Dois militares farão um curso de 166 dias em base aérea sueca. Brasil comprou 36 caças da empresa Saab por US$ 5,4 bilhões.
O Brasil mandou para a Suécia os dois primeiros pilotos da Aeronáutica que irão aprender a voar no Gripen, escolhido como a nova aeronave de combate brasileira. Os capitães Gustavo de Oliveira Pascotto e Ramon Principe Santos Forneas chegaram à cidade de Gotemburgo no domingo (2) e começaram nesta segunda-feira o treinamento militar para aprender a pilotar o Gripen C, uma versão anterior ao Gripen NG, comprado pelo Brasil.
O curso ocorre na base da aeronáutica sueca Skaraborg, conhecida como F7 Wing, onde todos os pilotos que comandam caças Gripen pelo mundo começam o treinamento. Inicialmente eles passam por simuladores e depois passam para a prática nas aeronaves. Os pilotos brasileiros farão um curso de 166 dias e depois retornam ao Brasil para atuar na preparação da Aeronáutica para receber o avião.
O Brasil comprou 36 caças Gripen NG, que só chegarão a partir de 2019, com data final de entrega em 2025, por US$ 5,4 bilhões (R$ 13,4 bilhões). Forneas é piloto de caça F-5 no Rio Grande do Sul, enquanto que Pascotto pilotava o caça Mirage em Anápolis, em Goiás. O Mirage foi aposentado pela FAB (Força Aérea Brasileira) em dezembro de 2013.
Os dois pilotos também poderão ser os primeiros a pilotar o Gripen no Brasil. Isso porque a Aeronáutica ainda negocia com o governo da Suécia o aluguel de 8 unidades do Gripen C (de um lugar) e do Gripen D (de dois lugares, que poderiam chegar em 2016, a tempo das Olimpíadas do Rio. Estes aviões preencheriam as necessidades de proteção do país até a entrega final dos Gripen NG, que só deve ocorrer em 2025.
Detalhes do contrato
O anúncio da assinatura do contrato entre Saab e governo brasileiro foi feito no último dia 27 de outubro. Foi assinado um contrato de cooperação industrial, que incluirá transferências de tecnologia à indústria brasileira nos próximos 10 anos.
O contrato inclui 28 aviões de apenas um assento e oito aeronaves de duas posições, para treinamento. Segundo a Aeronáutica, o contrato foi assinado no dia 24 de outubro, em Brasília, e envolve o treinamento de pilotos e mecânicos na Suécia.
O preço assinalado no contrato final é superior ao previsto em dezembro de 2013, quando o governo brasileiro escolheu o modelo sueco em uma disputa denominada “FX-2”. Na época, a proposta apresentada pela Saab era considerada a mais barata entre as concorrentes e estava em US$ 4,5 bilhões. A entrega inicial prevista também era estipulada para 2018.
A Aeronáutica diz que o valor reajustado ocorre devido a novos parâmetros exigidos pelo Brasil e que o preço inicial era apenas uma previsão.
A disputa do “FX-2” incluía o caça Rafale da empresa francesa Dassault e o F/A-18 Super Hornet americano. Segundo a Aeronáutica, a assinatura do contrato, assinado na sexta-feira, antes do 2º turno das eleições presidenciais, só foi divulgado no último dia 27 devido à publicação do acordo no Diário Oficial da União.
“Estamos orgulhosos de estar ao lado do Brasil dentro deste programa tão importante”, afirmou o presidente da Saab, Marcus Wallenberg.
O Brasil será, ao lado da Suécia, o primeiro país a utilizar a nova geração dos caças Gripen. O contrato deve entrar em vigor no primeiro semestre de 2015.
Atualmente, o Gripen é utilizado pela Aeronáutica da Suécia, República Tcheca, Hungria, África do Sul e Tailândia. A aeronave pode chegar a até duas vezes a velocidade do som e é caracterizada por ser multimissão (com poder de ataque e defesa, podendo atingir alvos em terra e no ar, e também de reconhecimento)
Brasil opera apenas F-5
As 36 aeronaves serão usadas para defesa aérea, policiamento do espaço aéreo, ataque e reconhecimento. A primeira unidade aérea a receber o novo modelo deverá ser o 1° Grupo de Defesa Aérea, com sede em Anápolis (GO), informou a FAB.
A unidade, que atua na defesa do Planalto, está sem aeronaves desde dezembro de 2013, quando foram aposentados os caças Mirage 2000. Atualmente, é usada apenas para proteção das fronteiras os jatos F-5, que foram modernizados e são menos potentes que o Mirage.
FONTE: G1 – Tahiane Stochero
Peraí, para que nao fique qualquer duvida ou mal entendido . . . . quando em meu comentario eu disse “olha a cara das crianças” foi no sentido ultra super positivo de ver o brilho nos olhos destes brasileiros, um brilho de quem ama o que faz, e mais tenho a dizer, sinto a maior honra e orgulho de ter uma força como a FAB a cuidar de todos os nossos aspectos aéreos, para mim, quando alguem é selecionado para uma missão destas, ou para ser piloto da esquadrilha da fumaça é porque com toda a certeza, este piloto é um fora de serie, nos bancos da academia e no cockpit . . . . boa sorte FAB, boa sorte Força Aérea Brasileira . . . .
Os comentários sobre a qualificação dos pilotos foi em cima do comentário do Antonio Gomes, o seu todo mundo entendeu. Vê se nos olhos a alegria dos pilotos, pelo reconhecimento do trabalho, dedicação e capacidade. Eu estaria igual menino com brinquedo novo.
Boa sorte para eles que consigam elevar o nome da FAB o nosso material humano é uns dos melhores o que peca são os equipamentos.
Não vou Aqui Tecer comentários sobre as diversas qualificações dos pilotos escolhidos, apenas direi, porque convivi pessoalmente com eles que Ambos São exímios no que fazem, possuem qualificação suficiente para o feito e ainda são pessoas da maior humildade e simplicidade que conheci. Não só eles estão felizes por terem sidos escolhidos, mas também seus pares nos esquadrões que trabalhavam, pois sabem da capacidade profissional e pessoal de cada um deles.
Como disse em outro post, eles estão entrando pra historia da FAB e da Aviação de caça Brasileira.
Esses pilotos me parecem muito jovens…. Não seria melhor que os primeiros pilotos a voar o Gripen e passar seu aprendizado a outros fossem mais “experientes” ?……..
Antonio,
Nem sempre os mais “experientes” em idade, também são os melhores. Tenha certeza de uma coisa, se estes dois jovens pilotos foram selecionados para estarem lá, alguma coisa de muito bom eles tem…
FA
Esses dois ai já foram instrutores diversas vezes, são qualificados para tal missão!
Só dois?? Poderiam ser quatro! E precisamos urgente de um míssil médio, como o projeto do Marlin, com a África do Sul e mais o Meteor! Se este último pudesse, em alguma parceria ser fabricado aqui também…! Pena que a programação foi mudada e dos 36 só 15 serão montados aqui! E já que foram acrescentados estes 900 mi, bem que poderiam acrescentar mais uns 4,5 Bi e pedirmos outro lote de mais 36! rs…assim aceleraríamos o processo de substituição da nossa cansada frota e, talvez, baratearíamos alguns equipamentos, se valendo da demanda.
Esse Projeto de míssil Marlin parece interessante para FAB, é um tipo de Derby com alcance de 100 milhas, não adianta um caça com bons sensores más desdentado. Outra questão com certeza e esse nº de 36 unidades iniciais, não me convence essa historia de conversão gradual dos Gripens quando der baixa os F-5 e Amx, falta de planejamento! não haverá um cronograma de entrega dos 36, porque não fazer um cronograma logo de 80 exemplares ao longo dos anos e indo executando as baixas progressivamente. Não me intendam mal más quem é brasileiro sabe que sempre ocorre contingenciamento de verbas, com isso tudo morre nesses 36! um abraço.
Acho muito interessante a escolha do Gripen E para FAB, más essa historia de pagar $900 milhões a mais para ter painel similar F-35 é impossível intender, em que isso vai mudar na doutrina, emprego de armamento, pilotagem, sensores etc… absolutamente nada. O painel apresentado no mock-up (3 displays) e esse panorâmico não vai mudar em nada o desempenho do piloto e cumprimento da missão, pura perfumaria. Ao invés de display panorâmico prefiro ver os Gripens Br com Meteor e não com Derbys.
Esse tal painel Panorâmico usado somente no F-35 não tem comprovada sua eficacia e rendimento do piloto superior ao painel de 3 Displays tradicional, é somente uma novidade nada mais! O Gripen BR poderia vir exatamente igual ao Gripen E dos suecos, daria maior escala e ficaria mais barato e acredito mais confiável, talvez esse painel panorâmico pedéria ser incluído em um futuro up-grade de meia vida desses exemplares e não agora que não temos nada que comprove sua superioridade.
B_MIKE, acredito que a implementação do display única tenha sim gerado um acréscimo no valor do contrato mas como ja foi divulgado na mídia não é exclusivamente essa a razão do aumento… Ajustes cambiais e o custo de desenvolvimento da versão biplace foram os principais responsáveis pelo aumento.
Acho que querem dar um pouco de trabalho para a Aeroeletronica.
A empresa está fazendo propaganda do painel do Gripen tem um tempo.Parece que o filho do Saito trabalha lá etc…
Sobre os dois pilotos na foto, só tenho a dizer : Olha a cara das crianças . . . . .*rs olha meu, chega a dar inveja . . . . . .
Mesmos com os Mirage já não existiam proteção nenhuma por estarem desatualizados alias nunca houve. Esses dois pilotos vão voltar como instrutores.