No dia 26 de fevereiro de 1991, uma patrulha de guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) atacou um destacamento do 3° Pelotão Especial de Fronteira, na região da Serra do Traíra, fronteira do Brasil com a Colômbia, resultando em três soldados mortos, nove feridos, além do roubo de equipamentos e armamentos. Diante do contexto, no dia 08 de março de 1991, através da “Patrulha Cruzeiro”, iniciava-se a primeira missão real de combate da Aviação do Exército.
Deslocaram-se para a região da Serra do Traíra/AM 04 (quatro) helicópteros, sendo dois HA-1 Esquilo e dois HM-1 Pantera, além de 21 militares sob o comando do então Ten Cel Jeannot.
A Força Aérea Brasileira deslocou para a região 16 aeronaves e a Marinha uma aeronave, além de um navio patrulha fluvial.
Foram realizadas diversas operações de infiltração e exfiltração de tropas do 1° Batalhão Especial de Fronteira (BEF), transporte constante de vacinas antirrábicas para os militares do destacamento, vítimas dos morcegos hematófagos, e diversos suprimentos necessários à missão.
A Aviação do Exército mostrou a importância de seu emprego na região amazônica. Por meio fluvial, deslocamento disponível na região, a tropa normalmente levava de dois a três dias para percorrer o trajeto da Villa Bittencourt ao destacamento do Traíra, pois tinha que transpor duas pequenas cachoeiras, cuja ultrapassagem exigia que os barcos, com as respectivas cargas, fossem retirados da água e transportados a braço através da floresta. O helicóptero cumpria a mesma missão em menos de 30 minutos de voo.
Com a conquista dos objetivos da missão, a recuperação do armamento subtraído e, sobretudo, a pronta resposta a afronta guerrilheira, a Missão Traíra recebeu ordem de desmonte.
O destacamento da Aviação permaneceu na região até o início de 1992, quando foi transferido para Manaus, lá permanecendo com algumas aeronaves de manobra HM-1 Pantera, em sistema de rodízio mensal para as tripulações que vinham de Taubaté-SP. Este sistema de permanência da Aviação na região Norte foi chamado de “Destacamento Amazônia”, tendo sua base provisória no 1º Batalhão de Infantaria de Selva.
A aeromobilidade proporcionada pelas aeronaves de asas rotativas do Exército na operação Traíra, nas execuções de diversas missões e apoio logístico, permitiu elevado ganho operacional nesse teatro de operações (TO).
A partir disso, foi formalizada a criação, a contar de 01 Jan 1992, em Manaus-AM, do Destacamento do 1º Batalhão de Helicópteros (Dst 1º B Helcp), subordinado à Brigada da Aviação do Exército (Bda AvEx) e sob o controle operacional do Comando Militar da Amazônia (CMA). Este Destacamento seria o embrião do 4º Batalhão de Aviação do Exército (4º BAVEx).
A “Patrulha Cruzeiro”, designação da Bda AvEx ao deslocamento de pessoal e helicópteros para a região do conflito do Traíra, foi a primeira missão real de combate da Aviação do Exército.
Consubstanciando o ineditismo de sua operacionalidade e empregando originalidade ante ações conjuntas e combinadas, sobretudo em apoio às Forças Especiais e a Infantaria de Selva, as Asas da Força Terrestre mostraram seu importante papel como vetor de combate para o Exército Brasileiro.
Ao final da missão, houve inegável ganho de credibilidade junto a muitos pensadores militares que passaram a incluir o vetor aéreo na doutrina de combate da Força Terrestre.
FONTE e FOTOS: Espaço Cultural da Aviação do Exército
No episodio 5 de cavsleiros de aco tem esta historica contada pelos miliatres que operaram no traira.. vela assitir.
https://youtu.be/wQwjw2TQhCc
Sherpa, KD vc?
Colega para que Sherpa se temos aviões no chão por falta de manutenção. É só pegar a grana da compra do Sherpa e por em ordem a casa. Não adianta nada comprar aeronave se não tem grana para manutenção. Já existe uma estrutura montada com pilotos e doutrina prontinha para ser usada e o nome é FAB, eu como pagador de impostos não quero dois centros de treinamento, duas unidades, duas manutenções e por ai vai, se hoje existe uma. A FAB não atende por falta de verbas que nossos políticos não acham que é importante repassa para manutenção das aeronaves de cargas, pois eles não viajam nesses.
Ótimo.
Se é pra cortar itens em duplicidade então, comece pela infantaria da FAB.
É, porque infantaria já existe no EB (e muita), não é mesmo?
Pelo seu raciocínio, não há porque termos várias.
Corte também a defesa cibernética da FAB, pois isso na EDN é atribuição do EB, não dá FAB.
Ah, e transfira também toda a artilharia e carros de combate do CFN para o EB, certo?
Retire as lanchas patrulha e barcaças de transporte do EB, que atuam nos rios da Amazônia, e transfira-as para a MB. Cada macaco no seu galho.
Meu caro, cada força “deveria” ser livre para escolher os equipamentos que julgue necessários a cumprir sua missão, sem o pitaco de outra.
O que ocorreu foi simples ciúmes, só isso (e vc, pelo visto, não se deu conta)