O acordo militar firmado entre Brasil e Suécia para compra e troca de tecnologia aeronáutica estabelece outro nível de relacionamento estratégico entre os dois países. As nações serão parceiras por um longo período em função de projetos na área da cooperação industrial-militar-aeronáutica. A intenção do acordo é, sim, condizente com as necessidades de defesa do Brasil.
A aquisição de aviões de ataque é uma diretriz governamental que se apresenta como correta, sendo que tais armas se configuram como meios militares que dão prioridade à mobilidade estratégica e aos processos de dissuasão de ameaças no espaço aéreo, no mar territorial e em fronteiras terrestre complexas.
Estes aviões caça poderão, dentro do sistema de defesa nacional brasileiro, adensar a operacionalidade das Forças Armadas, aprimorando, por exemplo, a eficácia de operações conjuntas. E o número inicial de 36 poderá passar para 160 aeronaves no futuro, um salto estratégico no que diz respeito à mobilização e uso da força em combate. Todavia, duas questões devem ser também discutidas com relação à transparência do acordo e sua viabilidade e validade político-estratégica.
Com relação à primeira questão levantada, devem ficar muito claras as regras e os processos implícitos na operação de compra dos caças. Principalmente porque tal licitação se originou no ano de 1998, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso e a forma e o conteúdo das negociações ao longo do tempo podem ter sido alterados de acordo com as intenções dos governos à época, o que é aceitável. Mas, em contrapartida, deve- se sempre resguardar o projeto de renovação da frota da FAB como uma ação de Estado e não de governo.
Na perspectiva político-estratégica a complexidade é muito maior. Um acordo militar deste porte, de desdobramentos no campo da grande estratégia de defesa do país, não se constitui em algo trivial. Como a própria presidente Dilma declarou, este acordo é um marco na solidificação de um posicionamento soberano do Brasil, principalmente com relação ao resguardo dos seus interesses sub-regionais e regionais.
O acordo foi firmado coma Suécia, fato por si só interessante, sendo que ao optar por um avião sueco e não norte-americano ou francês, o governo brasileiro escolheu um caminho “do meio”, se comprometendo menos e ganhando uma maior autonomia com relação a duas potencias globais; potencias estas que também competem entre si na seara da política internacional. Porém, em diplomacia o tempo e os recursos são escassos.
Mesmo sendo necessário“ apressar o tempo” para se alocar recursos de poder, não se pode desvincular o passado das ações concretas do presente, ainda mais sendo tais ações relativas à área muito sensível da segurança do Estado. E, até ontem, o parceiro principal do Brasil do ponto de vista estratégico- militar eram os EUA.
Assim, um acordo militar entre Brasil e Suécia, mesmo não sendo estes dois países atores-chave na formulação da agenda de segurança internacional contemporânea, não pode deixar de ser tratado sob um prisma político. Neste âmbito, é importante que a chancelaria brasileira e as equipes do Ministério da Defesa estejam atentas aos desdobramentos do acordo com a Suécia no que diz respeito à posição norte-americana.
FONTE: Brasil Econômico
Com exceção dos Estados Unidos, da Russia e da França nenhum país desenvolve aviões de caça isoladamente. Nem a China, que ainda depende de turbinas russas para seus aviões. Os custos são astronômicos e o fracasso comercial pode quebrar o fabricante (vejam mo caso da Dassault. O Rafale será o último caça desenvolvido pela França sem parceria internacional).
Nesse quadro, achar que o Brasil vai projetar e desenvolver caças é ser ingênuo. Podemos desenvolver tecnologias em algumas áreas, mas nunca teremos todas as capacidades necessárias para projetar um caça de última geração.
Quanto às turbinas, as coisas são bem mais complicadas do que se pensa. Já produzimos mais de 1.000 jatos da série EMB 145 e mais de 1.000 jatos da série ERJ 170/190. Foram mais de 4.000 turbinas importadas da GE e da Rolls Royce. Nenhuma peça foi produzida no Brasil. Nada foi montado aqui. Se não conseguimos ser competitivos nem mesmo para montar uma turbina com alta escala de produção, seríamos competitivos para conceber, projetar, desenvolver e produzir uma turbina militar, cujo mercado é infinitamente menor do que a de turbinas comerciais? Não creio.
também acho que o BRASIL tem todas as condições de desenvolver equipamentos como trubinas aeronáuticas de alta performance, já temos a polaris que desenvolveu a turbina do AVTM 300 e tem outra de maior porte só esperando financiamento para testes e homologação, o ITA tb trabalha num projeto de turbina, temos também dominio em aviônicos de 4 geração, e tb já dominamos a tecnologia de giroscópio e telemetria de nossos foguetes espaciais,bem como o uso de combustivel sólidos e liquidos, a tecnologia scramjet só tem uns 4 países desenvolvendo, e o Brasil é 1 deles,portanto, acho que é só querer e uma parceria com a SAAB é perfeita,poispertence a um país pequeno, sem grande mercado,só para se ter uma idéia a compra de 120 caças Gripen NG será o bolo e a cereja da SAAB na questão militar no curto e médio prazo,isso só o Brasil pode oferecer a suécia hoje,pois as outras grandes economias já tem seus caças próprios e não vão abanar a fogueira da suécia.
1)EUA tem Boing e LM.
2)França tem a Dassaut.
3)Zona do Euro tem a BAE sistem com o EF 2000.
4)Russia tem os Flankers.
5)China e India tentam desenvolver seus próprios caças.
Portanto é uma união perfeita essas do Brasil e Suécia,ou Embraer/Akaer e SAAB.
vamos esperar , mas não acredito o caça é muito misto equipamentos de varios países a tecnologia a transferir a EMBRAER já fabrica, se temos capacidade de desenvolver, vls, av tm 300, turbinas para vant nacional e ta em experimento o 14 x,, ta chamando o Brasileiro de burro, para não ter capacidade para uma turbina supersônica, é só fazer investimento que sai, do mais vou torcer para dar certo pois sou brasileiro e quero o melhor para meu país, vamos aguardar
A parceria com a Suécia, se esta realmente existisse, seria fantástica.
A princípio estamos comprando 36 caças que aparentemente serão montados aqui. Não tem parceria nenhuma!! A industria brasileira estará envolvida (já estava mesmo antes da divulgação do vencedor com a Akaer). Haverá uma transferência de tecnologia significativa. Segundo dados da proposta original vazados na internet, teriamos copropriedade do projeto, estaríamos envolvidos no desenvolvimento do caça (aprender fazendo), a linha de montagem seria só no Brasil (não haveria linha de montagem na Suécia) e teríamos uma boa participação da indústria brasileira. Mas da proposta inicial, até o anuncio do vencedor, passaram 5 anos (se não me engano), muita coisa aconteceu, o desenvolvimento do Gripen NG andou sem o Brasil, e a Suiça também entrou na jogada. Muita coisa mudou! Demoramos demais!
Parceria é oque a Boeing e a Saab estão fazendo. Ali elas irão repartir investimentos, gastos em pesquisa, desenvolvimento, tentando criar um novo treinador avançado. Para ser parceiro tem que entrar com dinheiro, tem que ajudar a pagar a conta do sdesenvolvimento. O Brasil não é parceiro da Suécia e nem da Saab no caso dos caças Gripen NG. O Brasil fez uma encomenda que envolve transferência de tecnologia e só!
Seria excelente fazermos (agora sim) uma parceria com a Saab de longo prazo (é longo prazo mesmo!) que envolvesse o desenvolvimento conjunto de um caça de 5° geração a custos acessíveis (mesma política do Gripen). Só que para isto, teríamos que ajudar a pagar a conta, teríamos que garantir recursos para o desenvolvimento da aeronave, sem saber ao certo seu custo final, ou seja, fazermos um investimento de risco. E esta, com certeza, seria a única maneira de termos uma caça realmente brasileiro. Esqueçam esta estória de desenvolver um caça sozinho, ainda mais de 5° geração. Nem os EUA fazem isto sozinho! Os custos envolvidos são enormes.
Um abraço
Não demoramos demais. A SAAB avisou, até para poder ganhar pontos na concorrência, que o momento ideal para a decisão a seu favor seria 2013! Se tivessemos decidido pelo Gripen muito cedo, não usufruiríamos de um radar AESA já desenvolvido, por exemplo! Lembremos que a Suíça ainda fará um plebiscito para retificar a escolha do Gripen.
@Euripides
Engana-se camarada. A Suécia por ser neutra desenvolveu expertise local em diversas áreas importantes ao design de material bélico. Para citar alguns exemplos: Possuem total know-how no projeto de torpedos (Bofors Dynamics), tecnologia que a MB sempre sonhou em ter. Dominam a tecnologia de radares de microondas como utilizada em aviões de alerta antecipado (Ericsson Erieye). Fabricam partes importantes(e.g. bocal com resfriamento evaporativo) do motor Vulcain do foguete Ariane, além de terem desenvolvido soluções próprias de aviões de combate ao longo do último século (Viggen, Drakken, etc…). Além de contarem com escolas de engenharia de primeira linha como o KTH em Estocolmo.
Agora SIM!… Ainda que só em síntese, ISTO SIM eu considero uma matéria séria, de perspectiva realística, e profissional…
não acredito que a suécia tenha muito o que transferir ao Brasil, no primeiro não Americano a suécia, o Brasil estará só, tem mais que formar um grupo engenheiros e desenvolver seu próprio caça
Eu acho engraçado quando as pessoas vem aqui e comentam que o Brasil tem que desenvolver seu próprio caça sem ter a menor noção de quanto iria custar essa brincadeira, se temos ou não capacidade para fazermos isso sozinhos, qual motor escolheríamos para prover este mesmo caça, tendo em visto que desenvolver um motor é infinitamente mais difícil e custoso do que desenvolver um caça motivo pelo qual só temos quatro países no mundo que desenvolvem e constroem motores, enfim os obstáculos são gigantescos e para ultrapassarmos estes obstáculos precisaríamos de muito mais muito $$$$$$$$$$$$$$$$$$$.Agora eu pergunto a população brasileira em geral está preparada para isso, aceitaria gastar esse rio de dinheiro numa boa?
talvez esse acordo nos ajude a desenvolver um caça made in brasil so q eu realmente penso.. e se acontecer de desenvolvermos um caça mas acabar da mesma maneira q o tanque osorio.. um tanque 100% brasileiro q so nao foi lançado pq o governo ficou com medo de enfrentar os eua
esse ttanque não foi 100% br. Nem o guarrani é 100br.
Eurípedes,
Os suecos tem uma longa tradição no desenvolvimento de aeronaves de caça famosas e eficientes. J-35 Draken, J-37 Viggen, e por aí vai… O próprio Gripen é uma aeronave de quarta geração que absolutamente nada deve a seus demais equivalentes…
E não é somente na produção de caças que eles se destacam. Sistemas eletrônicos e de comunicações militares são ponto forte deles…