Um novo sistema de vigilância do espaço aéreo brasileiro será gradativamente implantado, até o segundo semestre de 2026, pela Força Aérea Brasileira, por meio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA). A nova tecnologia segue os padrões internacionais da navegação aérea e promoverá maior segurança aos voos em todo o país. Para se adaptarem ao novo sistema, todas as aeronaves que voarem em altitude a partir de 24,5 mil pés (FL acima de 245) deverão estar equipadas, até fevereiro de 2027, com instrumentos de bordo compatíveis.
O Sistema de Vigilância Dependente Automática por Radiodifusão (ADS-B, da sigla em inglês) monitora as aeronaves por meio do Sistema Global de Navegação por Satélite, proporcionando maior precisão no monitoramento dos voos. Na nova tecnologia, informações como posição, altitude, direção, velocidade e identificação da aeronave são processadas e transmitidas, por mensagem de rádio, para os controladores de voo em solo e, também, para outras aeronaves equipadas com o sistema e que estejam nas proximidades, reduzindo os riscos de colisões.
O DECEA vai instalar 66 estações da nova tecnologia em mais de 20 estados brasileiros, em parceria com o Grupo Thales na América do Sul, empresa global especializada em alta tecnologia de mobilidade aérea. A aquisição do sistema ADS-B é realizada em consonância com as diretrizes da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI). Em paralelo, o sistema anterior de radares e os demais sistemas de comunicação continuarão sendo utilizados.
O Diretor-Geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro Barbacovi, destacou que alguns dos benefícios da implantação da nova tecnologia são a melhoria do fluxo do tráfego aéreo e o aumento da segurança operacional. “O ADS-B vai permitir que as aeronaves trafeguem mais próximas umas das outras, sem comprometimento da segurança operacional. Essa atualização promoverá, portanto, o aumento da capacidade do tráfego aéreo brasileiro”, afirmou o Diretor-Geral.
Outro diferencial é que as informações do ADS-B não sofrem interferência devido ao alcance, condições climáticas ou altitude da aeronave. Além disso, o tempo entre as atualizações das informações não depende da velocidade de rotação das antenas mecânicas dos radares.
FONTE: Assessoria de Comunicação Social do DECEA