A Saab, empresa de defesa e segurança, adquiriu mais 10% das ações da Akaer, uma das maiores empresas brasileiras no desenvolvimento de projetos aeronáuticos, atingindo 25% de participação. Juntamente com a expansão da parceria Saab-Akaer, a Akaer adquire os ativos da Divisão de Espaço e Defesa (E&D) da empresa brasileira de optrônicos Opto Eletrônica S.A.
A Saab e a Akaer são parceiras desde 2008, quando a empresa brasileira foi contratada pela Saab para desenvolver peças para a fuselagem do caça Gripen NG – mesmo antes que a Saab fosse selecionada para as negociações para reequipar a Força Aérea Brasileira. O investimento da Saab na Akaer começou em maio de 2012, quando a Saab fez um empréstimo conversível em ações, com uma contribuição de recursos equivalente a 15% da Akaer. A participação da Saab na empresa foi ampliada para 25%, e a Akaer permanece independente, além de controlada e administrada pelo fundador e gestor brasileiro. Desde 2012, a Saab faz parte do Conselho Consultivo da Akaer.
“Nossa parceria com a Akaer é de longo prazo e, por meio do intercâmbio de conhecimento, queremos ampliar nossa cooperação. A parceria traz benefícios mútuos e nos permite dar mais um passo no programa de transferência de tecnologia e no desenvolvimento da indústria de defesa brasileira. Viemos ao Brasil para ficar e isso também significa apoiar nossos parceiros”, diz Ulf Nilsson, chefe da área de negócios de Aeronáutica na Saab.
A partir do investimento da Saab na empresa, a Akaer adquiriu ativos da Divisão de Espaço e Defesa (E&D) da Opto Eletrônica S.A, que passa a se chamar OPTO Space & Defense. Com mais de 30 anos, a empresa brasileira de optrônicos obteve o status de Empresa Estratégica de Defesa (EED), em 2013.
O objetivo da Akaer é garantir que as tecnologias optrônicas desenvolvidas pela OPTO ao longo de décadas sejam mantidas sob o domínio de uma Empresa Estratégica de Defesa (EED), para que possam ser utilizadas nos programas nacionais de espaço e defesa nos próximos anos.
Para garantir a continuidade destas capacidades, a OPTO Space & Defense, que estava em recuperação judicial, manterá todos os seus funcionários e operações no mesmo local, na cidade de São Carlos (SP), polo de optrônica no Brasil. Além disso, a Akaer ampliará o acesso desta divisão a mercados internacionais e desenvolverá produtos de aplicação dual, para que a mesma se mantenha sustentável financeiramente e para que possa expandir suas tecnologias.
“O investimento faz parte da nossa estratégia de crescimento e diversificação, e está alinhado com os interesses de defesa nacionais”, disse Cesar Augusto T. Andrade e Silva, presidente e CEO da Akaer.
“Fico muito contente com a demonstração de coragem e visão da Akaer, que soube enxergar o valor das tecnologias e capacidades desenvolvidas pela OPTO. Nossa equipe está ansiosa para dar início a esta nova fase junto à Akaer e à Saab”, disse Mario Stefani, sócio e fundador da OPTO.
FONTE: MSLGROUP Publicis Consultants
Ficou bem claro na matéria de que a aquisição de 10% das ações da Akaer foi uma iniciativa da própria Akaer para conseguir fundos para compra da divisão de Defesa & Espaço da Opto Eletrônica S.A. – a única empresa de optrônica do país -, sediada em São Carlos e que estava em vias de falir. Vejo esta aquisição com bons olhos, tendo em vista que a Akaer abriu mão de 10% de suas ações (o controle ainda é brasileiro) para salvar uma importantíssima empresa do setor de defesa.
Essa tal de EDN meu caro Ricardo Silva, não passa de conversa fiada para Inglês ver.
Ou seja , aquilo que os políticos Brasileiros fazem e muito bem por sinal; perdemos o controle de inúmeras empresas nacionais, e agora estamos caminhando para perde mais uma.
Daqui a pouco não haverá capacidade industrial fabril bélica no Brasil,.
E seremos como sempre, meros importadores de tecnologias sensíveis ao invés de fabricantes e desenvolvedores.
Desde os tempos imemoriais , aqueles que não dominavam a tecnologia eram sub julgados por nações que a dominavam; vide exemplo da corrida para domínio da fabricação de aço na era do Bronze.
Mesmo havendo inúmeros casos como esses na história , para nos ensinar e alerta; os dementados tomadores de decisões no Brasil não aprendem a lição.
E para piorar o que já é ruim o bastante, ainda há parcelas da sociedade que apoia essa atrocidade contra o país .
Como sempre digo, o Brasil gostou tanto da era colonial que está sempre em busca de nova colônia opressora, só que dessa vez ele quer várias e não somente uma.
Uma vez colônia de exploração, sempre assim o será!
Foxtrot, neste caso específico, a empresa nacional está recebendo muito conhecimento para poder realizar o que lhe confere dentro do programa, ou seja, a Saab está investindo em uma empresa a qual ela está ajudando a crescer no Brasil.
Hunnn…
Esses caras vão entrando devagarinho e daqui a pouco compram 100% da empresa levando com eles nossa capacidade tecnológica e virando compradores em vez de vendedores, espelho que esse (EED) proteja mesmo nossas empresas e nosso domínio tecnológico no ramo de defesa.