No dia 04 de setembro de 2014, um grupo de técnico das empresas SAAB e EMBRAER visitou o Navio-Aeródromo São Paulo, com o propósito de verificar “in loco” e discutir, com a equipe do Navio e da Diretoria de Aeronáutica da Marinha (DAerM), detalhes técnicos, sob a ótica da execução do projeto de modificações necessárias para a adaptação da aeronave Gripen à operação embarcada.
Os dados técnicos colhidos serão analisados e aplicados nos modelos préexistentes da aeronave GRIPEN, de forma que no futuro próximo a SAAB possa apresentar à Marinha do Brasil (MB) suas conclusões, confirmando ou não, a possibilidade de que uma versão naval da eronave possa operar, com segurança, a bordo do NAe São Paulo.
No dia 05 de setembro de 2014 a comitiva foi recebida pelo Diretor de Aeronáutica da Marinha, Contra-Almirante Carlos Frederico Carneiro Primo, que ressaltou a importância do Projeto F–X2, uma vez que representa um incremento significativo na Segurança Nacional; para a transferência de tecnologia, por meio de um acordo de compensação completo; para o fomento da cadeia produtiva e aumento da autonomia do País na área de Defesa; e representa uma importante oportunidade de gerar novos negócios no Brasil e no exterior.
Comentou ainda que o desenvolvimento (projeto de engenharia) de uma versão naval da aeronave Gripen (Sea Gripen) representaria o coroamento de um longo processo de transferência de tecnologia, confirmando a capacitação da Indústria de Defesa Nacional.
Ao final o Diretor da SAAB no Brasil, Sr. Andrew Wilkinson, agradeceu a oportunidade de trabalhar com a MB, manifestando um grande entusiasmo pelo Projeto.
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O negócio é deixar o NAeSP pronto logo e apressar a modernização dos AF-1 e operar com essa dupla até o máximo de tempo possível, para não perder a doutrina e paralelamente nesse tempo que ainda teremos de operação de porta aviões com o São Paulo na ativa (mais ou menos dez anos) fazer das tripas o coração para adquirir um novo porta aviões e uma nova esquadrilha aérea aí sim com 24 Sea Gripens novos, caso contrário quando a dupla A-12 e AF-1 se aposentar teremos um gap na aviação naval embarcada difícil de ser revertido.
Topol, o NAe São Paulo só retornará daqui à 3 anos e meio. Vale ressaltar que voltará tinindo, com tudo o que está ruim sendo trocado por novo (ex: Índia e China), e com uma suite eletrônica no estado da arte, capacitando o mesmo a operar até inicialmente 2028.
O periodo previsto é de 5 anos. está no edital.
Então tem uma gordurinha para o caso da grana não sair.
E aquele estudo/projeto que os ingleses estavam fazendo para um sea gripen? Algo mais foi feito? Será que os resultados não animaram a nossa marinha, a ponto de estarem discutindo a real possibilidade de um sea gripen em um prazo menor que antes projetado?
Acredito que eles estejam usando esse argumento para nos convencer a adquirir esse projeto e exclusividade no desenvolvimento do dito cujo…
O NAeSP tem 50 anos e após mais esta grande manutenção deverá continuar
em serviço por outros 10 anos até 2028/2029 quando então terá 65 anos pelo menos
e terá que passar por manutenções” menores ” depois também.
Há limites para um navio de tal complexidade e tamanho, ao contrário do, Monitor
Parnaíba que está aproximando-se dos 80 anos e é ainda muito útil.
Não há “reforma” possível que o faça operar depois disso…o NAeSP será o NAe em
comissão por mais tempo na História seguido pelo indiano Viraat que deverá dar baixa
com 58 anos.
Um porta aviões pode operar por muuuito tempo se tiver manutenção fisica. A parte eletronica pode ser toda trocada. O problema do São Paulo é que nunca recebeu uma modernização pra valer desde que chegou ao Brasil. Só algumas reformass pontuais em sistemas isolados.
Com uma reforma pra valer e com Gripen NG com misseis ar-mar, EC 725 lançador de exocets e com o seahawk a bordo desse navio, ele vai ser simplesmente mais forte que qualquer frota inteira de outra marinha sul americana. E com 24 gripens ele consegue enfrentar de igual para igual qualquer das forças aereaa mais fortes do continente, inclusive a chilena e a venezuelana.
É projeção de poder pra valer, coisa com uma marinha só com fragatas e corvetas nunca vai fazer. Perante uma força aeronaval, qualquer força só de superficie vai ficar com o guarda chuva curto demais. Um missil mar-mar ataca no máximo a 200/300 km, uma caça embarcado pode facilmente voar 500/600 km e então lançar um missil a 200 km. Isso ignifica que a frota de superficie não vai nem lançar seus misseis anti-navio antes de ir dormir com os peixes. O máximo que vai poder fazer é tentar se defender do ataque lançando seus misseis anti aereos. Com um ESSM por exemplo, o avião atacante não vai nem entrar no envelope do missil. E com uma ataque multiplo existe uma grande chance da defesa falhar. De modo que a força proporcionada por uma força aeronaval é incomparável, derrrotando qualquer força somente de superficie. A marinha deve saber muito bem disso, e é por essa causa que os almirantes insistem tanto em manter um porta aviões apesar de tantas criticas. Eu apoio inclusive apoio, que se for necessario, se mande algumas corvetas para a aposentadoria para manter os planos do PRONAE em marcha. Essas corvetas antigas não aguentariam um dia numa guerra aeronaval. Já uma porta aviões pode fazer a diferença.
A MB poderia incluir no provavel pacote de financiamento do Sea Gripen a reforma geral do São Paulo. Assim só começaria a pagar o conjunto lá pra 2025, quando o PROSUB vai para de comer as verbas da Marinha.
Ja li entrevista de um membro da Marinha onde ele disse que antes de pensar em novo avião,tem que se pensar em um Porta aviões novo.
Ta feia a situação da Marinha e o pior é que os políticos simplesmente não dão importancia para as forças armadas, para a maioria deles a Marinha do Brasil é apenas um problema e uma encheção de saco sem serventia.
Se continuar assim, como já foi dito pelo amigo acima, a força de superfície vai desaparecer, o único jeito dos políticos prestarem mais atenção nas forças armadas seria uma ameaça direta de outra nação, o que ninguém deseja e não seria vantagem nenhuma para nós ou a volta de um governo militar nesse país para endireitar um pouco essa baderna que está hoje.
Tem mais uma solução,
Se a DCNS, a Ficantieri, a Navantia e a SAAB oferecer um malote de dinheiro bem grande, tipo uns 30% do valor total do contrato (cobrado a mais é claro) para dividir entre os nossos queridos deputados, ministros, etc…aposto que aprovam rapidinho a construção de um porta aviões novo, 24 Sea Gripens e mais oito fragatas de 5000 ton, Apoio Logístico, LHD e o que mais precisar…colocam até comercial na Globo falando da importância da Marinha (para convencer a opinião pública e ninguém reclamar). rsrsrs
INFELIZMENTE é assim que funciona.
Eu já disse aqui e em outros sítios de defesa: Sou contra o PRONAE, o PRONANF e PROSUPER. Sou favorável à conversão dos recursos que seriam destinados a estes três programas ao PROSUB, aumentar a quantidade de submarinos previstas de 26 ( 26 = 15 Scórpene BR + 6 Submarinos nucleares + 5 IKL ), para 52. Sim, 40 scórpenes Br, e 16 submarinos nucleares. Ai sim, a Marinha do Brasil terá condições de fazer valer a letra da Estratégia Nacional de Defesa que prioriza a negação do mar à forças hostis. Todas as grandes Marinhas, das duas grandes potências militares dos Brics, como a Russa e Chinesa priorizam para suas armadas impecáveis forças de submarinos, apenas a indiana que é mista e clássica, por que nós devemos tentar fazer diferente? O Scòrpene Brasileiro é propriedade nacional e será 100% construído e aperfeiçoado aqui de uma forma que nos dará conhecimento técnico para desenvolvermos uma classe até mais avançada da já moderna embarcação. E o mesmo acontecerá com os Submarinos nucleares. Ter quarenta Scorpenes é ter pelo menos 13 sempre em patrulha no mar e com 12 nucleares, serão no mínimo sempre 4 em patrulhas de longo alcance. Com o conhecimento obtido pelo Gripen, desenvolvemos um veículo aéreo não tripulado furtivo de longo alcance que juntamente com os satélites de geoestacionário, farão o patrulhamento aéreo e marítimo e o reconhecimento, coletando dados e repassando às embarcações superficies patrulheiras para as mesmas aboradarem as embarcações suspeitas e quando não der certo, deixar tudo com o submarino mais próximo do setor.
Dudu,
Submarinos são elementos de negação do uso do mar, e não de domínio do mar propriamente…
UAVs realmente pode prover vigilância, mas há problemas inerentes a transmissão de dados. Não é sempre que haverão as condições para ocorrer uma transmissão perfeita das informações coletadas para os submarinos. Afinal de contas, quanto mais fundo, mais difícil receber uma transmissão…
Um outro problema, é que um submarino não é capaz de defender e manter vigilância do espaço aéreo a sua volta. Existe a necessidade de uma força de superfície competente para exercer o domínio do oceano e, principalmente, do espaço aéreo acima dele, com capacidade de combater no ar além do alcance dos meios baseados no continente.
Pode até se argumentar que a aviação baseada em solo pode suprir algumas necessidades, mas isso é uma verdade somente até a distâncias próximas do continente. O fato é que ela pode ter um tempo de reação muito longo para ser efetiva em uma situação muito distante da costa.
Outro ponto: o Brasil possui posses territoriais distantes da costa para serem defendidas. Por tanto, necessita de capacidade anfíbia plena. E isso somente navios NDDs e NDCCs, além de transportes, podem proporcionar, meios esses que também necessitam de alguma forma de escolta…
Quanto ao Sea Gripen operar no A-12:
Até onde eu sei, não há impedimento nenhum de um futuro Sea Gripen operar no A-12. O Gripen NG tem peso total de decolagem de 16.5 toneladas. Uma versão Sea Gripen não deve ser muito mais pesada do que isto. Os elevadores do A-12 tem capacidade para até 20 ton. e o menor deles tem dimensões de 16m X 11m, oque já seria suficiente para o Gripen. tanto as catapultas quanto os cabos de parada tem capacidade para aeronaves de até 20 ton. Portanto não há impedimento nenhum para que um futuro sea Gripen opere no A-12.
Quanto ao A-12:
O A-12 irá entrar em PMG e sofrerá também alguma modernização, principalmente nos geradores. O periodo previsto, sem atrasos é de 5 anos a contar a partir de 2015.
Como não há verbas nem para manter as Inhauma em serviço, eu duvido que o A-12 saia deste PMG. Possivelmente estaremos vendo em 2015 a sua real aposentadoria. Ao entrar em PMG e com as verbas insuficientes, em 3 ou 4 anos, com os atrasos ele deve ser aposentado por impossibilidade de terminar o PMG. Nem pessoal qualificado para esta tarefa nós temos. A marinha esta buscando no exterior quem possa fazer este PMG, ou pelo auxiliar a MB nesta tarefa. Tem matérias a respeito aqui no site.
A realidade:
O A-12 não irá operar o Sea Gripen. O A-12 deve ser aposentado por impossibilidade financeira da MB em fazer o PMG a que deve ser submetido. O PMG tem um periodo previsto de 5 anos a contar a partir de 2015. Obviamente que terá atrasos e se levarmos em conta a situação das Inhauma, se tudo der certo, o A-12 pode voltar ao serviço em uns 8 anos no mínimo!
Minha opnião:
Eu pessoalmente torço pela retirada de serviço do A-12. Não temos condições financeiras de operar um NAe. Eu sou contra o aumento de verbas para as Forças Armadas. As verbas já são condizentes com nossa posição na economia mundial. A questão é que as verbas são mal gastas, com forças inchadas, com excesso de pessoal. Outros países com orçamentos semelhantes (não estou falando das verbas destinadas ao pagamento de inativos, estou falando do orçamento que de fato vai para as forças armadas) fazem muito mais e melhor. Basta uma pesquisa sobre orçamentos militares para confirmar oque digo.
A MB precisa decidir se quer uma frota de superficie ou uma frota de subs. Os dois não dá. Pelo que foi decidido até agora, a frota de superficie deve mesmo perder boa parte dos seus meios por falta de verbas e obsolescencia.
ZorannGCC,
Me permita uma intervenção.
Não creio que se possa comparar as necessidades brasileiras e da MB com outros. O Brasil é um país com suas próprias peculiaridades, e que demandam um trato diferente…
Simplificando o que quero dizer, cada país vive uma realidade de acordo com suas necessidades específicas, necessidades essas que são definidas basicamente por sua geografia, política externa e recursos específicos a serem protegidos…
Por tanto, não se pode simplesmente pegar qualquer país ou qualquer FA e utiliza-la como parâmetro para julgar as brasileiras.
Uma marinha de fato tem que ser capaz de se desempenhar em todo o espectro da guerra naval; isto é, deve ser capaz de operar na superfície do mar, abaixo, e acima… Por tanto, não escolha a ser feita nesse parâmetro. Os equipamentos devem ser adquiridos e ponto… Contudo, se não houver como ter tudo, ha de se ter prioridade. E nesse ponto, a Marinha pensou certo. Começou com a preservação de sua capacidade de negar o mar ( submarinos ), para somente então partir para o controle da superfície e projeção de força.
E por fim, diante de tudo o que se observa em outras marinhas por aí, não há nada que possa ser considerado como “desesperador”… Basta uma leitura breve do que está ocorrendo em outras marinhas por aí para se entender o que eu digo ( até mesmo algumas de porte médio )… Enfim… Em verdade, mesmo com tudo o que está acontecendo, a MB pode ser considerada hoje a marinha em melhores condições ao sul dos EUA…
Bem, ao menos estão avaliando a possibilidade de adaptar o caça para uso embarcado. Sinceramente tinha receio de que isto não ocorresse, mas já que estas avaliações estão iniciando, creio que seria interessante a partir de agora levantar algumas questões quanto ao que pode ou não ser feito no Gripen para que atenda a estas especificações singulares.
Então, o que é necessário para adaptar o Gripen?
– É um monomotor, e não creio que deixe de ser mesmo embarcado. Por princípio determinará a quantidade de armamento e alcance da aeronave, mesmo se levarmos em conta que o NG terá modificações que possibilitam maior raio de ação. Valeria a opção de dotar o modelo com duas turbinas?
– A turbina atualmente adotada (Volvo ou GE) tem potência suficiente para permitir adequada operação embarcada, ou deveria passar por algum tipo de modificação (a GE tem cerca de 9.900kgf) já que haverá, fatalmente, aumento de peso da aeronave (o modelo atual tem cerca de 7.000 kg)?
– Para atender alguns critérios da FAB sobre desempenho, o Brigadeiro Saito afirmou em entrevista a Comissão de Relações Exteriores do Senado que este sofreria algumas alterações para aumentar o volume de combustível transportado. Seriam necessárias quais outras modificações para a operação pela MB?
– Modelos de aeronaves embarcadas tendem a ser mais pesadas do que seus homólogos operados em bases terrestres. Em média, quanto se perde em potência, autonomia, capacidade de carga e manobrabilidade quando se adaptam modelos que não foram originalmente desenvolvidos para operações embarcadas?
– O Gripen pode tornar-se uma aeronave cara de operação embarcada (frente a suas capacidades), já que há grande possibilidade de seremos os únicos a operá-lo neste modelo e mesmo considerando a possível aquisição de dois porta-aviões pela MB?
– Que tipo de vantagem o Brasil pode obter no desenvolvimento deste modelo? Vai ser “co-proprietário” dos direitos sobre o novo modelo? Pode ter direito a algum tipo de vantagem/benefício comercial/estratégico nessa provável associação com a SAAB?
– Como se dará o financiamento desta nova versão? Como serão (ou deverão ser) distribuídos os custos?
– Qual (is) o(s) possível(is) benefício(s) técnico(s) que o Brasil poderá tirar desta experiência, sendo ela bem sucedida ou não?
– O modelo NG, alegadamente, terá ao menos 6.000 kg de capacidade de carga. Quanto disso pode ser trocado por reforço na nova estrutura e ainda manter um bom nível de capacidade de carga?
– Se viabilizado o projeto, a MB também deveria levar em consideração a adoção de um modelo de aeronave AWACS?
– O Gripen pode ser considerado a melhor opção no momento para a aviação de caça da MB, ou existem alternativas mais vantajosas/adequadas neste momento e que podem ser adotadas?
– O Gripen pode ser considerado um bom vetor para equipamentos pesados como, por exemplo, um míssil de poder equivalente a um AM-39 ou AGM-84 (para ficar apenas nos adotados atualmente pela MB)? Ou necessitaremos de armamento mais pesado no futuro?
São questionamentos que acho válidos e necessários neste caso. Estamos falando da construção de uma força naval de tamanho considerável e que não poderá ficar a mercê de projetos que, eventualmente, possam comprometer a ação da esquadra no cumprimento de suas obrigações.
Se algum dado apresentado acima estiver incorreto sintam-se a vontade para corrigi-los.
Abs
Roberto, parabéns, muito bom o seu questionamento.
Apenas não vejo sentido em uma única pergunta (no fim do tópico que transcrevo):
“É um monomotor, e não creio que deixe de ser mesmo embarcado. Por princípio determinará a quantidade de armamento e alcance da aeronave, mesmo se levarmos em conta que o NG terá modificações que possibilitam maior raio de ação. Valeria a opção de dotar o modelo com duas turbinas?”
O A4 é monomotor e até hoje serve a MB. Além do quê, adaptar outro turborreator no Gripen iria descaracterizá-lo completamente (massa, dimensões, capacidades etc.). Seria uma aeronave nova. Onde se colocaria tanto combustível para alimentar os dois motores? Acho que não dá, mesmo que venha a baila a vantagem da redundância.
Olá FRL
Obrigado pelas observações.
Sobre o questionamento em que você não vê muito sentido: foi proposital. Realmente é difícil conceber que a SAAB vá desenvolver um novo projeto do Gripen com duas turbinas e todo o custo do projeto, mas o objetivo aqui é fomentar algum debate ou discussão baseado em algumas noções que muitos apoiam de que o ideal para a aviação embarcada é uma aeronave com dois motores, e a partir daí, talvez, incluir no debate a própria embarcação (atual e futuras). Não consigo idealizar o debate do que seria o Sea Gripen sem falar também do porta-aviões, como aliás fez o ZoranGCC mais abaixo.
O problema é a capacidade do A-12 em operar aeronaves maiores. Não existe aeronave naval nenhuma em produção capaz de operar no A-12. Todas excedem em dimensões e peso máximo as capacidades do A-12.
O Rafale não pode operar full (ou leva armas ou combustivel, com os dois ele excede a capacidade da catapulta e aprelho de parada). O Super Hornet nem cabe nos elevadores.
Somente um caça pequeno pode operar no A-12. O único viável? Sea Gripen. O Gripen C/D já possui capacidade de operar em pistas não preparadas e em estradas, oque já requer uma extrutura e trem de pouso mais reforçados. Portanto, o peso da aeronave não deve mudar muito com as alterações necessárias para operar num NAe.
Olá ZoranGCC
“Não existe aeronave naval nenhuma em produção capaz de operar no A-12. ”
Esta também é uma preocupação minha. Como você afirma em comentário mais abaixo, o tempo de disponibilidade operacional do A-12 pode ser muito limitado. Então creio que seja válido questionarmos se o nosso porta-aviões pode ser a melhor plataforma para desenvolvimento desta nova versão do Gripen. O problema aqui é que, obrigatoriamente devemos levar em conta também as características dos futuros porta-aviões pois estes terão o dobro da capacidade do atual.
A versão Sea Gripen, de acordo com o apresentado em post aqui no DAN, sugere que as modificações devem ser mínimas para uso do Gripen em porta-aviões. Porem temos que considerar que o Gripen, dentro de sua categoria, está longe de ter destaque no ítem peso de carga transportada. Qualquer modificação na estrutura da aeronave deverá implicar em algum ganho de peso na aeronave, que por sua vez irá diminuir o peso de carga transportada.
Outro ponto importante, ainda relativo a carga, é o volume de aeronaves necessário para que a MB possa realizar suas missões. Com um Gripen com capacidade de carga degradada podemos ter uma situação em que o número de aeronaves necessárias tenda a ser maior. Então teremos um vetor de grande capacidade tecnológica, mas que deve ser utilizado em grande número quando está em missão. Isto implica em aumento dos custos de aquisição (compra de mais aeronaves); aumento no custo de operação geral do equipamento; aumento no número de tripulações necessárias para operação do vetor; aumento no número de aeronaves mantidas como reserva. E nada disso sai barato.
Ai entra a questão: vale mais modificar um vetor leve como o Gripen que será testado em um porta-aviões limitado como o A-12, ou a MB deveria pensar em adquirir vetores maiores já pensando nos futuros porta-aviões (mesmo que sejam sub-utilizados no A-12)? Eu espero que a MB tenha levantado estas questões quando fizeram a afirmação de que adotariam o mesmo vetor que fosse escolhido no programa FX-2.
Sinceramente eu não acho o Sea Gripen uma má escolha. Muito pelo contrário.
A Marinha Francesa operou o Super Étendard durante muito tempo no A-12 e ainda o opera (se não me engano) no Charles De Gaulle. São aeronaves de carga paga semelhante. Quanto aos armamentos, não existe aeronave mais capaz que o Gripen. Nenhuma aeronave tem tamanha quantidade de armas integradas como ele. O Gripen pode operar com praticamente todos os principais armamentos americanos e europeus. Ninguém faz isto.
Quanto ao A-12, se ele sair deste PMG, estamos falando de sua substituição para daqui a mais de 20 anos! É muito tempo! Os A-4 serão retirados de serviço em uma década. Não faz sentido fazer um PMG de no minimo 5 anos, para opera-lo por apenas 5 anos! Fora que com o PMG, agora a MB vai realmente gastar verbas com o A-12, pois oque foi gasto até agora desde sua incorporação foi ninharia. Como tudo atrasa, o pronae também deve atrasar. Não espere um novo Nae para antes de 2030/2035. Com tudo isto, um substituto para os A-4 será necessário.
Eu sou a favor da padronização da frota de aeronaves da FAB e da Marinha. Mais um motivo para se escolher o Sea Gripen.
Quanto a sua autonomia, O Gripen NG possui praticamente a mesma autonomia do Rafale e sendo um pouco menor que a do Super Hornet. Portanto, este também não é um problema. Tanto não é problema que a FAB irá manter as 36 aeronaves em Anápolis, no centro do país, formando 2 esquadrões por tempo indeterminado. Parece que o Pampa será o primeiro esquadrão a deixar de operar o F-5EM, já que parte de seus pilotos fará treinamento em Anápolis nos Gripen C/D Tampão.
Eu pessoalmente creio que não precisamos de NAes. Mas talvez a solução mais interessante fosse desenvolver uma classe de navios de multi-propósito do porte do Mistral, ou derivado deste, que fossem capazes de operar aeronaves (no caso o Sea Gripen) de asa fixa. Como a MB pretende adquirir 2 novos Naes e 2 navios de desembarque/multi-proposito, poderiam adquirir logo 4 desses navios e usa-los para ambas as funções. Seria interessante, pois em caso de necessidade, poderiamos contar até com 4 porta aviões. Mas isto, obviamente é só sonho.
Que boa oportunidade. Desativa as catapultas, coloca uma rampa sky jump de 12 graus, e, da noite pro dia teriamos um nae operando. Claro se ele pegar no tranco.
A Marinha está com a maior urgencia de reaparelhamento, agora que a FAB parece que já conseguiu se adiantar, porém o PROSUB está consumindo e continuará consumindo quase toda a verba disponível pelos próximos dez anos, deixando a Marinha de mãos atadas, junte-se a isso as decisões questionáveis do almirantado o resultado será um enfraquecimento ainda maior da esquadra em um futuro próximo.
A saída seria aumentar o repasse de dinheiro especificamente para a Marinha até deslanchar os projetos parados pois só com o dinheiro atual ela não irá conseguir atender todos os projetos em tempo útil.
Será que é viável um GRIPEN naval com essa incerteza todo que ronda o A12 depois a MB vai construir outro porta aviões com que recursos. Com o submarino nuclear comendo uma boa parte do orçamento que já é pouco alguém acha que vamos ter outro navio aeródromo no livro Branco da defesa lá só cita que temos que ter duas frotas, 2 porta aviões , escoltas de 5000 t , mistral só não fala de vem o dinheiro pra construir isso tudo.
Gostaria que os amigos explicassem a possibilidade do Sea Gripen operar no NAe São Paulo. Quais mudanças na aeronave, e se com as mudanças teria tempo para operar no São Paulo antes da baixa.