O Paquistão contratou a empresa Leonardo para converter três jatos Embraer Lineage 1000 em aeronaves de patrulha marítima de longo alcance para sua Marinha, em um contrato avaliado em aproximadamente US$ 190 milhões.
O contrato com a Leonardo envolve a aquisição de mais duas aeronaves Lineage 1000, a primeira já foi adquirida e está no Paquistão, seguida do projeto, modificação, instalação e integração de um pacote de guerra antissubmarino e patrulha marítima. Os três aviões vão entrar em serviço na marinha paquistanesa como aeronaves de patrulha Sea Sultan.
Os contratos subsequentes devem elevar o número total de Sea Sultans para 10, substituindo a frota P-3C Orion. Com um contrato adicional, o Grupo Paramount da África do Sul cuidará da manutenção pré-conversão, reparo e revisão geral das aeronaves.
A Leonardo tem um bom relacionamento com outros ramos militares do Paquistão, fornecendo radares Grifo para os caças Mirage III e F-7PG Fishcan, helicópteros AW139 e na aquisição de obuses M109 recondicionados.
As duas empresas preferiram não comentar o contrato citando “acordos de confidencialidade”.
IMAGEM: A/I Board PSF
Vai mais depender da Leonardo a iniciativa de contato com a EMBRAER.
Talvez como consultora e só no caso que a Leonardo encontre alguma dificuldade de engenharia na integração que requeira a expertise do fabricante da aeronave. E dar mais credibilidade à conversão caso seja possível vendê-la para outros países…
P-8 Órion dos pobres…
Por outro lado, se eu estivesse nos sapatos da Leonardo, mesmo sem necessidade eu negociaria uma participação da EMBRAER projeto SEA SULTAN uma vez que há uma certa expectativa futura de um projeto baseado no 190 para a FAB no qual a Leonardo poderia participar de diversas formas, sendo assim um posicionamento futuro interessante…
A bola aqui está com a LEONARDO…
Meu caro Giba, se a Leonardo realmente quiser prosseguir com o projeto deverá necessariamente procurar a EMBRAER visto que a documentação técnica do aparelho está com o fabricante e também questões relativas à propriedade intelectual. Um exemplo deu-se na modernização dos A-4 da MB, oportunidade em que a EMBRAER e a AEL precisaram entrar em contato com a Boeing para obter a documentação técnica do tipo.
Por outro lado sou bastante cético quanto a esse projeto pois uma aeronave MPA difere substancialmente da aeronave comercial que lhe deu origem. O P-3 Orion é mais curto e tem as asas localizadas mais à frente do que no L-188 Electra que o originou e o P-8 Poseidon é a combinação da fuselagem do 737-800 com as asas do modelo 737-900ER e que ainda possuem as pontas oriundas das asas do 767-400ER.
Prezados: conforme divulgado, os Lineages são uma versão do190 dotados com tanques de combustivel adicionais que conferem quase o dobro de autonomia, ou algo em torno de 4000 milhas nauticas a mais. Entendo que sua adaptação a missão de patrulha marítima -de um ponto de vista aerodinâmico – é mais facil do que adecontrole de trafego aéreo, pois o radar AESA posicionado acima da fuselagem interfere muito mais criticamente.(vide por exemplo os profundores e lemes ). Assim a escolha do Lineage tem muita lógica porque seu uso civil tem decaido e sua adaptação a missões militares relativamente mais fácil. A adaptação via EMBRAER seria muito desejavel, principlamente sehouver interesse em versão com possibilidade de REVO. Abs
O especialista aeroespacial Justin Bronk do Royal United Services Institute disse que as expectativas de cooperação internacional nos programas de conversão do Lineage 1000 não eram realistas.
“Os sistemas de missão da MPA são na verdade alguns dos programas mais sensíveis no mundo da aviação de defesa e, portanto, pode haver razões de segurança pelas quais o Paquistão e/ou o Brasil optariam por não cooperar na conversão do Lineage 1000”
Seria viável esse projeto? Tipo um P8 de bolso…
A EMBRAER trabalha em uma versão ASW do 190, se substituirá os P-3 da FAb é outra história, mas se vc for até eles e pedir uma plataforma ASW, o oferecido será o 190.
Até pouco tempo atrás, dependendo do que for solicitado, vc terá que arcar com os custos de desenvolvimento dessa versão. Por exemplo, se quiser capacidade REVO, os estudos ficarão por conta do cliente.
Mas, em resumo, procede a informação de que a aeronave que a EMBRAER está oferecendo é o 190.
Wiltgen o site defense news fez uma matéria a respeito, e ele elencaram que a embraer trabalha em uma versão baseada no 190 para substituir a atual frota de p3 da fab, e por isso talvez não viesse a integrar de alguma forma a conversão desse modelo Paquistanês. Você pode confirmar isso? Ou, pode ser especulação da matéria? Obrigado.
Gabriel,
Me parece mais especulação da Defense News…
Abs,
Com certeza em algum ponto a Embraer deverá ser consultada sobre o projeto da aeronave e tal, creio eu.