Considerando informações divulgadas recentemente por alguns veículos de imprensa sobre possível prejuízo nas ações da Força Aérea Brasileira (FAB) motivadas pelo cancelamento da compra da aeronave Boeing 767 300ER, o Comando da Aeronáutica esclarece que:
As aeronaves da FAB estão em contínuo apoio à sociedade brasileira com transporte aéreo logístico, à disposição do Ministério da Defesa, e intensificaram as missões relacionadas à crise de saúde encontrada na capital amazonense em função da pandemia de COVID-19.
As informações relacionadas ao cancelamento da licitação relativa ao Boeing 767 300ER foram publicadas no Termo de Revogação, disponível para acesso aqui. Na ocasião, o Comando da Aeronáutica relatou uma série de motivações para a revogação e ressaltou que o processo seria uma solução temporária para uma demanda operacional, não sendo a decisão final para o Projeto CX-2, que trata da aquisição de um cargueiro de grande porte para complementar a frota de aeronaves de transporte já em operação pela Força Aérea Brasileira (FAB).
Considerada uma questão estratégica, as necessidades para a aquisição de uma grande aeronave de carga ainda persistem, com o objetivo de ampliar a capacidade e a autonomia de transporte intercontinental de pessoal e material, de acordo com os interesses da nação brasileira.
A suspensão da licitação, portanto, não significou o cancelamento do projeto e se deu, como explicado na época da revogação, pela impossibilidade da aquisição da aeronave a curto prazo e pelo impacto da pandemia da COVID-19 no mercado aeronáutico, que teve uma mudança considerável em relação ao cenário encontrado quando da publicação do convite para participação no processo licitatório. Nesta perspectiva, vislumbrou-se a oportunidade de aquisição de outras aeronaves mais adequadas às necessidades do que o 767 que era objeto do certame.
Além disso, as projeções econômicas para o ano de 2021 em consequência da pandemia e a necessidade de serem adotadas medidas para reduzir os impactos nos projetos estratégicos em andamento, dada à importância para aumentar as capacidades da Força, também contribuíram para a decisão.
Diante deste novo cenário, e de acordo com a legislação vigente, o Comando da Aeronáutica decidiu por cancelar o certame licitatório, sempre observando os princípios da legalidade, conveniência e oportunidade. Deve ser ressaltado, ainda, que este cancelamento foi resultado de uma análise técnica do Comando da Aeronáutica, não envolvendo outras esferas do governo federal.
Outrossim, ressalta-se que a FAB está dedicando permanentemente o esforço do seu efetivo e de suas aeronaves, 24 horas por dia e 7 dias por semana, em atendimento às necessidades de enfrentamento à pandemia da COVID-19.
FFAA……pagam U$ 50 milhões por cada Eurocopter EC 725 Caracal
E ficam regateando comprar Boeing 767 a um custo de U$ 10 milhões a unidade……
Coisas do Brasil
O velho “EXPLICA, MAS NÃO JUSTIFICA “! Infelizmente, mais uma vez a decisão burra de cancelar uma licitação de aeronaves estratégica nos deixa em APUROS. Um país com nossa dimensão e distribuição diplomática mundial NÃO PODE FICAR SEM UM VETOR COM GRANDE CAPACIDADE NENHUM DIA, seja por aluguel ou aquisição. Nada adianta assumir o erro, mais importante é corrigir urgentemente, com o apoio legislativo e financeiro para não deixar para depois em momento de pandemia. Ninguém tem bola de cristal para prever o que vai acontecer com o mundo. Espero que a FAB e o governo vejam o fato como oportunidade concreta, deixando de lado o orgulho besta. Não interessa a aeronave ou a forma, a urgência é imperativa da necessidade de 2 aeronaves no mínimo operacional.
Há que se comentar duas coisas diametralmente opostas sobre este item:
Esta compra específica que o governo desistiu e a necessidade ANTIGA E REAL que a FAB tem de operar uma aeronave de transporte de grande porte.
Os comentários de desistência simplesmente não fazem sentido pois estamos numa situação fática que expõe o preço de um país do nosso porte não possuir na sua frota este tipo de aeronave durante a Pandemia ou qualquer calamidade ou necessidade operacional de maior proporção e segundo JUSTAMENTE por causa dos efeitos da Pandemia sobre as aviação comercial no MUNDO não houve época melhor para se adquirir aeronaves comerciais de porte por um preço mais barato e com grande oferta de fornecedores. Só posso acreditar que a venda já estava sob uma previsão de certo fornecedor e que no cenário atual não iria se realizar da forma desejada…
Quanto a necessidade ÓBVIA do Brasil operar aeronaves de transporte de grande porte quero LEMBRAR que as aeronaves americanas citadas por vários comentadores como desejáveis (C-17 Globemaster ou o C5-A Galaxy) durante toda vida de produção destas aeronaves, elas JAMAIS oram oferecidas, autorizadas para uso no Brasil e as poucas vezes que a FAB ousou insinuar solicitar uma mera consulta foi peremptoriamente rechaçada.
A BASE do pensamento militar americano para as forças militares do Brasil SEMPRE FOI impedir uma clara supremacia regional do BRASIL na América do Sul. Por isso operamos F-5 até hoje e os americanos NUNCA ofereceram o F-16 ao Brasil, embora tenho o feito aos Venezuelanos e Chilenos…
Nesta perspectiva no passado, no presente ou no futuro colide com a doutrina americana oferecer ao Brasil um aeronave que permita dar uma ainda maior mobilidade logística militar ao maior país da América do Sul. Por isso POR DEFINIÇÃO da política americana é virtualmente IMPOSSÍVEL a FAB operar uma das aeronaves americanas, tanto pelo fato que elas não são mais produzidas para venda comercial e o dispositivo militar americano CERTAMENTE não se disporia a ceder algumas do seu inventário ativo…
As alternativas seriam as aeronaves RUSSAS (ou Ukranianas) ou Chinesas são mais ou menos descartadas pelo perfil político do governo brasileiro atual.
A única viável seria o grande e problemático transporte pesado turbo-hélice europeu o A400M ATLAS, mas no estado atual do projeto seria muito difícil e complicado conseguir as permissões de todos os europeus para adquirir esta aeronave de porte menor que as grandes aeronaves americanas e turbo-hélice ao contrário do KC-390 à jato…
TAMBÉM não seria uma solução ótima por ter pouco mais do dobro da capacidade de um Milennium e menor velocidade.
Não resolveria o problema plenamente…
Por mais improvável que possa parecer ACHO que o BRASIL por suas condicionante políticas está irremediavelmente fadado a não operar um transporte militar pesado (acima de 150 ton de carga) até que algum dia o país possa projetar, construir, adquirir e operar uma aeronave desse porte…
E isso termina no dia que o governo brasileiro permitir que o controle da EMBRAER passe para um controlador estrangeiro. SEM A EMBRAER (com controle nacional e do governo federal) as chances da FAB de operar um transporte militar de grande porte serão no limite de ZERO…
Gilberto, tu deves ter um problema de “descorneamento agudo” em relação ao Estados Unidos. Nunca, repita nunca foi cogitado pela FAB a aquisição tanto do C 17 ou do C 5, repito nunca. Te desafio a indicar algum RFI sequer ou estudo sobre assunto, o mesmo vale para tranqueira inoperável do A 400.
O único estudo e que culminou com um RFI foi para uma anv civil para conversão em versão kombi/Revo o que acabou não acontecendo por falta de recursos e de pelo menos a existência de três anv iguais e pares de construção que viabilizaria a aquisição.
Para de falar besteiras, sandices e descontar teu recalque dos americanos nas costas da FAB.
Se tu tivesse LIDO o que escrevi NUNCA houve nenhum pedido escrito, concordo contigo, mas se você conhece um pouco de como estas coisas são feitas na política NADA é escrito no papel em tom oficial sem antes conversas informais.
Se houveram estas consultas podemos discordar, o que não pode haver DÚVIDA que se tivesse havido qualquer solicitação a resposta AMERICANA seria negativa.
É uma questão similar a quem nasceu primeiro o ovo ou a galinha, este tipo de aeronave para a FAB não foi pedida ou a FAB não pediu porque sabia que a resposta seria negativa…
É muita arrogância sua querer AFIRAMAR que NINGUÉM na FAB jamais consultou os americanos sobre o assunto.
Mas admito que uma força que sempre operou F-5 e teve na sua história que recorrer a aeronaves FRANCESAS, INGLESAS E SUECAS para obter caças militares possa sequer perdido tempo de pretender operar um transportador de grande porte.
A verdade é que a política militar americana para o Brasil SEMPRE foi limitar a capacidade do Brasil…
A última foi OBRIGAR o Brasil a escolher células de P-3A quando haviam células de P-3B e P-3C disponíveis no AMARG…
E muitos militares brasileiros continuam rastejantes aos americanos.
Como de costume você não perde a oportunidade de nos presentear com proselitismo político desconectado da realidade não é mesmo meu caro Giba!? Portanto vamos aos fatos:
– Como o colega Juarez bem pontuou a FAB jamais elaborou qualquer requisito para uma aeronave de transporte pesado na classe do C-17 ou mesmo do C-5 Galaxy, e isso se deu simplesmente pelo fato da FAB jamais ter tido necessidade de um aparelho dessa categoria, tanto que ao elaborar os requisitos que culminaram no KC-390 a força os manteve similares aos do C-130
– Caso eventualmente a FAB tivesse solicitado o C-17 (o C-5 além de bem maior está fora de produção há muitos anos) certamente a resposta norte-americana seria positiva. Aliás, basta lembrar que no FX-2 eles no ofereceram simplesmente o F/A-18E/F que é o caça de linha de frente da USN e assim o será pelo menos até o ano de 2030-2035. Ou seja, esse fato não apenas destrói a sua falácia de que um aparelho da classe do C-17 não nos seria oferecido como também aquela, que você repete ad nauseam, que o objetivo primário “duzamericanú” é torpedear o “Brasil PuTênfia”
– Quanto à sua sugestão de aquisição de aeronaves russas e chinesas, só dá para dizer que é risível! O Il-76 seria um pesadelo logístico e a única aeronave chinesa alegadamente superior em capacidade ao KC-390, o Y-20, além da logística complicada ainda está entrando em serviço na PLAAF.
– Por fim meu caro, a escolha dos P-3A em detrimento do P-3B e do P-3C dentre as aeronaves do AMARG deu-se pelo fato das mesmas estarem em melhor estado pois foram menos voadas que as variantes mais recentes. Ocorre que a USN e a fabricante recomendaram à FAB que adquirisse para as aeronaves novos conjuntos de asas tal como foi feito pela Coréia do Sul. Como todos sabemos isso não foi feito e o resultado está aí.
Nem sempre.
De 1942 até 1944 indo para o começo de 1945, houve interesse dos EUA em ter um Brasil muito bem armado, o objetivo deles era dessa forma contrapor o poder militar argentino da época, além de que o Brasil estava profundamente alinhado com a política americana e poderia ser uma espécie de representante dos interesses americanos na região e isso tudo porque a Argentina mostrava um forte alinhamento com a Alemanha, mas como a Argentina declara guerra a Alemanha em 1945, esse interesse dos EUA desaparece, e no Brasil demora para perceberem essa mudança de postura, começam a perceber isso quando os EUA entregam a Argentina e Chile 2 cruzadores para cada da mesma classe que o Barroso, já nos anos 50.
No passado já foi oferecido três C-17 via FMS para o Brasil. Já passou da hora de ter esse tipo de aeronave, ainda mais com as forças querendo um sistema antiaéreo de médio alcance, que precisam desse tipo de aeronave para se deslocarem.
Sempre pensando pequeno… comprar um avião não resolve. Te que gastar investindo em uns 6 transportes de grande porte.
E aquela oferta da Inglaterra, as aeronaves tinham menos de 20 anos de uso !
Um apena, as forças armadas trabalham com o orçamento que tem, cabe a nós cobrarmos os políticos para diminuir o tamanho da folha salarial, com salários e benefícios fora da realidade, câmara federal 12 bilhões por ano.
Hoje 80% é aposentadorias e salários, as forças armadas tem 15% para investir, é pouco.
Ja passou da hora a FAB adquirir pelo menos 2 C-17 para atender as necessidades e mobilidade das força ( transporte de blindados do exercito com maior rapidez em caso de urgencia !!!!
Agora sobre a materia nada mais logico que transferiu o dinheiro gasto com o 767 para gasta com o kc-380 !!!!
Não seria o caso da FAB/Embraer aproveitar a experiência do projeto do KC390 e evoluir para um avião de porte maior por justamente considerar estratégico? Nesse caso seria exclusivamente para uso militar. Seria o mesmo que aproveitar o embalo e partir para um avião de mesmo projeto (ou outro da Embraer). Ou seja, usar o desenho do KC e adequá-lo ao avião considerado.
Espero que a FAB adquira 3 aeronaves de grande porte e de longo alcance para em caso de necessidades ao menos uma esteja operacional
Meu Deus…a que nível chegaram os comentários…sem noção alguma da realidade operacional e logística,,,confundem emergência pontual com rotina e a FAB está dentro do contexto atual dando conta do recado…política é mesmo o câncer desta nação.
Parabéns pela lucidez Detetrius.
Uma dúvida, não temos 12 aviões C130 que podem transportar o oxigênio?
Porque a FAB não botou os 12 em operação?
Quantas aeronaves temos operacionais ?
O resto está em manutenção?
Claro que se fosse para transporte vip , com certeza teríamos vários aviões deste tamanho
A FAB necessita no mínimo de pelo menos 6 Aviões pesados da BOEING ( 2 C-17A Globmaster-III , 2 Boeing 767-300ER , 2 P-8A Psaidon), essses 6 aparelhos vão complementar os 30 KC-390M + 5 E-99M + 9 P-3C Orion, parece ser razoável e imprescindível.
Somos um país continental essas aeronaves são de suma importância para FAB, na torcida pra que seja repensado o programa
É Indispensável e impensável uma Aeronave com um Alcance Maior .
Pra Ontem.
Pois é, e a própria nota de esclarecimento deixa bastante claro que é imprescindível uma aeronave maior, com a COVID o que não falta é A330 e 767 dando sopa por ai, a preços muito mais baixos do que na época desse certame no ano passado. A Espanha acabou de comprar 3 A330 da Ibéria para transformar os mesmos em A330 MRTT, a Austrália comprou 1 A330 da Qantas para fazer o mesmo. A Delta Airlines tirou todos os seus 767 de operação esse ano, ou seja, esta sobrando aeronaves do tamanho ideal a preços acessíveis no mercado. Qatar Airways e Etihad tiraram todos os seus A330 200 f de operação e estão vendendo os mesmos também
Transformar uma aeronave de passageiros em cargueiro demanda tempo e é caro. Uma aeronave de passageiro não foi projetada para ser cargueira. A transformação envolve um trabalho de engenharia complexo. Quanto a encontrar aeronaves é fãcil, o difícil é o estado de conservação e e aonde encontrar aeronaves cargueiras a disposição.
Segundo a Airbus, leva 9 meses a transformação, eles vão fazer isso com os A330 espanhóis comprados da Iberia e o A330 que os Australianos compraram da Qantas, essas 4 aeronaves serão transformadas para a versão MRTT. Tem um vídeo no YT da Airbus que explica direitinho como isso é feito, e obviamente fica mais barato do que comprar o A330 novo
Talvez seja este o caminho que a FAB siga, optando pelos Voyager em forma de leasing com opção de compra.