A empresa de defesa e segurança Saab escolheu a Atech Negócios em Tecnologia S/A, como parceira no programa brasileiro do Gripen NG. A parceria abrange simuladores, sistemas de treinamento e sistemas de apoio terrestre.
O acordo com a Atech é parte do compromisso da Saab em oferecer cooperação industrial no âmbito do programa brasileiro do Gripen NG, firmado entre a Saab e o Governo Brasileiro (Ministério da Defesa, por meio do Comando da Aeronáutica / COMAER), em outubro de 2014. A Atech realizará extenso treinamento em campo e intercâmbio de trabalhos no programa brasileiro do Gripen NG. Durante o mês de maio, uma equipe de engenheiros da Atech será enviada à Suécia para participar do treinamento inicial. As habilidades e competências adquiridas serão posteriormente transferidas para o Brasil.
“A Saab e a Atech celebram uma parceria para o desenvolvimento de simuladores, sistemas de treinamento e sistemas de apoio terrestre para o Gripen NG. Forneceremos transferência de tecnologia para a Atech nessas áreas e, agora, damos as boas-vindas à primeira equipe de engenheiros da Atech, que participará do treinamento para o desenvolvimento do Gripen”, disse Mikael Franzén, diretor do Programa Gripen Brasil na Saab.
“A Atech se orgulha em participar, junto com a Saab, do Programa Gripen NG. A Atech possui um sólido histórico no apoio à Força Aérea Brasileira, em programas de transferência de tecnologia. Nossa participação representa a consolidação da expertise da Atech em áreas como Planejamento de Missões e Sistemas de Simulação. Estamos prontos para unir forças com a Saab, trabalhando como uma equipe integrada e dando suporte à Força Aérea Brasileira em suas necessidades de longo prazo”, declarou Edson Carlos Mallaco, presidente e CEO da Atech.
FONTE: MSLGROUP
Topol,
Tu teve uma visão estratégica clara. Dispensa mais comentários a relação de acordos comerciais.
CM
Ô PSIT, me explica aí porque a Sueca SAAB escolhe a brasileira Atech para fazer os simuladores do Gripen BR e a EMBRAER me escolhe uma empresa alemã para fazer os simuladores do KC-390 ???
Pode isso Arnaldo da FAB ???
É diferente… a SAAB está tentando “cativar” o mercado brasileiro para amarrar o Brasil a efetuar novas encomendas no futuro, está trabalhando para desenvolvimento conjunto até porque isso é cláusula no contrato do FX-2, e também a Suécia nos deve off-set previsto em contrato.
A Embraer está buscando fazer o mesmo, parcerias com empresas de fora, que é de onde vem o dinheiro dela, ela não é estatal, ela tem seus próprios interesses, é uma multinacional que se relaciona com centenas de outras empresas ao redor do mundo, ela não é obrigada a fazer tudo aqui no Brasil… com certeza ela obteve contrapartidas comerciais em outras áreas, ou mesmo pode ser algum tipo de off-set que a empresa etá devolvendo por compras efetuadas por empresas alemãs, enfim pode ser uma porção de coisas.
Rodrigues,
Penso que hoje já temos empresas capazes de fazer frente a essas necessidades apontadas por você (turbinas e scanners) o problema é a falta de demanda de escala de produção….
CM
Leonardo R. , as turbinas não são desenvolvidas ou construídas pela Saab e sim pela GE ( a qual já tem uma infra estrutura enorme montada no Brasil), quanto aos demais sensores, de fato também são desenvolvimentos de outras empresas até onde sei, mas o que já agregaremos de conhecimento já será um enorme salto .
Sds.
LEMBRE que esta mesma turbina faz parte do programa TEJAS e o governo Indiano solicitou e OBTEVE um programa de ToT desta turbina com a GE e o governo americano, se o Brasil não conseguiu é em parte porque NEM TENTOU, já que o Brigadeiro nipônico achava que turbina não era importante (“era commodity”) e também os indianos compraram 99 turbinas de uma tacada ( o que deu grau de compromisso e LUCRO aos Yankees).
A FAB não quis e até o momento não quer ToT da turbina do Gripen.
Minha esperança (pequena) é que a MB tenha a conclusão (meio óbvia) que seria essencial que o desenvolvimento do Sea Gripen seja baseado na nova variante F-414 Enhanced com 18% de empuxo adicional e utilize suas excelentes relações com a US Navy tanto para ajudar que esta turbina entre em produção em série nos EUA como receber a permissão de usá-la numa futura variante do Gripén F (projeto brasileiro) para uso embarcado na MB.
Sempre achei a melhor opção. O problema senhores que pontos vitais não terão transferência como as turbinas, scanners e demais sensores dos radares.
Leonardo
Estes equipamentos não são da SAAB, logo a mesma não pode transferir o que não é dela. Isso é normal… O IRST Skyward G e o radar Raven ES-5 são da Selex, a turbina F 414 é da General Electric, etc…
Certamente a integração destes sistemas com os controles da aeronave serão repassados, até porque o próprio fly by wire depende da integração dos diversos sensores com o controle da turbina, dos canards, flaps, Lerx, TVC, etc… isso faz parte do avião, não os componentes em si.
Realmente… Concordo com o CM… a escolha parece cada vez mais a correta…
Mas não creio que com os EUA teríamos a transferência de tecnologia da forma que (acho) que estamos tendo… Lembro daquela apresentação do Brig. Venâncio Alvarenga Gomes, do CTA sobre transferência de tecnologia… o parto que foi um simples sensor para um míssil…
Espero que o verdadeiro nohall que virá com esse processo, seja que no futuro, possamos desenvolver e adequar o que for necessário…
Abraços
Esperemos que tudo siga caminhando bem como até o momento. Em um primeiro momento parece que foi acertado a decisão pela SAAB e o governo sueco. Não que com os EUA não teríamos transferência de tecnologia, mas penso que o desenvolvimento conjunto é mais agregante e muito mais evolutivo.
CM