Por Reuben F Johnson
Quando o presidente russo, Vladimir Putin e o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, se encontraram no Moscow Air Show deste ano, foi ventilado que um acordo para que a Turquia comprasse os caças Su-35 e Su-57 teria sido fechado, com a inclusão da compra do sistema de defesa antiaérea S-400 Triumph da Rússia.
Essa compra do S-400 foi o que inicialmente levou a Turquia a ser retirada do projeto F-35, devido a preocupações de que a operação do S-400 na Turquia pudesse colocar a análise de sinais de radar do F-35 nas mãos dos russos.
As negociações teriam levado dois meses para finalizar, apesar de em 29 de outubro, o ministro da Defesa turco, Hulusi Akar, estava negando qualquer acordo com o Su-35, mantendo: “Somos parceiros do F-35 e dizemos que nos dê o que é nosso por direito”.
A proposta inicial da Rússia era que a Turquia participasse do programa Su-57 para substituir seus planos de aquisição do F-35. Essa ideia foi inicialmente recusada, com uma contraproposta turca incluindo duas correntes de atividade. A primeira foi a aquisição de 36 Su-35, com assinatura de contrato a ser anunciada até o final deste ano. O interesse turco no Su-35 foi parcialmente baseado na avaliação de seu desempenho na campanha aérea russa sobre a Síria.
Paralelamente, Ancara propôs que a indústria turca e russa trabalhasse em conjunto no desenvolvimento de uma versão especialmente adaptada do Su-57 para atender a requisitos específicos da Turquia. Pouco depois da reunião entre Erdogan e Putin, o jornal turco Daily Sabah informou que Dmitry Shugayev, chefe do Serviço Federal Russo de Cooperação Técnico-Militar, se encontraria com o chefe da Presidência Turca de Indústrias de Defesa (SSB), Ismail Demir, em uma variedade de projetos. Fontes próximas à Russian United Aircraft Corporation e ao SSB relatam que essas negociações resultaram na decisão de avançar além das discussões e desenvolver planos concretos para desenvolver uma nova versão do Su-57.
Também foi proposto que o processo de aquisição do Su-35 e Su-57 incluísse a integração de armamentos fabricados na Turquia e outros sistemas nas duas aeronaves.
As fontes da indústria russa continuam a categorizar o Su-35 como uma ‘aeronave de geração 4 ++’ para enfatizar que seus níveis de capacidade e tecnologia se sobrepõem aos caças rotulados como plataformas de quinta geração. O Su-35 possui o mesmo radar PESA (NIIP N035 Irbis scanned electronic electronic array) e os motores Saturn / Lyulka 117S / AL-41F1S do Su-57, além de compartilhar alguns componentes aviônicos.
A Turquia tinha originalmente adquirido 100 F-35, portanto um número significativo de Su-57 será necessário para preencher essa lacuna. Discussões iniciais sobre quantos Su-35 comprarão como primeiro passo para a modernização da Força Aérea da Turquia centrada na aquisição de 12 ou 20 aeronaves. De acordo com a agência de notícias aeroespacial russa Avia.pro, a decisão subsequente de adquirir 36 unidades foi porque “a Rússia estava disposta a oferecer condições favoráveis de crédito para financiar a compra no caso de a Turquia assinar um contrato para nada menos que 32 aviões”.
Ainda não foi anunciado o preço final do contrato.
FONTE: Jane’s Defence Weekly
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
A Turquia deu foi um tiro no pé.
Quando o motivo é político mau negócio é irrelevante!
Só um detalhe, o motor e radar do Su-35 não é o mesmo do Su-57.
O Su-35 usa o radar PESA N035 e motores AL-41F1S (produto 117S).
O Su-57 usa um AESA N036 e motores AL-41F1 (produto 117) uma versão mais avançada do que o instalado no Su- 35, ele se distingue do AL-41F1S pelo aumento da força de tração, um sistema de automação complexo, sistema de controle totalmente digital, uma nova turbina e características de fluxo aprimoradas etc..
parabéns! demonstrou que sabe o que fala.
Vamos aguardar,tudo não passa de especulação até o momento !
Com certeza. Tudo muito nebuloso ainda.