Por Antonio Carlos Prado
Foi a própria presidente Michelle Bachelet quem publicamente reconheceu: a imediata ajuda do governo brasileiro tornou-se fundamental para que o Chile conseguisse combater o maior incêndio florestal da história do pais. O fogo dizimou, ao longo de doze dias, cerca de quatrocentos mil hectares de mata e terra e causou a morte de pelo menos vinte pessoas.
Assim que Bachelet solicitou auxílio internacional, o Ministério da Defesa brasileiro, acatando determinação do presidente Michel Temer, enviou para o Chile aviões modelo C-130 Hércules e trinta militares da FAB. Essas aeronaves estão aptas a utilizar o moderno sistema de extinção de chamas denominado “MAFFS”, no qual dois tubos projetam-se pela parte traseira do avião e, numa altitude média de quarenta e cinco metros, despejam cinco tanques de d’água.
Tal sistema é atualmente considerado, em todo o mundo, um dos mais eficazes no combate a incêndios em florestas, por mais fechadas que elas sejam. Entre as localidades rurais arrasadas está a de Santa Olga, na região do Maule, aproximadamente a trezentos quilômetros de Santiago. Estima-se que, em todo o país, dez mil pessoas tenham perdido suas residências. Assim que as chamas foram controladas, a polícia chilena deteve quarenta e três pessoas, todas acusadas de atearem fogo nas florestas do centro e do sul do país.
FONTE: Isto É
Olhando o verbete MAFFS na wikipedia observa-se que o equipamento usado pela FAB e que aparece nas artes do KC-390 são do MAFFS original.
No entanto no verbete pode-se constatar que os EUA usam o equipamento no modelo que intuí no post anterior, os EUA usam 8 pontos de armazenagem dos equipamentos com disponibilidade 24h, por todo os EUA continental.
E também que desde 2008 se usa o MAFFS II com um único tanque de 3.400 Galons (2.700 G MAFFS I) e com um compressor de bordo que pressuriza o conjunto em voo (diminui o tempo de reabastecimento eliminando a fase de pressurização em terra).
O Sistema II ainda permite fazer a descarga sobre o incêndio pela porta lateral dos paraquedistas através de um plug especial que ali se adapta, o que permite fazer o combate com a rampa traseira fechada e a aeronave pressurizada.
Isto me deixou uma dúvida pois apesar da arte do KC-390 em versão combate a incêndio com rampa aberta, lembro-me de ter visto uma arte do KC-390 com um equipamento no desenho da fuselagem aberta com apenas um tanque que pressupõe o uso do MAFFS II.
Terá na verdade o KC-390 já estar onfigurado para o uso do equipamento mais moderno o sistema MAFFS II e usá-lo com a rampa fechada ????
Boas perguntas para a Dona Embraer…
MAFFS I ou II ou ambos ???
Rampa fechada e/ou aberta ???
E a arte é apenas uma representação artística ???
Se tem uma coisa que não pode acontecer num incêndio florestal é a ocorrência de ventos que espalhem rapidamente as brasas e o torne incontrolável. Bons ou Ruins, ventos só depois do incêndio ser 100% extinto….
À parte a brincadeira, a situação mostra como será importantíssimo num futuro próximo o Brasil dispor de uma frota de 30 aeronaves KC-390 (28 encomendados mais 2 protótipos) e que se disponha senão de um equipamento de combate ao fogo florestal para cada aeronave o máximo de conjuntos possíveis.
Não sei qual o modo de reabastecimento do sistema de combate de incêndio que será utilizado no KC-390, seria uma boa pergunta a ser feita.
Em alguns sistemas a aeronave voa sobre a água e reabastece-se, mas não acredito que seja este pelo fato da aeronave brasileira não será um sistema de aeronave/piloto dedicados ao combete de incendio aéreo do tipo que se tem no Canadá e alguns estados americanos da região dos Grandes Lagos.
SE for um sistema de reabastecimento em terra o é ideal que se tenha 2 sistemas por aeronave e que se possa alternar de modo que ao retornar do combate vazio possa-se retirá-lo e substitui-lo por um módulo abastecido. Desde que a retirada do sistema vazio e substituição por um sistema abastecido seja sensivelmente mais rápido que o reabastecimento do módulo anti-incêndio na aeronave.
A impressão geral do KC-390 é que o projeto é otimizado para a rápida conversão da aeronave, portanto a retirada dos tanques vazios e a substituição por tanques cheio me parece ser o modo mais rápido de reenviar a aeronave ao combate ao incêndio.
No mundo ideal, conforme a FAB tiver disponíveis suas unidades KC-390, estes módulos (adiquiridos de uma vez ou mais certamente através de um planejamento de longo prazo) deverão ser posicionados estrategicamente no território nacional de forma a garantir que 2 ou 3 KC-390 possam voar para o ponto de armazenamento mais próximo ao incidente e ao chegar lá cada um possa receber seu equipamento já carregado durante o translado (se não houver aeronave KC-390 orgânica na base onde se encontra os equipamentos).
Não sei ainda qual será a futura política de posicionamento da FAB para as 30 aeronaves KC-390, mas tanto pela capacidade de combate a incêndio florestal e PRINCIPALMENTE pela capacidade de REVO torço pelo posicionamento operacional distribuído.
Com a nova redistribuição da estrutura da FAB e implantação das 15 ALAS, não dá a princípio para todas as Alas terem um KC-390 orgânico mas espero que cada ala com aeronaves de combate de primeira linha capazes de REVO tenha 1 ou 2 aeronaves KC-390 orgânicas de modo que o treinamento de REVO seja uma parte integrante do dia-a-dia operacional das aeronaves Gripen, F-5, AMX e os Helis capazes de REVO e não uma efeméride anual em certas operações onde não se desenvolve um relacionamento de longo prazo com as equipes de REVO como ocorre até hoje.
Coma a pequena frota de aeronaves de caça da FAB, multiplicar sua força com REVO sempre disponível e TAMBÉM o acompanhamento de um E-99 orgânico as ALAS de combate de primeira linha e não concentrados em Brasilia (ainda aferrados ao modelo Sivam) é FUNDAMENTAL para o futuro OPERACIONAL da FAB.
Esta é minha opinião e desejo… Quem sabe…
Que os Boms Ventos soprem para os Lados do Povo Chileno.Que Deus os Ampare e traga muita tranquilidade a este belo Pais de Povo muito Acolhedor.
A reportagem não cita outras nações que o também contribuíram com o Chile, dando a entender que só nós ajudamos oque não é verdade! Se o KC-390 estivesse operacional nóssea iríamos com ele !
Realmente André, o Chile foi muito solidário com nossa estação naquele continente, está sendo mais do que justa essa ajuda dos militares da FAB. É aquele velho ditado, “uma mão lava a outra e as duas …”
Que moral o Brasil ficou no Chile, não fosse a força aérea brasileira.
Enquanto isso, temos que ouvir notícias que policiais da Rota têm que ser investigados pela corregedoria por correr atrás de vagabundos definidos como “jovens”.
É uma retribuição justa pela atitude dos chilenos quando ajudaram a marinha com o incêndio na base Comandante Ferraz na Antartida. Sou a favor do Brasil sempre fazer parcerias com o Chile. Forças armadas bem equipadas ajudam a diminuir perigos como esses, mas que a sociedade foi doutrinada para achar que a função dos militares é apenas de proteger o país.
Parabéns aos militares da FAB, representado mais uma vez o profissionalismo de nossas forças armadas e seu preparo.
Não só o BRASIL como demais nações da América do Sul e do mundo inclusive a Rússia estiveram presentes nesse momento de solidariedade para com o povo chileno !