Por Marcus Weisgerber
“Temos peças de todo o lugar, é tão louco”, disse Trump durante uma entrevista à Fox que foi ao ar na quinta-feira de manhã. “Deveríamos fazer tudo nos Estados Unidos”. Embora o presidente sem dúvida tenha em mente a política, a política é parte da razão pela qual o F-35 se baseia em uma cadeia de suprimentos global e, por esse motivo, por que quase todos os estados dos EUA fazem algo para o jato de combate de quinta geração.
Distribuir um trabalho lucrativo para clientes em potencial e para muitos eleitores de parlamentares ajudou a tirar o enorme programa do chão e mantê-lo em controvérsia. Mas mesmo antes da pandemia, essa vasta cadeia de suprimentos havia se mostrado pesada. A obtenção de peças de reposição para os F-35 é um problema há anos. Um relatório do Departamento de Prestação de Contas do Governo de 12 de maio constatou que, em 2019, os fornecedores do F-35 “lutaram para atender às crescentes demandas de produção … e, como resultado, o programa testemunhou um aumento nas taxas de entregas atrasadas ou falta de peças”. Em outras palavras, os fornecedores entregaram as peças tarde à Lockheed Martin, que monta a maior parte dos F-35 em Fort Worth, Texas. Isso levou a Lockheed a reconfigurar sua linha de montagem, tornando-a menos eficiente.
Para complicar ainda mais a produção do F-35, os EUA expulsaram a Turquia, que produz mais de 1.000 partes do avião, para fora do programa no ano passado, depois que Ancara recebeu o sistema S-400 da Rússia. As autoridades de aquisição do Pentágono planejavam remover todos os fornecedores turcos até março, mas disseram que a Turquia continuaria fabricando algumas peças até o final do ano. Um oficial de aquisições do Pentágono disse ao GAO que as empresas turcas continuariam fornecendo peças até o “final do lote 14 de entregas”, programadas para 2022.
Isso está sendo feito “em parte, para evitar interrupções nas entregas de aeronaves e o crescimento de custos adicionais devido a novos fornecedores.”
Sobre esses novos fornecedores, levará tempo para eles instalarem postos de fabricação e certificarem novas peças. Os representantes da Lockheed disseram ao GAO “que levaria mais de um ano para certificar esses novos fornecedores, com prazos de entrega dependentes de vários fatores, como complexidade da peça, quantidade e maturidade da produção do fornecedor”. E, novamente, todas as estimativas no relatório do GAO foram feitas antes do coronavírus.
FONTE: Defense One
TRADULÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
A China produz algo militar fora de suas fronteiras? Os governos anteriores dos EUA e EUROPA moeram seus países, perderam seus parques fabris, geraram desemprego e submissão industrial. A Europa é o maior exemplo do câncer da globalização desmedida. Uma coisa é livre mercado dentro de uma razoabilidade, outra é entreguismo em nome de meia dúzia de conglomerados. Nesse processo, 10 gigantes dos EUA vão para fora, reduz custos e compete desigualmente nos EUA, com isso quebra todas as outras empresas que não conseguiram fazer o mesmo. PERCEBEM O ESQUEMA!?
Acho que este é o caminho natural do programa do F-35 sob a Administração Trump…
Tanto pela pandemia como pelo futuro previsível do F-35.
O programa JSF foi idealizado não só para substituir uma dezena de aeronaves nos EUA atendendo todos os ramos aéreos das forças americanas com suas 3 versões A, B e C como também atender as necessidades aéreas dos países aliados para se obter uma aeronave de 5ª geração já que os EUA decidirão há muito que o F-22 seria de seu uso exclusivo.
Dentro do célere processo de rompimento do Governo Trump com TODA política internacional americana anterior esta pretendida medida de “nacionalizar” inteiramente a produção de partes e peças do F-35 parece estar alinhada a destruir um dos fundamentos base do programa JSF.
Por exemplo o Canadá, apesar de uma imensa pressão interna para não se adotar o F-35 por questões econômicas, o governo do país reluta em fazê-lo direcionando a competição para o caça da Lockheed Martin justamente por ter uma significativa produção de peças do caça no Canadá.
A lógica do programa SEMPRE FOI oferecer a potenciais compradores uma parte da produção do caça sob a perspectiva INICIAL que que seria usados por quase todos aliados ocidentais e portanto a expectativa dada é que se trataria da aeronave mais produzida da História, a projeção inicial somente entre os participantes diretos do programa era de atingir 3.100 unidades até 2035 (dados oficiais do programa JSF de 2010).
Qualquer participação no fornecimento de seus componentes assim geraria um “lucro” numa frota deste tamanho e geraria igualmente uma força política dentro do país a adquirir o caça.
O que D.J. Trump quer significa quebrar de vez com esta força fundamental do programa.
Some-se a isso:
1) o preço da aeronave (e sua manutenção) está bastante acima do inicialmente proposto;
2) O cronograma de desenvolvimento da aeronave está atrasadíssimo e seu fechamento está sendo feito a fórceps e mesmo assim não consegue ser finalizado gerando retrabalho nas unidades já produzidas;
3) o erro crítico não solucionável da cauda, que imporá restrições militares ao voo supersônico em altas altitudes, será um problema de aceitação da aeronave aos militares não-americanos, que o lobby político americano terá dificuldades em contornar totalmente. Poderá manter encomendas mínimas por pressão políticas, mas encomendas adicionais serão muito difíceis sem o apoio dos militares de cada país comprador se ficarem tecnicamente descontentes com o desempenho limitado da aeronave;
No meu entender, AO MESMO TEMPO, nacionalizar as partes e peças da frota americana e reconhecer o problema estrutural da cauda como insolúvel PODE TER como consequência nas vendas internacionais do cancelamento de encomendas e/ou que elas fiquem em encomendas mínimas na medida que fornecedores internacionais sejam alijados do fornecimento de peças aos F-35 destinados as forças dos EUA retirando o lucro de escala prometido.
Nuvens escuras no horizonte internacional do F-35…
Prolixidade a serviço de uma ideologia mofada e ultrapassada como de costume né Giba!?
E você erra tanto, e erra feio como de costume, que não sabe que o problema que limita a velocidade supersönica em altas altitudes (Na casa dos 50.000 pés ou seja, em um envelope para lá de residual do aparelho) atinge às variantes “B”e “C”. Só que a maioria das vendas internacionais é da variante “A” que não tem esse problema e como estamos vendo está sendo (bem) utilizada em combate pela Heyl Ha’Avir atacando alvos iranianos na Síria e no Iraque sem que seja admoestado pelos S-400 e principalmente pelos S-300 a serviço do “peopleware”incompetente de Bachar Al Assad.
No mais, enquanto você vitupera as mesmas fanfarronices de sempre tal como um disco arranhado o F-35 vende ao passo que o Rafale, a malfadada e derrotada escolha “político etílica” do FX-2, segue amargando derrotas em certames para o caça da LM. A última foi na Bélgica lembra? E não custa lembrar que escala é tudo, e a como a Jaca francesa vendeu pouco já é muito mais cara de comprar e operar que o F-35.
Sinto muito, é a vida……
E realmente “non sense” ter material estratégico dependendo de outros países.
Isto esta acontecendo até fora da industria bélica, caso de material médico por exemplo.
Veja o caso d respiradores comprados da China.
Sim “non sense” patrocinado por todas administrações americanas anteriores desde o início do Programa JSF.
Só o “MITO” americano Trump pensa certo e os outros antes dele são uns incompetentes…
Me lembra muito um cara daqui do Brasil…
IMAGINE o CUSTO e o TEMPO de mudar todos os fornecedores internacionais do F-35 e o quanto de vendas internacionais serão perdidas por não ter mais o apoio no exterior dos fabricantes alijados do filé americano do F-35…
Um “JÊNIO” americano o D.J.TRUMP!!!
Meu caro Giba Trump pode esbravejar o que quiser mas pouco ou quase nada pode fazer para tirar a produção de componentes do F-35 dos outros países pelo simples fato de que não apenas se trata de um acordo internacional que prevê penalidades pesadas em caso de descumprimento como também que tal decisão teria de passar obrigatoriamente pelo congresso dos EUA.
É um dos defeitos dessa chata chamada DEMOCRACIA, não concentrar todos os poderes na mão do chefe do executivo tal como deseja ardentemente o miliciano daqui. Na verdade, concentrar todas as decisões nas mãos do executivo é algo que ocorre nos regimes que você admira tais como a Venezuela de Maduro, Cuba e mesmo a Rússia do Déspota corrupto Putin pois como todos sabemos naquelas bandas o parlamento e o judiciário são meros puxadinhos do Kremlin.
Creio que dever haver uma grande reavaliação em vários setores. Principalmente os mais sensiveis que a sua falta ira inviabilizar o montagem e não ter um substituto.