Por Brad Lendon and Yoko Wakatsuki
Tóquio (CNN) – Partes de um caça furtivo japonês F-35 que caiu no Pacífico há quase um mês foram recuperadas, disse o ministro da Defesa do Japão nesta terça-feira, mas o motivo da perda de um dos aviões mais avançados do mundo continua sendo um mistério.
Partes do gravador de vôo do jato e da cabine do cockpit foram retiradas do fundo do oceano, disse o ministro da Defesa, Takeshi Iwaya, a repórteres em Tóquio.
Ele descreveu a condição do gravador de vôo como “terrível” e disse que a parte de memória do dispositivo estava faltando, deixando os investigadores ainda se perguntando como o jato projetado pelos EUA caiu em 9 de abril.
O caça e seu piloto, Maj Akinori Hosomi, desapareceram durante uma missão de treinamento da Base Aérea de Misawa, no norte do Japão.
Hosomi, um homem de 41 anos de idade, com 3.200 horas de experiência de voo, foi ouvido pela última vez a partir de quando ele sinalizou para seus companheiros de esquadrão que ele teria que abortar a missão antes que sua nave desaparecesse do radar.
Partes da cauda do avião foram recuperadas do mar pouco tempo depois, mas outras observações foram feitas até 3 de maio, quando o navio de apoio a mergulhadores de alto mar da Marinha dos EUA, Van Gogh, coletou uma parte do gravador de vôo, disse Iwaya na terça-feira.
O navio fretado pelos EUA estava agindo com base nas informações coletadas pelo navio de pesquisas Kaimei, do Japão, que transporta um submarino e equipamentos remotamente operados para coletar amostras do fundo do mar.
O Ministério da Defesa do Japão não revelou exatamente onde ou em que profundidade as últimas peças foram encontradas. O avião ficava a leste da Base Aérea de Misawa, sobre o Pacífico, quando desapareceu.
O Ministério da Defesa disse que a busca por mais destroços continuaria e incluiria um destróier japonês, além de navios fretados de resgate comercial.
O Japão ‘groundeou’ os outros 12 F-35 ativos em sua frota após o acidente. Eles permanecem fora de ação enquanto a investigação continua, disse o Ministério da Defesa.
Com 147 pedidos, o Japão pretende que os aviões sejam a base de sua força aérea nas próximas décadas, e as autoridades disseram desde o acidente que sua fé no programa não diminuiu.
O jato que caiu foi o primeiro de uma linha de montagem japonesa para o F-35A, uma das três variantes do avião. O Japão havia anunciado planos antes do acidente para interromper a produção em 2022 e importar o restante dos EUA.
Os Estados Unidos têm centenas de caças em suas frotas, assim como uma dúzia de outros países, e esses caças continuam em operação. Os F-35As da Força Aérea dos Estados Unidos, o mesmo tipo do jato japonês que caiu, desde então têm voado missões de combate no Oriente Médio.
FONTE: CNN
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
Comentei sobre isso em um vídeo do YouTube, tá parecendo o mesmo problema que ocorreu com os F-22 no início da produção, falha do sistema de geração de oxigênio isso explicaria a falta de comunicação do piloto antes da queda.