Por Guilherme Wiltgen
No último dia 17 de abril, o Comandante do Exército, General de Exército Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, confirmou o processo de aquisição de doze helicópteros Sikorsky UH-60M Black Hawk para a Aviação do Exército, durante a sua apresentação na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN).
Essas aeronaves, novas de fábrica, se destinam a substituir quatro helicópteros Sikorsky UH-60L Black Hawk (HM-2) e oito Airbus Helicopters AS532UE Cougar (HM-3), que estão operando hoje no 2º Batalhão de Aviação do Exército (BAvEx) em Taubaté/SP, no 3° BAvEx em Campo Grande/MS e no 4º BAvEx em Manaus/AM.
Cronograma de entrega
O cronograma de entrega dos doze helicópteros Sikorsky UH-60M deve seguir o seguinte prazo:
2024: Assinatura do contrato de aquisição dos 12 Helicópteros de Manobra HM-2A (UH-60M Black Hawk)
2025: Recebimento do primeiro helicóptero UH-60M Black Hawk
2027 a 2029: Recebimento das demais aeronaves.
Os novos Helicópteros de Manobra HM-2A Black Hawk serão distribuídos entre o 2º, 3° e 4º BAvEx.
Bom dia a todos!
– A helibras não fabrica nada, somente monta.
– No contrato do 225 foi afirmado que seriam produzidos diversos itens no BR, porém são produzidos itens sem valor tecnológico agregado (como cabos, chicotes, etc).
– Nenhum país vai passar tecnologia para outro com a aquisição de 50 Anv que foi o caso do programa HXBR – veja se vão nos passar o “segredo” de fabricar uma pá do rotor ou uma câmara de combustão.
– O que poucos sabem é que ter quase a totalidade de uma frota dependendo de um único fabricante é horrivel. A Airbus (HB) cobra preços exorbitantes para tudo que o Exército solicita, pois praticamente quem a faz sobreviver são as forças armadas, principalmente a Aviação do Exército, que modernizou os Panteras e Esquilos.
– Modernizar os Black não eram possíveis, pois a grande maioria dos itens atuais não seriam possíveis na nossa célula, assim o custo ficaria inviável.
Esse papo de transferência de tecnologia não cola, ainda mais depois do contrato bilionário dos H225, que tem uma Mnt complicadíssima e caríssima se comparado a frota americana.
Para se ter uma ideia, uma Insp 100h do 225 demora em média 25 dias, isso se não achar vazamentos o que é normal no eixo de acoplamento motor-ctp, fora que a CTP dessa Anv até hoje vive dando problemas e tendo soluções de retrofit. Enquanto a Insp 100h do Black demora em média 5 dias.
Por fim, adquirir Anv de menor porte não supre as Atv na região amazônica, onde levamos muita carga a longas distâncias e sem local para abastecimento, coisa que Anv menor não consegue. Infelizmente devido ao tamanho do nosso país acabamos utilizando helicóptero como se avião fosse.
Esses helicópteros na classe dele são muito bons,infelizmente são caríssimos.
E porque o EB não moderniza os 4 que já operam?
Pessoal esquece que o Black Hawk é um helicóptero militar puro sangue, concebido desde o início para operar em combate. Achar que um helicóptero civil adaptado para uso militar poderia cumprir as mesmas missões é uma tremenda falta de conhecimento, além do mais são de categorias diferentes. O H145 deverá sim vir a ser adquirido para para emprego utilitário, ligação, esclarecimento e ataque leve (quebra galho até a compra de um puro sangue) e substituição do Esquilo, deixando esse último para treinamento somente.
O pequeno problema é que esse “puro sangue” só recebe transfusões do sangue tipo “tio Sam”, criando mais uma enorme dependência. Um Fusca acoplado a uma carretinha pode realizar muitas das tarefas que uma Hilux faz, mas com um custo significativamente menor e uma manutenção mais acessível. Embora não tenha a tração 4×4 ou a capacidade de carga de uma Hilux, ele compensa com economia de combustível, peças baratas e facilidade de reparos, tornando-se uma opção prática e econômica para quem busca utilidade sem comprometer o bolso. A moral da história é que, muitas vezes, soluções simples e acessíveis podem atender a necessidades específicas de forma eficaz, sem a necessidade de equipamentos caros ou de alta performance.
Ah sim, vai colocar então um M113 lá na Ucrânia já que ele é conhecido como o Fusca dos “blindados” temcertas ideias que não colam
O mesmo exército que comprou as torres australianas.
Por isso mesmo continuaremos no atraso tecnológico em nível nacional. Se não fortalecermos a indústria nacional, jamais chegaremos ao topo da autossuficiência. Isso tudo é em respeito à aquisição de helicópteros. A Helibras precisa dessa força.
A decisão do EB de adquirir helicópteros Black Hawk levanta um debate sobre a priorização da indústria nacional. Embora os Black Hawks sejam reconhecidos por sua confiabilidade e versatilidade em operações militares e de resgate, optar por helicópteros nacionais, como os produzidos pela Helibras (modelo H125m ou H225), mesmo que de menor porte, poderia ter gerado benefícios significativos. A aquisição de aeronaves fabricadas no Brasil fortaleceria a indústria aeronáutica local, promoveria a criação de empregos e a transferência de tecnologia, além de facilitar a manutenção e o suporte logístico. Com o mesmo orçamento, seria possível adquirir uma quantidade maior de helicópteros menores, ampliando a capacidade operacional em termos de número de missões simultâneas, especialmente em um território tão extenso como o brasileiro. Essa decisão demonstra uma oportunidade perdida de alinhar investimentos em defesa com o desenvolvimento econômico e tecnológico do país.