Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) – O governo do Rio de Janeiro solicitou ao Ministério da Defesa o envio de cerca de 2.500 homens das Forças Armadas para patrulhar vias expressas importantes da cidade durante os Jogos Olímpicos, informaram nesta sexta-feira o ministro Raul Jungmann e o secretário de Segurança Pública do Estado, José Mariano Beltrame.
O pedido foi apresentado formalmente ao ministro nesta sexta-feira pelo governador em exercício do Estado, Francisco Dornelles, durante uma reunião que contou com a participação de Beltrame.
O governo estadual solicitou a ajuda dos militares para atuação no patrulhamento de vias expressas da cidade como as Linhas Amarela e Vermelha, Avenida Brasil, corredores expressos e até avenidas próximas a locais de eventos na Barra da Tijuca e em Deodoro.
“Foi um pedido para que as Forças Armadas cuidem de vias como Transolímpica, Linha Vermelha, liberando a segurança do Estado para cumprir outras missões”, afirmou o ministro após a reunião desta sexta-feira.
A solicitação será encaminhada ao presidente em exercício Michel Temer para ser analisada. A definição da área de atuação será também apreciada pelas Forças Armadas.
O secretário Beltrame acrescentou que se o pedido for aceito a polícia poderá dedicar mais atenção especificamente aos cariocas e turistas que virão à cidade para acompanhar os Jogos Olímpicos.
“Há um estudo de corredores onde necessitaremos de ajuda da Defesa”, disse ele a jornalistas. “Com essa colaboração, a gente pode liberar a PM para cuidar do cidadão, do turista, porque a cidade vai estar cheia”.
As autoridades também descartam mais uma vez a possibilidade de as Forças Armadas ocuparem favelas e comunidades carentes da cidade durante a Olimpíada.
Na quinta-feira, o ministro da Defesa anunciou que o governo federal já conseguiu todos os 9.600 homens da Força Nacional de Segurança prometidos para os Jogos Olímpicos, diminuindo as preocupações levantadas pelo Estado do Rio sobre a segurança do evento.
Todo o esquema de segurança da Olimpíada de agosto, incluindo Forças Armadas, polícia federal e agentes locais de segurança, deve reunir aproximadamente 85 mil homens.
Estranho só dizerem que isto foi pedido agora, esta mobilização das Forças Armadas em vias publias já estava na pauta à muito tempo e não só nas vias, como ao contrário do que está nesta nota, também na ocupação de favelas e comunidades problematicas durante o evento.