Por Tim Martin
Um aumento muito necessário na demanda por helicópteros de carga pesada H225 Super Puma ajudou a Airbus Helicopters a apresentar fortes resultados anuais em 2024, com a linha de produtos da empresa registrando pedidos brutos, no geral, de 455 aeronaves de rotor ao longo do ano, um aumento de 10% em comparação a 2023.
A família Super Puma (compreendendo variantes civis e militares H215/M e H225/M) registrou um total de 58 pedidos, um aumento bem-vindo após um difícil 2023, onde a Airbus não conseguiu garantir um único pedido para a linha. Em nível militar, os pedidos de 2024 para o Super Puma incluíram a Holanda e a Romênia.
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O CEO da Airbus Helicopters, Bruno Even, disse aos repórteres durante uma teleconferência anual de resultados na segunda-feira: “É realmente um desempenho forte [do Super Puma], confirmando que este helicóptero está realmente bem posicionado e atendendo bem à demanda de nossos clientes”.
Ele acrescentou: “Estamos comprometidos com o produto e estou otimista de que seremos capazes de continuar essa tendência positiva no próximo ano”.
Even também disse que um contrato com o Iraque para uma dúzia de helicópteros H225M está agora “em vigor”.
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“Vejo um bom momento na região [do Oriente Médio] para os próximos anos”, disse ele, referindo-se a novos negócios potenciais não apenas para o programa H225M, mas também para os helicópteros leves bimotores H145M e multifuncionais NH90.
Com desempenho de destaque em termos de negócios em 2023, atraindo 186 pedidos, o H145M viu a demanda cair marginalmente para 114 aeronaves no ano passado.
No outro extremo do espectro, o problemático helicóptero multifuncional NH90 não recebeu nenhuma encomenda em 2024, com o tipo utilitário médio H160 ganhando apenas quatro.
Even disse que não estava “nem um pouco desapontado” com o baixo total de pedidos do H160 porque a empresa está “comprometida com o mercado a longo prazo” e enfatizou que o desempenho da aeronave até agora excedeu as expectativas do cliente. A versão militar do H160 tem um longo futuro pela frente, pois está em desenvolvimento para dar suporte ao programa Light Joint Helicopter da França, composto por 169 aeronaves.
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Sobre a falta de pedidos para o NH90, ele disse de forma semelhante que a avaliação do helicóptero multifuncional é baseada em uma visão de mercado de “longo prazo” e que as prioridades do programa incluem melhorar as taxas de disponibilidade da frota, reduzir problemas de carga de trabalho de manutenção e se preparar para um aumento da produção.
O NH90 tem sido afetado por atrasos na entrega, baixas taxas de disponibilidade e cancelamentos de contratos, com um tribunal de Oslo, por exemplo, pronto para iniciar procedimentos, este ano, relacionados à decisão da Noruega de rescindir um contrato para 14 aeronaves.
Em uma nota mais positiva para a fabricante de helicópteros NHIndustries, em junho de 2024, a empresa anunciou o lançamento da atualização NH90 Block 1/Software Release 3, apoiada pela Bélgica, Alemanha, Holanda e Itália, que abrange a integração do novo datalink Link 22, o gimbal eletro-óptico LEOSS-T da Leonardo, equipamento de sonar e “integração adicional de armas”, de acordo com o fabricante.
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“Estou realmente otimista sobre o futuro deste helicóptero”, acrescentou Even. Sua perspectiva coincide com Axel Aloccio, CEO da NHIndustries, que desenhou planos semelhantes no ano passado e disse que “oportunidades comerciais” que somam vendas na região de “50 a 100” aeronaves estão em jogo.
Em termos gerais, Even compartilhou que o mercado de helicópteros militares permanece “estável”, acrescentando: “todos nós conhecemos o contexto geopolítico e a decisão de muitos países de aumentar os orçamentos de defesa”.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Breaking Defense
O programa HX-BR, como sabido, foi entubado à revelia nas ffaa’s porque antes de mais nada foi uma decisão política, e nada além. E diz-se por aí, que as ffaa’s sequer foram consultadas sobre o assunto. Até aí não vejo nada de anormal, porque qualquer governo compra o que entender ser do interesse nacional para a defesa, e não apenas e exclusivamente o que as forças quiserem para si, mesmo tendo parte em qualquer negócio, mas que não é, e nem pode ser, a última palavra em nenhum país civilizado que se prese.
Ademais, não fosse o HX-BR, muito provavelmente as três forças estariam até hoje brigando por migalhas de cada governo de plantão em busca de comprar novos vetores para si, sem muito sucesso, diga-se de passagem.
O governo atual está comprando pela “bagatela de quase 1 bilhão de dólares míseras 12 unidades do Black Hawk, que todos sabemos vem cheios de restrições de tudo que é tipo. Mas os militares parecem não se importar com isso, a bem da verdade. Tanto que há muitos planos para mais BH no futuro.
Quantos H225M seria possível comprar com esta verba para os Black Hawk e manter a linha de montagem aberta em Minas Gerais, com emprego, renda e impostos ficando por aqui mesmo.
Enfim, em termos de comparação, cada helo tem as suas qualidades e limitações. Ambos oferecem vantagens onde o outro se apresenta mais limitado, e vice e versa. E assim vamos.
Verdade seja dita, o H225M está aí há quase vinte anos, com todos os atrasos do mundo no programa, mas tem-se mostrado ser um helo adequado ao emprego nas forças armadas, que o utilizam sem maiores problemas, a não ser aqueles de praxe que todo equipamento possui, indiferente o fornecedor.
Notar que a aviação de asas rootativas das ffaa’s viraram literalmente pau de escora para a omissão do poder público em apoiar a aviação em todos os ministérios e órgãos públicos que deles tem necessidade. E isso está cobrando um alto preço em manutenção, horas de voo e equipagens. Sem que se vislumbre a curto prazo qualquer interesse do governo em oferecer as ffaa’s melhorias concretas na disposição de seus meios, empregados a rodo, e sem qualquer preocupação, nas ditas missões subsidiárias, que já viraram faz tempo missão primária de muitas OM país a fora.
E tanto BH como Caracal estão dando a sua contribuição dentro dos limites de cada projeto.
“ O governo atual está comprando pela “bagatela de quase 1 bilhão de dólares míseras 12 unidades do Black Hawk, que todos sabemos vem cheios de restrições de tudo que é tipo.”
Tu está bem enganado. O contrato da compra dos BH do EB foi publicado no DOU de 24 de julho de 2024. O valor do mesmo é de 451,5 milhões de dólares, para 12 aeronaves, 10 motores sobressalentes, armamentos, peças de reposição , treinamento, etc. Quanto às restrições, quais seriam? O que os Black Hawk do EB e da FAB, bem como os Sea Hawk da MB, não podem fazer?
“ Verdade seja dita, o H225M está aí há quase vinte anos, com todos os atrasos do mundo no programa, mas tem-se mostrado ser um helo adequado ao emprego nas forças armadas, que o utilizam sem maiores problemas, a não ser aqueles de praxe que todo equipamento possui, indiferente o fornecedor.”
Sério? As MGB dos H225M receberam uma correção (paga pelo GF, ou seja, dinheiro público), mas que não corrigiu em 100% o problema. As aeronaves continuam tendo que passar por inspeções rotineiras no filtro de limalha das MGB, algo que tinha a necessidade e periodicidade previstas em projeto. As restrições existem. Só basta perguntar para quem opera e que não tenha receio de falar a verdade.
Enquanto isso no Brasil com uma linha de produção do H225 instalada no país, com diversos fornecedores nacionais já homologados pela Airbus decide realizar a aquisição de helicópteros médios para o exército nos Estados Unidos.
Ainda bem que não compraram mais desse problema voador!! Já chega dos 47 que foram entubados nas 3 Forças. Antes de falar sobre a compra dos Black Hawk pelo EB, você poderia perguntar por que ninguém comprou essas aeronaves da Helibras. Deveria também perguntar por que essas vendas anunciadas são todas sem participação da Helibras, que não fornece nem componentes para os exemplares vendidos fora daqui. Nenhuma dessas vendas anunciadas nesse tópico gera sequer uma parafuso produzido pela Helibras. Ou a Helibras faz parte da cadeia mundial de fornecedores para o modelo? Que eu saiba, não faz parte. Mas, se faz, mostre para nós.