Por Guilherme Wiltgen
O Ministro da Defesa, José Múcio, falou nessa sexta-feira (27) com a imprensa após a cerimônia de abertura da XXI Conferência de Segurança Internacional do Forte, no Rio de Janeiro, que a Suécia mantém um potencial interesse na aquisição de três aviões multimissão C-390 Millennium fabricado pela Embraer.
Brasil e Suécia conversam sobre a possibilidade de o país nórdico adquirir o C-390 há alguns anos. Em setembro do ano passado, Mucio havia informado que viajaria no mês seguinte para negociar uma potencial venda do C-390 para a Suécia, o que acabou por não se concretizar.
Na época, Múcio disse sobre uma potencial na venda de três ou quatro aeronaves para a Suécia, enquanto o país nórdico pretendia vender mais caças Gripen ao Brasil
Após a compra pelo Brasil de 36 caças Saab Gripen E, as relações entre os dois países no setor aeronáutico se fortaleceram e hoje existe uma verdadeira parceria estratégica.
A potencial compra do C-390, além de elevar o nível dessa parceria, pode pavimentar o caminho para aquisição de um novo lote do caça Gripen E para a Força Aérea Brasileira (FAB), em um momento onde rumores sobre a busca de mais uma compra tampão pela FAB ganha destaque, desta vez para cobrir a lacuna que será criada pela desativação dos caças A-1 (AMX), fabricados pela Embraer em parceria com a italiana Aermacchi.
Outro ponto importante, inclusive para a Força Aérea Sueca, é a capacidade do C-390 tem de realizar Reabastecimento em Voo (REVO/AAR), cuja campanha de teste em voo com o Gripen está programada para 2025/2026, e que vai possibilitar a Suécia a substituir seus antigos C-130 Hércules por uma aeronave de transporte muito mais moderna, mais rápida e com maior capacida de transporte, gerando economia e interoperabilidade com outros usuários NATO do C-390, além de ampliar a quantidade de membros operando a mesma aeronave brasileira.
Mas a Saab dizia que o custo de hora-voo do Gripen NG era de US$4,5 mil…
Agora vem a compra do segundo lote de Gripen E/F !!!
O SONHO da FAB sempre foi usar o Gripen como uma plataforma para substituir AMBAS aeronaves o F-5 e o AMX…
Acontece que existem dois probleminha TEMPO E DINHEIRO.
Acho que DINHEIRO é um fator que não precisa de explicação, não que falte ao BRASIL mas o país não tem a DECISÃO de gastar no GRIPEN o que PENSA que precisa pois para isso tem de SE OBRIGAR a priorizar as aquisições em detrimento de outras prioridades e coisas reais ou imaginárias.
E no frigir dos ovos a discussão SEMPRE TERMINA na nossa situação militar no ENTORNO da América do Sul que permite sempre postergar as decisões em face das forças sul-americanas vizinha estarem (quase totalmente) em situação bem PIOR que o Brasil…
O TEMPO agiu em duas direções neste caso, no caso do GRIPEN os constantes adiamentos, atrasos e demoras no programa. Nunca é demais LEMBRAR que foi o BRASIL que não foi capaz de HONRAR o contrato original do programa e mesmo o cronograma “repactuado” no governo anterior não está sem respeitado.
O festejado último Gripen (recém chegado ao Brasil) deveria ter sido enviado em 2023 e das 3 aeronaves que deveriam ser entregues em 2024 pelo cronograma vigente não há um sussurro nem da FAB ou da SAAB justificado este estado de ATRASO…
Da ponta da FAB a sua INAÇÃO OMISSIVA E ONÍRICA perdurou até 2024.
Deitada em berço esplêndido a FAB manteve-se olhando um horizonte IDEALIZADO e marcou passo por quase 3 décadas FX (1 e 2) arrastando e ela mesma implodiu a aquisição do Rafale e acabou aceitando um Gripen em desenvolvimento para uma força que operava F-5 como interceptador.
E isto porque para se opor ao Rafale desativou os Mirage 2000 antes mesmo do resultado do FX-2.
No fim passamos ATÉ recentemente esmerilhando os vovôs FOREVER5.
Neste meio tempo a FAB DESISTIU da modernização dos AMX, ao ponto da INSANIDADE que a FAB vai ter de desativar ANTES uma aeronave que chegou duas décadas DEPOIS dos F-5, a quintessência de desídia estratégica da FAB…
Vai desativar o AMX e agora CORRE para achar um substituto pois está CLARO que não há mais TEMPO para produzir aeronaves GRIPEN para substituir F-5 e AMX em tempo hábil ANTES que as venerandas aeronaves caiam dos céus por absoluta EXAUSTÃO ESTRUTURAL…
F-16, Tejas ou M-346 ???
Qualquer que seja a ALTERNATIVA é uma vergonha alheia COLOSSAL da FAB operar qualquer opção ESTRANGEIRA, quando o país tem propriedade compartilhada (golden share) da terceira maior empresa de construção de aeronaves do PLANETA!!
Fruto podre da incompetência compartilhada do Governo Federal e da FAB.
A realidade atual é CLARA e inevitável a curva inexorável da RETIRADA das aeronaves da frota F-5 e AMX, a produção e entrega (a passo de jabuti) do Gripen E e a elusiva produção do Gripen F (ninguém sabe e ninguém viu pois o ÚNICO existente tá la na SUÉCIA) e as previsíveis video cacetadas da escoçha vindouro do substituto do AMX…
Deixa claro que o número total de aeronaves de caça ATIVAS E OPERACIONAIS da FAB na próxima DÉCADA até pelo menos 2035 vai ser uma novela VEXATÓRIA digna da LUFFTWAFE alemã…
A frota vai diminuir a níveis CRÍTICOS até começar a recuperar…
E pensar que o MISERÁVEL lote inicial do GRIPEN era apenas para substituir os Mirage III BR originais e TODAS as 36 aeronaves DEVERIAM operar SOMENTE EM ANÁPOLIS!!!
A FAB tem uma BANCA de profissionalismo e eficiência operacional que na realidade OBJETIVA simplesmente não se encontra respaldo FÁTICO…
Nossa grande sorte enquanto país que nesses 30 anos nunca precisamos DE FATO da FAB do ponto de uma necessidade de GUERRA ou CONFLITO de verdade….
Mas não existe lacuna em relação ao A1. O Gripen é multipropósito usado em operações ar-ar, ar-mar e ar-solo (ataque ao solo com bombas inteligentes guiadas a laser – o DAN tem matéria sobre isso “Gripen e seu sistema de armamento”) tanto que existe um infográfico que mostra opções desse tipo de arma para o avião. Aliás, em algum momento o Gripen terá que demonstrar suas capacidades anti-navio – o DAN também menciona armas anti navio do Gripen na matéria mencionada: o canhão – com as fragatas Tamandaré e em operações aéreas com o Atlântico, incluindo comunicação criptografada com o navio e com os sistemas antiaéreo do Exército (e da própria FAB). Do ponto de vista econômico essa suposta aquisição de caça tampão teoricamente se justificaria: digo teórico porque o país arrecada muito e usa errado.
Quanto a venda do cargueiro para a Suécia: demorou!
Embora o Gripen seja uma plataforma multipropósito com capacidade de executar missões ar-ar, ar-solo e ar-mar, isso não elimina a necessidade de aeronaves especializadas para algumas operações. A questão não é simplesmente a versatilidade do Gripen, mas sim se ele consegue preencher todas as lacunas deixadas por aeronaves como o A-1M em termos de carga bélica, autonomia e eficácia em determinadas missões específicas. Vale lembrar que, mesmo com a integração de armamentos modernos, como mísseis antinavio e bombas guiadas a laser, a FAB ainda está em processo de absorção e certificação dessas tecnologias.
Apesar de o Gripen ter um custo de operação mais baixo que o de outras aeronaves de quarta geração, como o F-16, ele ainda representa um aumento significativo de custos em comparação ao A-1M. Além disso, a formação de pilotos, mecânicos e a adaptação de toda a infraestrutura da FAB para operar com o Gripen está em andamento, mas longe de ser concluída. A aquisição de um caça-tampão, portanto, não sugere que o Gripen seja incapaz de cumprir suas funções, mas sim que a força aérea precisa de uma solução de curto prazo até que a frota do Gripen esteja completamente operacional e integrada ao sistema de defesa brasileiro.
Ademais, é importante considerar a questão do tempo. A entrega completa das 36 unidades do Gripen está prevista para 2027/2030, o que cria uma lacuna operacional considerável, especialmente se considerarmos a possível baixa de aeronaves como o A-1M ou o F-5EM. A venda ou desativação de algumas dessas aeronaves pode reduzir drasticamente a capacidade de interdição e defesa aérea da FAB, justificando a necessidade de um caça adicional ou a manutenção prolongada das plataformas existentes.
No que diz respeito às operações conjuntas com as fragatas Tamandaré e o Atlântico, embora o Gripen possa se comunicar e operar em sincronia com os sistemas de ambas as embarcações, isso depende da integração de mísseis e sistemas de navegação que ainda estão em fase de testes. Por exemplo, o míssil antinavio RBS15 ainda não foi certificado para uso pelo Gripen no Brasil, e sua utilização depende de avaliações técnicas e operacionais que podem levar anos. Isso significa que, por mais que o Gripen tenha potencial para desempenhar missões antinavio no futuro, atualmente ele não substitui a necessidade de aeronaves dedicadas que já possuem experiência comprovada nesse tipo de operação.
Por fim, quanto à questão da venda do cargueiro KC-390 para a Suécia, é importante lembrar que esse tipo de negociação envolve mais do que apenas o interesse de compra. A aprovação para operar em território europeu depende de uma série de requisitos técnicos e estratégicos que vão além das capacidades do avião em si. A aquisição do KC-390 por países europeus poderia consolidar o Brasil como um fornecedor relevante no mercado de cargueiros táticos, mas ainda é cedo para afirmar que essa venda está consolidada. Enquanto isso, a FAB precisa equilibrar suas prioridades de defesa e logística com a adaptação do Gripen e a possível aquisição de caças tampão para manter a prontidão operacional necessária.
Portanto, embora o Gripen seja um caça extremamente capaz, o contexto atual da FAB e a própria integração de novas tecnologias justificam a discussão sobre a necessidade de aeronaves complementares. Não se trata de questionar a competência do Gripen, mas sim de reconhecer que sua implementação completa ainda levará alguns anos, e, até lá, a Força Aérea precisa manter sua eficácia operacional com soluções pragmáticas e financeiramente viáveis.
A única coisa que obriga a FAB a comprar outro tipo de caça é o preço do Gripen E/F , e a capacidade de carga do.Gripen não é inferior a do AMX.
Não camarada, o tempo obriga pois não há como produzir e pagar a quantidade necessária de Gripen E para substituir ambas as aeronaves antigas (F-5 e AMX) antes das suas baixas de serviço!
Você sabe muito bem que a liberação da grana não é da FAB. Custa colocar alguma responsabilidade no governo atual? O que não falta e falas, cortes e mais cortes do orçamento destinados às forças e você coloca a culpa, não que ela seja totalmente inocente devido a tamanha incompetência, mas a maior culpa é, sem dúvidas, do governo.
Custa O MESMO que poderia se cobrar do governo anterior que não cumpriu o contrato original do Programa e ainda impôs um novo cronograma fake de comprador de ma fé que concentrou as entregas de mais da metade do lote inicial das aeronaves (22 unidades, dois lotes de 11) em 2026/27 de uma compra anunciada em dezembro de 2013!!!