Por Hebert Madeira Da Rádio Senado
A participação de empresas estrangeiras na aviação civil brasileira poderá vir a ser permitida se for aprovado um projeto em análise no Senado que objetiva aumentar a oferta de empresas aéreas na aviação civil. Para o senador Raimundo Lira, as empresas aéreas brasileiras não prestam serviço de qualidade, em relação aos preços altos das passagens. Ainda segundo o senador, algumas empresas possuem frotas antigas e têm direção apenas fora do país.
FONTE: Senado Federal
FOTO: Ilustrativa
Gol só não é Delta, Tam não é LanChile, Azul não é JetBlue e Avianca não é Aviancão para todas ainda permanecerem dentro da Lei brasileira. Pior é que se capitalizam para o patrimônio ser tão grande quanto a dívida e assim poderem ser “vendidas” de graça para suas proprietárias virtuais quando a reserva de mercado cair. Aliás, essa predisposição de procura do mercado estrangeiro contradiz o senso comum que o setor não seja lucrativo por causa do custo operacional.
Sobre a infraestrutura, apesar de não ser minimamente a ideal, ela é muito melhor do que a dez anos atrás, mesmo com o notório crescimento da avião comercial. Tam e Gol, juntas têm 5 vezes o número máximo da frota que Varig e Vasp, de antanho, conseguiu formar em toda sua história, assim como a demanda de pax hoje é a mais próxima da oferta de assentos desde quando o antigo DAC começou a contabilizar essa relação.
O Brasil dentre os países com larga extensão territorial é o que tem a pior malhar aérea em tamanho.
Somos muito mau atendidos pelas empresas nacionais a malha é pequena o que obriga ao passageiro complementar seu trajeto com passagens de ônibus ou aluguel de automóvel, a infraestrutura é o maior problema os aeroportos menores são praticamente esquecidos os sistemas de operação modernos são poucos e a conexão com os grandes centros muitas vezes confusa.
Muito se fala da grande taxa de impostos imposta pelo governo no setor aéreo o que é verdade mas vamos dizer que utopicamente com a entrada de mais empresas não se faça uma pressão maior para que os valores sejam revistos e alguns até banidos. Hoje as taxas de operação aqui são as mais caras do mundo.
Sobre as empresas, temos no mercado internacional várias empresas de sucesso principalmente quando o assunto é baixo custo, Ryannair,Southwest,EasyJet,FlyBe entre outras se destacam no mercado mundial por oferecerem passagens mais em conta para os trechos atendidos. O que temos hoje não é uma “concorrência” ao meu ver é mais uma divisão de mercado, os preços são parecidos a malha também com exceção da “AZUL” que tem uma malha um pouco mais vasta.
Com a chegada de novos players ai sim a briga começa e nisso esperamos que o maior beneficiado seja o cliente,as vantagens para a economia seriam imensas porque interligaria cidades hoje esquecidas mas que tem potencial aos grandes e médios centros causando assim um impacto positivo.
Se isso ocorrer mais empregos podem ser gerados, mas temos que nos atentar a capacitação profissional da área que é fundamental para que algo de certo. A formação de pilotos e técnicos precisa passar por uma reformulação sem tamanho.
No caso dos pilotos hoje eles estudam nas salas de aula conceitos avançados mas na hora da prática vão para aviões dos anos 40/50 ou seja retrocedem, infelizmente por uma falta de política nacional de incentivo a aviação hoje muitos jovens ainda são formados em AeroBoero e Paulistinha o que acho ridículo.
Querendo ou não o governo tem que investir na formação de mão de obra para o setor uso como exemplo o a bem estruturada universidade americana Embry Ridlle que forma seus alunos para o mercado e é largamente patrocinada por empresas como Boeing,Airbus,Embraer,Cessna,Sikorsky entre outras(quem quiser dar uma olhada vai no google).
Passei um pouco do assunto das empresas estrangeiras mas é muito além é um mix de mudanças que devem ser empregados para a melhoria do sistemas como um todo.
Parece, como sempre, que os nossos dignatários representantes no legislativo continuam a olhar para o próprio umbigo, e a pensar com o fígado, quando resolvem decidir sobre algo de interesse público.
Não precisamos de mais empresas aéreas, precisamos sim é de menos burocracia, taxas e impostos, e mais organização, infra-estrutura e incentivos a aviação comercial.
Existe todo um setor de aviação regional que simplesmente não consegue decolar neste país porque o Estado é o principal obstáculo para este voo.
Da mesma forma, com regras pouco claras e objetivas, com uma regulamentação extremamente danosa às melhores práticas da concorrência, junto a uma carga fiscal e o custo Brasil dignos de país do quinto mundo pesando sobre as costas de todos, é quase que impossível se conseguir gerir e manter uma empresa aérea no Brasil.
Se a mentalidade estatal não mudar, principalmente da parte de quem gerencia a aviação comercial, deixando-a de tratar, e pensar, como se “coisa da elite” burguesa fosse, não tem empresa estrangeira que melhore o quadro da nossa aviação comercial.
O problema nunca foi quantidade, mas qualidade. A Varig, assim como TransBrasil, Vasp e Cruzeiro, dentre outras, sucumbiram ao longo da história, para além da má gestão empresarial, também e principalmente, para a desastrosa e danosa ação do Estado, ou a falta dela, não raro, sobre a área. Fôssemos mais responsáveis na gestão dos negócios da aviação comercial brasileira, talvez seríamos hoje o segundo ou terceiro maior mercado mundial, e teríamos nossas empresas entre as maiores, e melhores do mundo.
Bem, não conseguirmos ser, e não somos, nem uma coisa e nem outra.
abs.
…………..acredito que a corrupção endêmica aliada à predação iria ferrar o atual cartel nacional…melhor mesmo é investir nas empresas menores e melhorar cada vez a estrutura aeroviária nacional especialmente no interior dos Estados…nada de aviação estrangeira por aqui…elas não vem somar nada……relembrando a Panair….que presepada!! mas a Varig tbm teve o dela!!
Em tempo…..temos ainda hoje aqui no Brasil, pelo menos 6 ou 7 empresas pequenas q gostariam muito de crescer, mas nao podem e nao conseguem por conta da burrocracia e interesses q nao sao colocados ao conhecimento publico……….comeco a me lembrar da famosa tragedia de nome Panair em q estes interesses fizeram falir na marra pra Varig rescer, e esta muitos anos apos e tbm por conta de gestoes pavorosa e protegida pelas autoridades d da epoca, fizeram com que novamente voltassemos a um cartel de cias aereas muito conhecidas……..ahhhh…bem me lembro tbm de outras da decada de 50….Real Aerovias….Cruzeiro…..so pra constar……..Sds
Nao contra e nem a favor, este debate ja e muito antigo e nao conduziu a nada ate hoje….tem pros e contras……….como e q uma concorrencia externa e predatoria faria algum milagre aqui no Brasil c tanta burocracia , impostos , aeroportos horriveis em centenas de lugares (infraestrura) , mao de obra sempre a desejar..,…enfim…..nao e tao simples assim como querem alguns de nossos sabios e entendidos politicos (e de interesses excusos)…….sei nao………
Concordo com o Senador , a competição é a mãe da qualidade!