatório da USAF e nem o texto.
Foi um sequência de procedimentos equivocados e a fatalidade ocorreu pela tentativa do piloto em recuperar o controle e ter demorado a se ejetar, o fazendo fora dos parâmetros para esse tipo de situação…
“O Presidente da AIB (Accident Investigation Board) também constatou, por preponderância das evidências, que a tentativa dessa manobra, sem compensar a assimetria de liberação da arma em baixa velocidade, contribuiu substancialmente para o acidente.”
A causa, ou uma delas que contribuiu, foi a assimetria naquelas condições de voo .
Se essa é sua conclusão, a situação do concorrente é pior ainda, pois, saiba que a bomba para ele é do mesmo peso e tamanho e o avião é bem menor e mais leve que o Super Tucano. Logo, a assimetria seria mais forte e o acidente mais grave, não é?