Por Guilherme Wiltgen
No dia 18 de janeiro de 2001, o NAeL Minas Gerais (A 11) se encontrava navegando a aproximadamente 30 milhas de Cabo Frio, quando o sonho da retomada das operações embarcadas com aeronaves de asa-fixa na Marinha do Brasil, teve um novo capítulo escrito por jovens Aviadores Navais.
Exatamente as 17h26, a aeronave AF-1 N-1014 (Falcão 14), do 1º Esquadrão de Aviões de Interceptação e Ataque (VF-1), realizou o primeiro pouso a bordo do “Minas” pilotado por um Aviador Naval brasileiro, o então Capitão-Tenente Fernando Souza Vilela, que enganchou o cabo nº 5.
Na sequência deste mesmo dia, as 18h29, o Falcão 18 pilotado pelo CT Marcos Antônio Araújo enganchou o cabo nº1 e as 18h54 o Falcão 13, pilotado pelo CT José Vicente Alvarenga Filho, enganchou o cabo nº2.
Dois destes jovens Tenentes, Marcos Antônio Araújo e Fernando Souza Vilela, posteriormente se tornaram Comandantes do Esquadrão VF-1 e o CT Alvarenga, hoje Contra Almirante, é o atual Comandante da Força Aeronaval.
FOTOS: Marinha do Brasil
BZ para todos os militares envolvidos nesse importante passo para a Aviação Naval. Ainda que os meios atuais não sejam modernos, pelo menos, mantém um mínimo operacional de operações aeronavais.
Há alguns anos havia um texto em inglês, na internet, cujo autor foi o primeiro piloto americano a pousar no Minas Gerais com um A-4. Ele era um ex-piloto da US Navy e havia sido contratado para dar o suporte uma empresa americana encarregada de fazer a integração do A-4 na MB. Excelente texto. Como sempre, aqui no Brasil, os caras só lembram do primeiro pouco feito pelo brasileiro. Ninguém diz nada do americano corajoso que fez a primeira decolagem e pouso no Minas, quando havia sérios “riscos” relacionados ao tamanho da pista, potência da catapulta, etc.
21 anos de manutenção de doutrina.
Pena que a MB não se preparou para o futuro. Hoje não temos um Nae e mal temos aviação de caça na marinha. Esse sonhou foi curto.