Por Craig Hoyle
A Saab entregará seis caças Gripen E para o Brasil e para a Suécia este ano, já que a fabricante também busca oportunidades adicionais de exportação para o tipo de nova geração.
Quatro aeronaves de produção em série serão transferidas para a Força Aérea Brasileira durante 2021, junto com duas para a Administração de Materiais de Defesa da Suécia, diz Jonas Hjelm, chefe da área de negócios aeronáuticos da Saab.
“Estamos seguindo os prazos que estabelecemos em conjunto com nossos clientes”, diz ele, acrescentando que isso demonstra que “temos um produto maduro e desenvolvido”.
Até agora, a Saab entregou exemplares do caça com motor GE Aviation F414 para apoiar as atividades de avaliação das forças aéreas do Brasil e da Suécia, que entre elas têm encomendas de 96 exemplares.
Falando durante o seminário anual do Gripen online da empresa em 8 de junho, Hjelm disse que ela também está no meio de um processo para garantir a certificação de tipo militar para o modelo E. “Este é um ponto muito importante para entregarmos o sistema completo de armas”, acrescenta.
Respondendo a relatórios recentes sugerindo que o Brasil deve aumentar seu compromisso com o designado localmente F-39E / F, Hjelm observa que o país há muito declarou sua intenção de adquirir mais do que seu primeiro lote de 36 unidades.
“Eles não descreveram em comunicação oficial ou qualquer negociação quando isso pode acontecer”, diz ele. “Precisamos cumprir nosso primeiro contrato, para que a Força Aérea Brasileira fique com aeronaves operacionais, então é mais provável que iniciemos as discussões sobre o lote 2, ou mais aeronaves no futuro.”
Hjelm também detalhou a proposta da Saab de atender à exigência da Força Aérea Colombiana de 15 novos caças. A empresa está oferecendo o Gripen E / F, “combinado com um amplo pacote de transferência de tecnologia”, diz ele.
“Será uma ampla participação e colaboração industrial, e tanto a Saab Brasil quanto nossas empresas parceiras Embraer e AEL serão parte vital”, afirma. Bogotá está procurando um novo tipo para substituir seus Cessna A-37s e Kfir produzidos pela Israel Aircraft Industries.
A Saab no início deste ano marcou o 10.000º teste de vôo na história de seu programa Gripen. O piloto de testes Jussi Halmetoja disse que o trabalho recente no modelo E incluiu o início de uma segunda campanha de tiro com o míssil ar-ar de curto alcance Diehl Defense IRIS-T.
“Esperamos fazer o primeiro disparo do Meteor [MBDA] nos próximos meses”, acrescenta.
A Saab está aguardando o resultado da competição HX da Finlândia ainda este ano e também respondeu a pedidos relacionados às aquisições de caças planejadas no Canadá e na Índia, para 88 e mais de 100 aeronaves, respectivamente. Também está em “comunicação constante” com as Filipinas sobre os planos de aquisição de Manila, mas “não há negociações”, diz ele.
Enquanto isso, comentando sobre a recente decisão da Croácia de adquirir 12 Dassault Rafales ex-força aérea francesa, Hjelm diz: “É difícil competir com aeronaves usadas”.
Separadamente, a Saab está explorando opções de atualização futura para o Gripen modelo C / D operado pela Suécia e clientes internacionais na República Tcheca, Hungria, África do Sul e Tailândia.
“Estamos discutindo como vamos atualizar a aeronave para permanecer relevante ao longo do tempo”, disse Hjelm, observando que espera que a Força Aérea sueca continue operando alguns de seus exemplares atuais “muito depois de 2030”.
A Saab continua a vender novos Gripen C / D para clientes em potencial, oferecendo entregas dentro de um período potencial de 18 a 24 meses. Hjelm diz que a empresa ainda não identificou uma data para interromper a a produção do modelo em serviço. “Obviamente tudo que é bom tem fim, mas ainda não chegamos lá”, observa.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Flight Global
COLABOROU: Felipe Maia
A questão para mim é se a Saab vai realmente entregar estes seis primeiros caças independentemente da velocidade dos desembolsos do governo Brasileiro…
ME parece que se eu fosse da SAAB faria algum sentido em apostar no risco e entregar estas 6 aeronaves, dificultando de certo modo qualquer iniciativa dilatória do programa pelo governo brasileiro e verificar SÓ DEPOIS se o governo brasileiro não vai fazer (ou propor) que com o Gripen algo similar seja feito com o que se fez com o KC-390…
Acredite nesta cortina de fumaça de que a FAB quer (ou tenha apoio REAL deste governo) agora no meio desta crise para adquirir mais um segundo lote e totalizar uma frota de 70 Gripens, quem quiser ser ingênuo,…
Para mim isso só foi uma tática de RP da FAB para minimizar a realidade duríssima e postergar ao máximo as especulações que certamente atingiriam em seguida ao Programa Gripen após o pé no freio no KC-390…
A ser conferido em 2022…
Interessante a versão C ainda estarem produção.
O lance é, terminou o primeiro lote de 36 caças Gripen, já começar de imediato o segundo lote e depois o terceiro. O Brasil não tem uma boa marinha e nossos mares estão totalmente vulneráveis, nem mesmo um sistema de defesa antiaérea o Brasil possui, então precisamos dominar de vez o nosso espaço aéreo para podermos controlar e defender melhor os meios terrestres e navais.
Eu acredito que os números serão menores do que os 3 lotes falados no início. O comandante da aeronáutica falou em 60-70 no total.
Acho um bom número se for conjugado com o caça não tripulado da Embraer e o MICLA.