O traslado de pacientes por avião é indicado quando há a necessidade de percorrer grandes distâncias, garantir a decolagem em condições de mau tempo e oferecer maior espaço de cabine
O serviço de transporte aeromédico da Helisul Aviação é oferecido desde 2012, e teve início com aeronaves de asa fixa (aviões). Nestes quase dez anos de operações, a empresa chegou, em 27 de dezembro, à marca dos 3 mil voos realizados por aviões, no atendimento a todos os tipos de pacientes; do recém-nascido ao idoso, e às mais variadas patologias, como cardiopatias, doenças neurológicas, traumas e outras.
No período entre agosto de 2020 e dezembro de 2021, a busca pelo translado de pacientes particulares por aviões teve um crescimento de 20%, segundo o Departamento Aeromédico da Helisul. O aumento foi impulsionado pelo início do período considerado mais crítico da pandemia de covid-19 no Brasil, desde a chegada da crise sanitária ao país.
Nos 12 meses de 2020, foram realizados 295 voos de transporte aeromédico por aeronaves de asa fixa. Em 2021, foram 335, de acordo com a base de dados da Helisul. A companhia realiza uma média de 30 a 35 transportes de pacientes mensais por aeronave, que equivale a um total anual em torno de 350 traslados.
Na maioria das vezes, o serviço é solicitado por familiares ou indicado pelo médico responsável pelo paciente na sua origem, explicam os coordenadores do departamento, o médico Dr. Felipe Novak e o enfermeiro Marcio Metze Weinhardt.
Segundo eles, uma vez definida a necessidade de transferência de unidade hospitalar, o procedimento começa via contato telefônico, para a coleta de informações detalhadas do estado do paciente, como anamnese, exames laboratoriais e de imagem.
“Se o paciente apresentar condições seguras para o transporte por avião, ele é realizado com a UTI Aérea”, afirma Dr. Felipe Novak.
A UTI Aérea costuma ser utilizada por enfermos internados em unidades hospitalares, na maioria das vezes de baixa complexidade, e que não têm capacidade para oferecer todo o suporte necessário ao tratamento que o paciente necessita. Sendo assim, é solicitado o transporte aéreo para uma unidade hospitalar que possa atender aos casos de maior complexidade.
Os aviões equipados como UTIs aéreas decolam para atendimento aos chamados da base da Helisul no Aeroporto do Bacacheri, em Curitiba. As tripulações são compostas por dois pilotos, um médico e um enfermeiro, devidamente habilitados para o trabalho de atendimento aeromédico.
Asa fixa x asa rotativa
As aeronaves de asa fixa são indicadas para o atendimento em distâncias superiores a 250 quilômetros. Elas têm melhores condições para viajar em caso de mau tempo e dispõe de cabines com maior espaço interno, em comparação com os helicópteros. Devido a estas características são mais apropriadas para permitir a equipe médica aplicar técnicas de monitorização e realizar procedimentos em voo, ajudando no tratamento do paciente mesmo antes de chegar ao seu destino.
O serviço de transporte aeromédico da Helisul também oferece resgates e transferências por meio de helicópteros. Desde o início das operações com asas rotativas (helicópteros), em 2014, foram realizados quase 10 mil voos. Eles partiram das bases de Cascavel, no Oeste (3.100), Londrina (2.700), Maringá (3.050) e Ponta Grossa (1.000).
As equipes dos helicópteros são formadas por um piloto, um médico e um enfermeiro. Trata-se de equipes mistas, das quais fazem parte pilotos da Helisul e do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA), com médicos e enfermeiros da SESA. Este mesmo modelo de operação, extremamente bem-sucedida, está sendo analisado para uso em outros estados.
Os serviços prestados pela Helisul com aeronaves de asa rotativa auxiliam equipes terrestres de socorro a acidentes automobilísticos, trauma ou atendimento primário às urgências clínicas em locais de difícil acesso.
“Os helicópteros realizam resgates a vítimas de trauma e em casos de vazio assistencial clínico [quando não há oferta de vagas], prestando o atendimento primário e dando apoio às unidades pré-hospitalares fixas e/ou móveis”, explica Marcio Metze Weinhardt.
Da mesma forma, é feito o transporte de pacientes inter-hospitalares, para que cheguem aos locais com melhores disponibilidades de recursos, no menor tempo possível, podendo assim iniciar com brevidade o tratamento para melhora do prognóstico.
“As aeronaves da Helisul realizam também o transporte de órgãos para transplantes, fazendo com que cheguem salutíferos e subitâneos aos receptores, diminuindo assim a angústia do paciente e a ansiedade da família”, complementa o enfermeiro-coordenador da Helisul.
Segurança no atendimento
Todas as equipes de saúde da empresa paranaense Helisul têm não somente experiência prévia no atendimento pré-hospitalar terrestre como também conhecimentos plenos das normas e rotinas, com cursos de operador de suporte médico (OSM) reconhecido pela Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC).
“A equipe de saúde das aeronaves de asa fixa tem especialização em resgate e transporte aeromédico, os pilotos têm formação e cursos atualizados pela ANAC e todas as aeronaves são homologadas pela Agência”, reforça o Dr. Felipe Novak.
FONTE: APEX